domingo, 22 de outubro de 2017

O nosso primeiro reino!

O Reino de Leão foi um dos antigos reinos ibéricos surgidos no período da reconquista cristã sendo independente durante três períodos: de 910 a 1037 (sob domínio da casa Leonesa), de 1065 a 1072 (sob o domínio da casa de Navarra) e de 1157 a 1230(sob o domínio da casa da Borgonha).
A sua primeira constituição deu-se em 910, com a divisão do Reino das Astúrias pelos filhos do Rei Afonso III, o Grande; o primogênito Garcia ficou com o Reino de Leão, Ordonho com a Galiza e Fruela com as Astúrias, ficando ambos subordinados ao rei de Leão[1]; eventualmente a Galiza e as Astúrias acabaram por se tornar partes integrantes do reino de Leão, dada a morte sem descendentes dos seus soberanos, tendo o rei Fruela passado a controlar toda a vasta área do Noroeste Peninsular cristão.


Muito se tem falado na Catalunha, nos últimos dias, mas ninguém se lembra da Galiza e dos galegos, nossos irmãos do passado, que também não gostam muito de pagar tributo a Castela (Espanha). Ontem como hoje, o problema é o tributo que temos que pagar a quem achamos que não o merece. É assim na Catalunha, pois acham que trabalham que se fartam para manter os malandros do sul que só pensam em touradas e malaguenhas. Pois a Galiza é terra de lavradores humildes e também não gostam muito de enviar para Madrid o produto do seu esforçado trabalho.
Lembram-se como nasceu Portugal? Henrique de Borgonha era o rei de Leão e D. Teresa a sua esposa e mãe de Afonso, de apelido Henriques por ser filho de quem era. Nos dados acima que copiei da Wikipédia, alguém escreveu que o domínio da casa de Borgonha começou em 1157. Não sou historiador, mas devo lembrar que o nosso Afonso já era um homem adulto em 1140, quando decidiu não pagar tributo à sua mãe e tomar conta da sua herança antes de tempo.
Como se pode ver no mapa acima, a Galiza, tal como o Condado Portucalense estavam integrados no Reino de Leão, não porque gostassem. mas porque quem dominava tinha mais força que eles. Muitos anos e muitas guerras depois, a Galiza paga tributo a Castela e o Condado Portucalense transformou-se no país que sabemos. O Reino de Leão perdeu a sua identidade e faz parte, hoje, da Comunidade Autónoma de "Castilla e Léon" que é o verdadeiro coração de Espanha. Todas as outras comunidades, começando na Catalunha e acabando na Galiza, mas sem esquecer o País Basco, a Andaluzia e alguns outros sentem-se muito pouco espanholas e se pudessem deixariam o rei D. Filipe VI a falar sozinho.
Se a Galiza se quisesse libertar da Espanha e convidasse o Minho a juntar-se-lhe, o que diriam as autoridades de Lisboa? Os minhotos eram capazes de gostar da ideia!

3 comentários:

  1. Boa tarde. Estou de volta, depois de oito dias ausente e de mais dois sem Internet que passei a ter agora, apesar do técnico só cá vir amanhã.
    Enfim coisas da tecnologia.
    Não sei se os minhotos gostariam de se unir à Galiza e formar um novo país. Acho que os restantes portugueses sentir-se-iam amputados de uma parte da sua génese
    Abraço

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  2. Palavra de honra, dás-me conta do juízo ! Embora resumidamente, o que não podia deixar de ser, apresentas uma definição histórica que não deixa de ser interessante e, certamente, desconhecida da maioria de um lado e do outro . Por amor de Deus, confusões já há que cheguem, no que toca ao reino de Espanha . Agora, juntar-se galegos com minhotos, é que já nos toca e não me parece boa ideia . Quanto a mim, andar para trás é sinal de não se ser capaz de prosseguir o caminho e enfrentar obstáculos ou, ainda, arrependimento de iniciar a viagem ; todavia, há coisas que o tempo tornou irreversíveis e, porque assim é, criar países sem perspectivas de futuro, baseado em histórias do passado, num viva-ó-rei de ânimo leve e a qualquer preço, tem poucas hipóteses de singrar . Vá, porta-te bem . Um abraço .

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  3. Cada um é que deve saber as linhas com que cose. Os catalãs até podem ter muita razão em lutarem pela independência da Catalunha. Assim de um momento para o outros sem alicerces sólidos para aguentarem com o peso se estrutura, não se manteria muito tempo em pé. Com as empresas a abandonarem a região. Saída do euro, tudo isso levaria algum tempo a reorganizar. Outras regiões seguiriam pelo mesmo caminho. Espenha ficaria feita numa manta de retalhos. E se os minhotos juntassem o Minho à Galiza pior para Portugal. Tens cada uma ideia. Coitado do Galo de Barcelos perdia a nacionalidade portuguesa a favor da esponhola.

    Seguindo essa trajetória,
    porque gostei não o nego
    dessa tua lição de história
    Portugal não está no prego!

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