sexta-feira, 6 de outubro de 2017

A água ou a falta dela!

Castelo do Bode, a barragem mais importante para os alfacinhas. Antes de entrar no problema da água, sim, problema e muito sério, deixem -me apresentar-vos o animal que deu o nome à barragem.


A que deve o seu nome esta barragem? Se calhar ninguém sabe ao certo. Pode ser que no vale do rio Zêzere, antes de ser construida a barragem, houvesse muitos rebanhos de cabras e algum bode famoso que era o pai daquela cabritada toda. Para quem nunca pensou nisso, o bode é o macho da cabra, cabrão é outra coisa que, agora, não vem ao caso.


Por vezes questiono-me, o que fariam os lisboetas se o rio Zêzere secasse, ou por alguma razão a sua água ficasse inquinada? Grande parte da água que se consome em Lisboa sai desta represa e seria um enorme problema se não se pudesse contar com ela.
O Zêzere que vêem na imagem a correr em direcção ao Tejo faz-me lembrar outra questão. Porque não se abastece Lisboa no Tejo?
Pensando em termos futuros e na carência de água que pode vir a afectar-nos seriamente, o Tejo seria a fonte de abastecimento mais falível. Primeiro, porque os espanhóis já estão a desviá-lo para suprir as suas próprias necessidades e depois, porque a existências de unidades de produção de energia nuclear nas suas margens não o aconselham. Aliás, basta dar uma olhadela ao Tejo, desde a confluência do Zêzere até Vila Franca de Xira, para perceber que o seu caudal não dá nem para regar uma horta de tomateiros.


No que concerne à água, Portugal pode dividir-se em duas partes. A norte do Tejo, onde a falta de água não é um grande problema e a sul do Tejo, onde a falta de água é um grande problema. Na Antiguidade houve grandes migrações do norte de África para a Europa, exactamente por causa da falta de água  e subsequente falta de recursos agrícolas para alimentar a população. O mesmo pode acontecer, no futuro, do sul para o norte de Portugal, onde, mesmo agora neste período de seca extrema, se pode ver água a escorrer pelas fragas abaixo.
Pensem nisso e tenham um bom dia de sexta-feira!

3 comentários:

  1. Olha lá amigo da Póvoa, falas-nos em bode e apresentas-nos uma cabrita que nem ubre tem? O que é feito dos bodes que circulam por essas montanhas de Trás-os-Montes?
    Agora deixando as brincadeiras, esta seca está-nos a deixar assustados, eu não sei se o meu poço me vai aguentar água este ano, já só tem 1m e meio de água, já deixei de regar as laranjeiras que já estão com as mãos fechadas na cabeça a pedir socorro.

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  2. Quanto dei de caras com a primeira imagem. Antes de ler o texto e ver as outras imagens. Pensei que ele bode seria uma cabrita sem tetas com as quatro patas em cimo do cepo. Como só vi água, não vi lete, esta é de alentejano, para não perder o hábito. Pois é isso mesmo, a falta de água é mesmo um caso muito sério. Não será possível viver sem esse líquido tão precioso e tão necessário para continuar a vida na terra. Em favorecimento da ganância e do poder económico tão mal tratada continua sendo a água!

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  3. A falta de chuva nuns lados e o excesso noutros, demonstra bem o quanto a vida neste Planeta terra se vai transformando sob o ponto de vista climatérico e consequente aquecimento global, causado por variadíssimas imprudências de muitos que, não olhando a meios para atingir pretensões económicos, vão causando desequilíbrios de vária ordem e incontroláveis . Apesar de iniciativas que se conhecem, com vista a combater/diminuir excessos que já atingiram proporções astronómicas e de enorme gravidade, continuamos a ter agentes poluidores renitentes e indiferentes a este problema ! Veja-se o que se passou recentemente com o irresponsável/parvalhão TRUMP que, representando um dos maiores poluidores do mundo, recusou fazer parte de acórdãos já estabelecidos entre vários países com vista ao combate e diminuição do flagelo em questão ! Este incompetente e de prepotência desmedida, tipo fora-da lei e arbitrário, aliado a outros idênticos, permite e incentiva tudo aquilo a que estamos a assistir . Há cerca de 25 anos fui nomeado para frequentar um curso sob Politica Ambiental - Poluição a nível terrestre, das águas interiores e do mar, atmosférica e sonora, cuja matéria despertava imenso interesse e das coisas que mais gostei de estudar, dado que toda ela dava ensinamentos para salvaguarda e qualidade de vida desejada e a preservar . Já nessa altura, previa-se exactamente o que poderia acontecer em termos ambientais e quais os efeitos nefastos para a humanidade, caso não se impusessem regras urgentes para evitar ou diminuir o que se verificava em termos gerais de poluição . Infelizmente, decorridos estes anos, provou-se o que se previa e que, provavelmente, vai continuar a aumentar, salvo se grandes alterações ocorrerem ; portanto, ou os homens ganham juízo e se empenham neste combate, ou então o futuro vai piorar e resultar em frequentes tragédias ... . Um abraço .

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