quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O governo e a floresta!


O governo é a coisa mais simples de resolver. Sai a Constânça, vai o Cabrita para o seu lugar e entra o Pedro para o lugar deste. Nada mais simples, já está. Estão a vê-lo aqui ao lado todo sorridente?
A floresta é que é mais complicado, é preciso conviver com ela para a conhecer. E nem pensar em mudá-la se a não conhecermos bem. Agora que parece todos estarem de acordo (será que sim?) sobre a necessidade de fazer algumas mudanças de fundo, no que se refere ao ordenamento do território, seria bom que pegassem pela ponta certa da meada, senão fica tudo embrulhado e pior que antes.
Como em qualquer outra profissão, também na de ministro devia ser obrigatório fazer estágio. E então para tratar de um assunto complicado como este que agora foi destinado ao ministro Cabrita, estágio a dobrar, diria eu. A floresta, os bombeiros e a proteção civil é muita areia para uma só camioneta, principalmente se ela não estiver adaptada para essa carga.
Assim, eu sugeria que o Cabrita mudasse o seu ministério para uma área do interior, onde pudesse aprender em contacto com a realidade do dia-a-dia. E achei que a freguesia de S.Martinho da Cortiça, no concelho de Arganil, seria uma boa escolha. Houve lá incêndio, houve mortos, há bombeiros e não falta por lá floresta para ele aprender a dar a volta ao problema. Se a coisa funcionar em S.Martinho poderá aplicá-la a todo o país.


E pelo cartaz que aqui vos mostro, não falta por lá animação e até falam inglês e tudo. Até descobri que o Dias da Cunha, ex-presidente do Sporting, é natural desta terra. Com um bocadinho de jeito ainda traz aqui o Sporting para fazer um jogo de futebol e angariar fundos para comprar mais um carro de bombeiros. Onde não há nada, tudo faz falta!

4 comentários:

  1. Eu requisito o Cabrita e o seu ministério para a minha aldeia! Tenho lá terrenos para eles treinarem e posso fornecer instalações, é só contactarem-me e discutirmos o valor das rendas! Muito mais baratas que em Lisboa.

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  2. Penso que é, muito, mais fácil de dizer do que concretizar. Tudo seria diferente se em primeiro lugar se pensasse na segurança das pessoas, e não apenas nos interesses materiais. Começando pelos proprietários dos terrenos, que só pensam nos lucros, boa vida e muito dinheiro. Não constroem acessos para no caso de incêndio os bombeiros poderem circular com as viaturas. Se eu estiver debaixo de uma azinheira carregada de bolotas, sujeito-me a levar com algumas em cima da tola. Pequenas, há muitas, povoações cercadas por pinhais e eucaliptais. Com a rama quase tocando nos telhados das casas, sem se pensar no perigo que, isso, representa para a segurança de que lá vive. E foram muitas dessas casas que arderam. Se estivessem pelo menos acerca de 50 metros de distância das mesmas não teriam ardido.
    Não creio que muitas dessas pessoas mudem de um ano para o outro de mentalidade. O Estado tem o dever de zelar pela segurança dos cidadãos e seus haveres. Todavia, os cidadãos não estão isentos do não cumprimentos das leis vigentes que ditam as regras no pais. Depois do mal feito, muitas vozes se ouvem por aí a toda a hora, dizer asneiras e mais asneiras. Os incêndios não acontecem por acaso, ninguém me convence de que não têm mão humana, criminosa e política. As ameaças têm sido mais do que evidentes para justificar a realidade dos trágicos acontecimentos! Para relatar as desgraçadas dos outros há sempre um herói...

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  3. Creio que pouco vale repetir sem conto aquilo que já se sabe ; no entanto, parece nunca ser demais lembrar o desejável . Não basta mudar de ministro, mas sim de politicas/acções no sentido de se tentar evitar novas tragédias . O mal de tudo isto está mais do que conhecido e não é de simples solução ; visto que, para quem conhece o estado em que se encontra a nossa floresta, torna-se indispensável mobilizar toda a sociedade e sem partidarizar o problema em foco . Em minha opinião, julgo que chegou o momento, ainda que atrasado, pelo que não se pode perder esta oportunidade ; se assim não for, vamos continuar a ter vítimas e outros danos incalculáveis, bem como a gastar montanhas de dinheiro em prevenção e combate aos fogos, sem resultado produtivo . Para além de decisões governativas, pensadas e atentas à realidade, as Câmaras Municipais têm de ser a mola real de implementação do respectivo ordenamento florestal nas suas áreas de jurisdição e dos seus agregados populacionais e, por isso, têm de estar vigilantes à obrigatoriedade de intervir e de responsabilizar ; assim como, sujeitas a responsabilização pela falta de cumprimento daquilo a que estão obrigadas, relativamente à observação das disposições legais em vigor ou a vigorar . Também, o Estado não se pode isentar do que lhe compete, em relação às áreas/zonas em que directamente intervém e não como até aqui que, num deixa andar, não tem assumido o que devia e, consequentemente, dado mau exemplo ... . Por fim, importa socorrer/ajudar as vítimas em causa, minimizando os seus prejuízos e sofrimento, demonstrando-se que o Estado tem de ser uma pessoa de bem . Um abraço .

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  4. Durante muitos anos 'a Comarca de Arganil' foi a minha net... Quanto ao Cabrita o novo MAI, o gajo é especialista em desligar microfones dos adversários... algo pouco diplomático.

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