Fuzileiros sem água por perto e uns botes para mostrarem o que valem não é a mesma coisa, mas já foi alguma coisa o ministro da defesa tirá-los do quartel para fora. Parece que alguém andou a ler aquilo que escrevi, há dias.
Parece que marcaram a próxima quinta-feira como data limite para estas acções de patrulhamento e aí eu fiquei sem perceber nada. O que vai acontecer na sexta-feira? Chover de tal maneira que não há incêndio que pegue? Ou só porque é véspera de fim de semana e ninguém quer complicar a vida a estes senhores? Enquanto o tempo não arrefecer, ou começar a chover torrencialmente, não há quintas nem sextas nem fins de semana, é toda a gente de serviço 24 horas por dia. Mando eu que sei o que faço. E quem furar o esquema vai para o chilindró.
Esta situação que se vive em Portugal e ameaça repetir-se a cada ano, talvez justificasse o regresso do SMO (serviço militar obrigatório) que passou à História no tempo do Paulo Portas. Como se formaram guerrilheiros à pressa para ir combater na Guerra do Ultramar, bem podiam repetir agora a receita para combater esse novo inimigo, o fogo, que nos está a dar água pela barba. Na década de 60 do Século passado, mandavam os rapazes à "Carreira de Tiro" esvaziar um carregador, punham-lhe uma G3 na mão e mandavam-nos para África desenrascar-se o melhor que pudessem e soubessem.
Iam de barco ou avião, uns regressavam vivos e outros não. Alguns nunca regressaram, ficaram por lá esquecidos, enterrados, despedaçados ou comidos pelas feras. A coisa, nesta guerra contra o novo inimigo, não é assim tão complicada, nem contém grandes riscos, é preciso é muita dedicação, levar a coisa muito a sério. Ontem, li em qualquer lado que o governo quer tirar os bombeiros voluntários dos fogos florestais. E eu acho muito bem, eles devem ser treinados para intervir dentro das localidades, preservando as vidas e os bens dos seus conterrâneos. A floresta, em geral, e os eucaliptais (fonte de riqueza das celuloses), em particular, tem que ser uma preocupação do Estado. Ordená-la, reorganizá-la e protegê-la é dever de qualquer governo que esteja em funções.
Tenho dito! Por hoje chega!
Onde é que eu assino, amigo?
ResponderEliminarAbraço
Um indivíduo com muitas ideias só poder ser mesmo um idiota. Cada coisa deve estar no seu devido lugar. Para o qual foi criada, só assim poderá funcionar sem problemas de maior. Quantos mais são a mandar mais se atrapalham uns aos outros. Fuzileiros, Exército, GNR, Bombeiros e Protecção Civil e outros mais. Vai ser uma caldeirada de todo o tamanho que, não haverá panela onde a cozinhar, sem se entornar o caldo. Se os bombeiros são treinados e dispõem do material adequado para extinguirem os fogos, são eles que devem continuar a fazer o que lhes compete. Comandados por um comandante competente dos próprios bombeiros, que seja conhecedor da floresta, e não por um qualquer indivíduo que nem tão pouco sabe distinguir um pinheiro de um eucalipto. Os Fuzileiros foram treinados para salvamentos nos rios e no mar. Os bombeiros foram treinados para apagar fogos. O Exército foi criado para actuar em defesa e garantir a soberania da Nação. A GNR, Guarda Nacional Republicana, para patrulhar as zonas rurais. A PSP, Polícia de Segurança Pública, a qual não está incluída nesse conjunto de apaga fogos, tem como finalidade patrulhar as zonas urbanas. Sendo, portanto, que cada força deve actuar na sua área para que não hajam mais desculpas nem falhas de actuação!
ResponderEliminarAinda bem me lembro no ano de 1963, mês de Agosto estava no Quartel do Exército a cumprir serviço militar, em Abrantes. Na zona do Tramagal, num pinhal deflagrou um incêndio. Havia lá mais militares do que bombeiros, também para lá fui de mãos a abanar para apagar o fogo. Coisas, sem jeito algum, feitas à toa foi o que foi!
No momento em que comento, arde a mata em volta da Celbi e da soporcel, os bombeiros ao serviço permanente destas fábricas foram quem acudiu ás populações do Paião e Marinha das Ondas naquele fatídico domingo, visto que as duas corporações existentes na Figueira andavam a combater o fogo de Quiaios e Mira, hoje lá andam eles a segurar os postos de trabalho de muita gente do Concelho da Figueira, é arriscado dizer para arrancar todos os eucaliptos, mas junto às estradas, ou habitações não deviam existir a uma distância de 100m, mantendo a zona envolvente sempre limpa e isso o ministro engenheiro florestal que tomou posse não irá fazer, porque foi um impulsionador da plantação de eucaliptos em Portugal, ou não teria tido o tacho nas celuloses, estou convencido que pouco ou nada vai mudar nas nossas florestas, porque o que conta não são as pessoas mas o dinheiro mais fácil.
ResponderEliminarTudo uma questão de organização. Algo que infelizmente nunca fomos famosos.
ResponderEliminar