domingo, 31 de maio de 2020

Vamos dar uma volta por aí?

Hoje é domingo, já estou farto de ficar em casa, querem vir comigo dar uma volta e provar um copo de vinho que é diferente do Douro, Dão, Alentejo, Terras do Sado ou Bairrada. Atenção que não escrevi melhor, escrevi diferente.
Vou contar-vos um segredo, fui até lá duas vezes e ambas guiado por uma amiga do peito que me fez companhia e tocou o copo comigo. A primeira era uma amiga virtual que morava em Trier e que conheci no BLOG.DE, onde andei a fazer uma perninha, durante alguns anos. A segunda era uma amiga da vida real que dividiu comigo a cama e a mesa, durante um certo período da minha vida.


Mas, a conversa é sobre vinhos e paisagens deslumbrantes, vamos lá a ter tento na língua. O Eifel não tem nada a ver com o Sr. Engenheiro que construiu a famosa Torre Eifel ou as não menos famosas pontes de ferro da Cidade Invicta. É antes o nome da região alemã, onde vivi nos meus tempos de emigrante, muito linda, por acaso, e cheia de atractivos que justificariam a visita de qualquer um. Fica entalada entre o rio Reno, a nascente, e a fronteira franco/luxemburguesa, belga, a poente.


A parte do Eifel mais a sul é atravessada, de oeste para leste, pelo rio MOSEL que nasce em França, atravessa o Luxemburgo e corre até se fundir com o grande RENO, no triângulo de Koblenz. Nos vales por onde deslizam as águas do rio e nos socalcos de uma e outra margem, existem vinhedos que fazem lembrar o nosso Douro.


A primeira amiga de que vos falei era alemã e morava em Trier, junto à fronteira com o Luxemburgo e tinha uma série de manias que, por vezes, me irritavam. Numa coisa ela tinha razão, o vinho Mosel era um néctar dos deuses e valia bem a pena a longa viagem para ir até lá e prová-lo. Foi o que fiz e não me arrependi.


A minha segunda amiga morava muito mais a norte, onde a paisagem começa a mudar e se transforma numa planície sem fim, onde se cultiva o trigo e a beterraba, esta para a indústria açucareira que é forte naquela zona. Ela trabalhava numa fábrica de automóveis, quando a conheci, e devido à falência da mesma mudou.se mais para o sul, indo viver bem lá no alto do montanhoso Eifel.

Confluência dos rios Mosel e Reno - Koblenz

Cidade de Trier, primeira grande cidade alemã do curso do Mosel

Num domingo, como hoje, em que estávamos para ali estendidos sem nada de interessante para fazer, desafiou-me para ir até ao rio mais famoso da zona, almoçar, beber um copo  do famoso néctar e passar por ali a tarde. Não vi razão para recusar tal convite e ... ala que se faz tarde.



Estradas de montanha, cheias de curvas e povoadas de motociclistas em altas velocidades foram a minha companhia durante os perto de 100 Kms que percorremos até chegar à margem do rio. Pelo caminho que descia até às margens do Mosel viam-se vinhedos, em socalcos, a imitar o nosso Douro. Lá em baixo, a estrada corria plana acompanhando o curso do rio. De um lado água, do outro casas especializadas na prova e venda do produto da região, vinho, pois claro.



As pequenas localidades onde parei mais tempo foram Zell e Cochem. Numa delas almoçámos e no fim, de pança cheia, apanhámos um dos barcos que andam por ali a passear turistas. Navegámos cerca de 10 Kms para montante, fizemos uma paragem de cerca de 1 hora, para atestar mais um copo, e regressamos à origem. No caminho apanhámos uma eclusa, para vencer o desnível do rio, que fez a alegria de quantos iam a bordo e nunca tinham vivido aquela experiência.


E pouco mais tenho para vos contar. Não comprei nenhuma garrafa de vinho, pois aquilo era uma exploração do caneco, montada para depenar os turistas que por ali andavam. Num qualquer negócio da cidade grande, uma garrafa do mesmo vinho custava menos de metade. Mesmo aquele que bebi ao almoço custou-me os olhos da cara e, se não fosse pela companhia, sentir-me-ia roubado e arrependido de ali ter posto os pés.
Pronto, espero que tenham gostado da viagem e apreciado o Prosit que fiz convosco, com um copo (também este virtual) de vinho da «Região de Mosel». Vão até lá, quando passar isto da Covid-19 !!!

sábado, 30 de maio de 2020

Este é o meu 76º dia 30 de Maio!

É verdade, já cá ando há 76 anos e a vida mudou muito, mas continua com os mesmos problemas, miséria, fome, doenças e maus políticos. Quando nasci, era a varíola, a tuberculose e outras doenças semelhantes que tiravam o sono ao povo, agora é o Corona que é primo da gripe. Fui somando anos  em cima de anos e foram-se sucedendo os problemas, vieram guerras que mataram milhões, ditadores que fizeram a vida negra a outros tantos, veio a o avião a jacto e, segundo defendem os Verdes, melhor nunca tivesse vindo.
Eu nasci na «Era do Vapor», a força que tudo movia, hoje é na electricidade que todo o mundo aposta. O Sol é a maior fonte de energia que existe, mas não aprendemos ainda a dominá-lo. À menor distracção chamusca-nos a pele e não há bálsamo que nos alivie a dor. Pelo meio houve o nuclear, mas foi coisa que não aprovou e, se Deus quiser - e o Diabo deixar - ainda haveremos de nos ver livres disso. Ficar.nos-á, para sempre, Hiroshima e Nagasaki como triste memória.
Já não me sobram muitos anos de vida e não tenho grandes expectativas, seja em que aspecto for. Por agora, gostaria de dizer adeus ao Corona que não me deixa ir dar uma volta descansado,sempre a cobrir a boca para ver se ele não entra. Feito isso, logo encontraria um motivo para viver e gozar a vida.


Fiquei contente por saber que hoje se comemora o «Dia das Loiras», essas coisinhas lindas que nos alegram a vida. Valha-nos isso e a Santa Engrácia !!!

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Eu o declaro ... inocente!

Cuidado que aí vem ele cheio de gás para tratar da saúde a quem lhe armou a ratoeira em que caiu como um patinho. Patinho feio, diga-se de passagem!


Eu já não sei se são os juízes ou os advogados, ou ambos em conluio que se juntaram para fazer disto um lamaçal de onde não sai ninguém limpo. Mas, alguém tem dúvidas que ele foi o culpado de toda a merda que aconteceu no Sporting, há dois anos? Pondo de lado a questão de Alcochete que é um mero pormenor, então e o resto? A bagunça que ele armou, o teatro em que foi a personagem principal? Os prejuízos causados à instituição Sporting Clube de Portugal? Os atentados à ordem pública nas muitas assembleias realizadas por sua culpa?
Ai, não era isso que estava em julgamento? Pois não, mas o juíz tem que conhecer, em detalhe, o perfil do acusado que tem na sua frente. E conhecendo-o a ele, o grande protagonista, e a toda a história que o envolve e foi, ao fim e ao cabo, o que o levou a tribunal, como pode levantar-se e proclamar que o declara inocente?
Uma palhaçada, digo eu!
Deve ser por causa da Covid-19 que amoleceu o miolo ao pessoal da Justiça, essa senhora cega, cuja espada só cai na cabeça daqueles que não têm dinheiro para contratar um bom advogado (ou vários). Mais hei-de viver e ver até onde chega esta vergonha!
E agora preparem-se, pois ele quer ser readmitido como sócio, candidatar-se de novo e não lhe faltam amigos que o apoiam. Oh, mundo desgraçado, levantem-lhe uma estátua, já !!! 

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Hoje, sinto-me cipriota!

A Ilha de Chipre fica ali entalada entre países que se dão mal uns com os outros, entre muçulmanos, otomanos, gregos e cristãos de confissões diferentes e quis a História que acabasse grega, contra a vontade da Turquia que, em meados do Século XX, entrou por ali adentro e não mais de lá saiu. Depois dos Romanos, no início da nossa Era, quem mais influência exerceu foram os britânicos. Começou com o rei Ricardo Coração de Leão, no tempo das Cruzadas, pois lhe dava jeito atracar ali as naus com as suas tropas, antes de se atirar aos sarracenos na Terra Santa. E esta ligação continuou até ao Século XX, como entreposto importante na carreira da Índia, através do Canal de Suez. E ainda hoje lá tem umas bases militares com a desculpa que está a fiscalizar a Rússia, em favor do Ocidente que não é vermelho nem socialista.


Nunca lá fui, mas poderia ter ido, pois houve um tempo em que passei um fim de semana bem chatinho, na cidade turca de Mersin que lhe fica mesmo em frente. Esqueci-me de perguntar, mas deve haver por ali uns barcos a fazer a ligação para a ilha, por ser um dos pontos civilizados mais próximos. Nunca fui um grande turista, nem o dinheiro abundava nos meus bolsos, por isso só hoje fiz esta visita e, mesmo assim, teve que ser virtual.


Nos tempos em que andei pela Guerra em África, lembro-me de ter ouvido falar no Arcebispo Macário e na sua vontade de entregar a ilha aos gregos, mas os turcos não estiveram pelos ajustes e, mesmo a vinda da União Europeia não conseguiu resolver a situação que se vive em Chipre, onde metade é grego, metade é turco e tem uma enorme faixa, ao meio, que é Terra de Ninguém e onde manda a ONU. Enfim, não é o único canto do mundo onde impera a discórdia. Pensaram que era só em Hong Kong ou Taiwan? Não, é um pouco por todo o lado. A foto abaixo faz-me lembrar de Metangula, com o lago, a planície por onde se estende a povoação e a cordilheira montanhosa do Tchifuli. Mas não é, trata-se de uma vista de Chipre.


Voltando à costa da Turquia e à cidade de Mersin, aquilo é uma espécie de Póvoa de Varzim à beira do Mediterrâneo. Muito mar, muita praia, muito calçadão para as gentes se passearem, além de muito sol e um clima fantástico.


Dizem as notícias que aquilo, agora, está muito estragado pelo excesso de construção e de turismo. Mas onde é que eu já ouvi isto?

Milhões, biliões e triliões!

Toda a gente que, ontem à noite, botou faladura nas notícias domésticas abordou o problema (será que podemos chamar-lhe problema?) do fundo especial criado pela Comissão Europeia para ajudar os países mais afectados (sempre os mesmos tristes) pela Covid-19 a sair do enorme buraco financeiro em que estão metidos. Já estavam antes, mas com a vinda do vírus mergulharam ainda mais fundo.
Todos, sem excepção, deram a sua opinião sobre o destino a dar ao dinheiro e a maneira de pagar a dívida mais tarde. Notava-se já o nervosismo das pessoas tentando chegar-se à frente para não perder a sua fatia, ou garantir que ela seja o maior possível.
Não admira, o bolo é tão grande que haverá sempre maneira de surripiar umas migalhinhas sem que os responsáveis dêem pela sua falta. Afinal, umas migalhinhas não significam nada num bolo deste tamanho. Sorrateiramente, já os vejo a afiar a faca para não serem apanhados desprevenidos, os primeiros a chegar serão os mais sortudos, poderão meter a faca no melhor miolo.
A "pandilha" do PS e todos os vira-casacas que se movimentam à sua volta já têm trabalho garantido para os próximos tempos. Não vão faltar projectos para todo o tipo de negócios que se possam imaginar. Espertalhões é o que mais há por aí e políticos pouco sérios ambicionando uma choruda gorjeta também não faltam. Ou seja, estão todos os ingredientes reunidos para se cozinhar um caldinho bem apetitoso.
Numa situação destas precisaríamos de um homem sério, como o Eanes, meia dúzia de carros de combate e um Batalhão de Comandos para guardar o dinheiro, senão vai ser um ar que lhe deu. Naquela cambada do Costa, César & C.ia não tenho confiança nenhuma !!! 

quarta-feira, 27 de maio de 2020

É hoje que a coisa vai!

Começa a ser discutida, hoje, no Parlamento, a tão reclamada revogação da maldita portaria que transformou a Língua Portuguesa numa autêntica porcaria.
Fiquem atentos !!!

Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008

Aprova o Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, adoptado na V Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em São Tomé em 26 e 27 de Julho de 2004.
A Assembleia da República resolve, nos termos da alínea i) do artigo 161.º e do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º
Aprovação
Aprovar o Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, adoptado na V Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em São Tomé em 26 e 27 de Julho de 2004, cujo texto, na versão autenticada em língua portuguesa, se publica em anexo.
Artigo 2.º
Declaração
1 - O depósito, pela República Portuguesa, do instrumento de ratificação do Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa não prejudica a validade da ortografia constante de actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, de bens culturais, bem como de manuais escolares e outros recursos didáctico-pedagógicos, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação, à data existentes.
2 - No prazo limite de seis anos após o depósito do instrumento de ratificação do Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a ortografia constante de novos actos, normas, orientações, documentos ou de bens referidos no número anterior ou que venham a ser objecto de revisão, reedição, reimpressão ou de qualquer outra forma de modificação, independentemente do seu suporte, deve conformar-se às disposições do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
3 - O Estado Português adoptará as medidas adequadas a salvaguardar uma transição sem rupturas, nomeadamente no que se refere ao sistema educativo em geral e, em particular, ao ensino da língua portuguesa, com incidência no currículo nacional, programas e orientações curriculares e pedagógicas.
Aprovada em 16 de Maio de 2008.
O Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

terça-feira, 26 de maio de 2020

Outros tempos!

Eu conheci a Fragata D. Fernando II e Glória, em 1962, quando ainda funcionava a 100%, no meio do Tejo. A vedeta da marinha que nos levava para o Alfeite, às 07.00 horas, passava por lá e acostava por alguns minutos para deixar sair os "fragatinhas" que tinham pernoitado em Lisboa. Não sei se era uma rotina diária, mas sei que fui lá muitas vezes e assisti a essa manobra.


Nunca percebi a razão do nome D. Fernando II, nem sequer me lembrava de ter havido um rei português com esse nome. Hoje, decidi consultar a Wikipédia e tirar as minhas dúvidas. Afinal, ele era um nobre alemão que se casou com a rainha D. Maria II e usou o título de rei por algum tempo. E ainda foi Regente do Reino, durante dois anos, enquanto seu filho, o futuro rei D. Pedro V, atingia a maioridade.


Fiquei também a saber que foi ele quem ordenou a construção do Palácio da Pena, em Sintra, e só por isso já merecia algumas honras especiais. Ele trouxe engenheiros, arquitectos e trabalhadores alemães para executar aquela obra de arte que é o orgulho dos portugueses, em geral, e dos sintrenses, em particular.
Este foi o assunto que escolhi, hoje, para evitar falar no maldito COVI que nos veio azarar a vida neste ano bissexto de 2020. Está calor e a ordem agora é para «s a i r  d e  c a s a», ao contrário da anterior que era para ficar em casa. Sair, mas com juizinho, está bem? 

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Que falta de jeito eu tenho!


Há quem seja capaz de fazer uma obra de arte com três marretadas. Nas belas artes eu sou um zero à esquerda, nem com a melhor das ferramentas e umas quantas camisolas interiores encharcadas em suor me sai nada das mãos que faça o mundo arregalar os olhos de espanto.
Neste caso, um grupo de lavradores de Mansores, Arouca, montou este rosário de Fátima, em tamanho gigante, e ainda foi capaz de arranjar um modo de desenhar a imagem da Virgem Maria de um modo genial. Usando apenas fardos de feno, ensacados em linhagens brancas e pouco mais, havia no grupo, com toda a certeza, alguém com alma de verdadeiro artista para ter conseguido este resultado. O perfil da Virgem, feito com um simples risco, está espectacular.
Esta imagem foi feita em tamanho gigante para ser vista do céu e a Junta de Freguesia de Mansores já recebeu mensagens de apreço de várias partes do mundo. A ideia é lembrar aos católicos que devem rezar a Nossa Senhora pela cura desta doença que nos atrapalha a vida. A Fé tem mais força que qualquer vacina que possa vir a ser inventada. Estamos no mês de Maio, o Mês de Maria, e rezar tanto pode ser feito em Fátima como em Arouca, ou em qualquer outra parte do mundo.

domingo, 24 de maio de 2020

Afinal quem tem razão?

Foi preciso esperar até hoje, data em que o famoso vírus se está quase a despedir de nós, sem deixar a mínima saudade, para reconhecerem que há muitos mais recuperados que aqueles que vinham anunciando. Duma só vez acrescentaram quase 10 mil, mas ainda sem reconhecerem que estavam enganados desde o primeiro dia.
Mas, como diz o ditado, quem manda pode e contra isso não há nada a fazer!

sábado, 23 de maio de 2020

Ai, a gota!

Morrer novo tem algumas vantagens. Não falo por experiência própria, pois já conto com três quartos de século e ainda por cá ando. Muitas mazelas nos atacam, quando chegamos a esta idade. Os órgãos principais começam a falhar e os médicos, na ânsia de nos prolongar a vida (e não perder o cliente), enchem-nos o corpo de medicamentos que nos dão cabo dos rins e do fígado. Da última vez que fui ao médico, disse-lhe:
- Doutora, não tomo isso, já estou farto de comprimidos.
- Você é que sabe, é tomar ou morrer.
E assim me despachou, deixando-me sem reacção.
Um amigo meu, há dias começou a tomar um medicamento novo que lhe foi receitado. Dias depois notou que não conseguia ter uma erecção decente. Foi ao médico queixar-se e recebeu a seguinte resposta:
- Na sua idade, caro senhor, há que fazer opções, sem este remédio morre e depois de morto é que não conseguirá mesmo ter uma erecção aceitável.
Eu tenho andado à rasca com a aparição de "tofos gotosos" nas mãos que doem com'ó caraças. Começam a inchar e demoram cerca de um mês a passar, causando dores de fazer perder a cabeça a um santo. Já é o quarto ano consecutivo em que me aparece isto.


As minhas mãos ainda não têm este aspecto, mas vão a caminho disso. Estive a pesquisar na internet, qual seria o melhor remédio para reduzir o nível do ácido úrico que é o culpado por estas formações aberrantes e descobri que um dos remédios aconselhados é «Infusão de Urtigas». Uma maravilha, tenho a horta cheia de urtigas, vai sair-me baratinho o tratamento !!!


Se precisarem que algumas é só pedir, chegam para mim e para os amigos todos. E é fácil e rápido de preparar. Ora vejam:

Outro remédio caseiro para ácido úrico é o chá de urtiga que tem efeito anti-inflamatório, que estimula a circulação e diminui o inchaço local.

Ingredientes
1 colher (de sopa) de folhas secas de urtiga
150 ml de água fervente

Modo de preparo
Colocar a água sobre as folhas secas e deixar em infusão durante 20 minutos, coar a seguir e tomar várias vezes ao dia.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

O Covi na África lusófona!

Em África, há 2.997 mortos confirmados, com mais de 95 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.109 casos e seis mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (719 casos e sete mortos), Cabo Verde (356 casos e três mortes), São Tomé e Príncipe (258 casos e 11 mortos), Moçambique (162 casos) e Angola (58 infetados e três mortos).


Quem fala português está meio imunizado contra o Covi, falta apenas descobrir como cobrir a outra metade! É engraçado verificar que o número de mortos e/ou infectados é inversamente proporcional ao número de habitantes, pequeno no tamanho e grande na Covid-19!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Já cheira a futebol!


O futebol já mexe! Pouco, ainda, mas já se sente o cheiro a suor dos atletas. E sobem as vozes dos comentadores e até há mudanças no seio deles. O André Ventura foi dispensado do painel de comentadores da CMTV, melhor tivesse sido o Pedro Guerra da TVI que com esse é que eu não posso.
O Covi veio complicar ainda mais um assunto que já era cabeludo, grandes e pequenos andam todos à bulha, não gostam do presidente da Liga ou da Federação e bem gostavam de lá pôr alguém da sua cor. Até a DGS entrou na dança, aprovando uns e desaprovando outros estádios de futebol, de modo a pôr o mundo do futebol em polvorosa. E os árbitros a viajar com a equipa que for jogar ao Funchal foi a última decisão que encheu os jornais e noticiários desportivos de hoje.
Na Alemanha já se jogou a primeira jornada e houve um monte de lesionados. Por aqui, foi o FCP a perder um dos pilares da sua defesa que se lesionou, hoje, com gravidade e vai ajudar o Benfica na difícil tarefa de recuperar o 1º lugar na classificação.
É tudo o que mais querem os benfiquistas!

A rir à conta dos vírus!


Até eu me riria se tivesse na Bolsa a sorte que ele teve!
Este senhor é professor na Harvad Medical School - especialista em vírus e imunidades - e tem vindo a encher o saco de milhões de dólares à custa dos vírus que nos vêm chatear a moenga. Começou com uma pequena empresa que pouco depois vendeu por 635 milhões. Agora tem acções de várias empresas, todas ligadas à biotecnologia, uma das quais duplicou de valor, desde que se começou a falar na nova vacina que o presidente Trump afirma que estará pronta, em breve.
Na internet já se fala em números a rondar os 40 mil milhões de dólares que essa vacina poderá facturar e a Bolsa de New York tem olhos e ouvidos em todo o lado. Mesmo que esses boatos não passem de meras especulações, os detentores das acções dessas empresas vendem-nas, mal vêem os preços a subir 20 ou 30%. E fazem eles muito bem, o primeiro milho é para os pardais, segundo reza um velho ditado.
Eu, ao contrário deste senhor professor, sou um azarado, mas sinto-me contente por não estar sozinho. Há cerca de 5 anos decidi arriscar algum dinheiro neste tipo de empresas, à espera que uma tivesse sucesso e me enchesse o bolso. O que mais havia da Bolsa de Paris ou Amsterdão (esta é a minha favorita) era acções de empresas de biotecnologia que andavam a reunir capital para se dedicarem à pesquisa de vacinas e novos medicamentos. Elas gastam muitos milhões a cada ano que passa e não apresentam qualquer retorno, mas continuam sempre em frente, quem lá trabalha continua a receber o seu salário, religiosamente, no fim de cada mês e os investidores acreditam que qualquer dia, num golpe de sorte, descobrirão a receita que os tornará ricos.
Pois, como ia dizendo, fui à Bolsa de Amsterdão, escolhi 5 empresas daquelas que tinham melhor notação financeira e arrisquei 2.500€ em cada uma delas para testar a minha sorte. Durante um ano, comprei e vendi muitos milhares de acções dessas e outras empresas do ramo e ganhei um par de milhares de euros. Cedo percebi que aquilo não me faria rico e resolvi vender a minha posição e partir para outra. Por não me satisfazer o preço a que estavam cotadas, mantive duas que ainda hoje tenho, custaram-me 5.000€ e valem, hoje, cerca de 2.000€. Uma delas subiu 40%, no início deste mês e julguei que tinha chegado a minha hora, mas foi sol de pouca dura, em 3 dias voltou à cotação anterior.
É assim a vida, uns riem-se, outros choram, mas a luta para descobrir um remédio para a cura de todas as doenças que afligem a humanidade continua. Se não fossem estas empresas, subsidiadas por "palermas" como eu, muitos africanos já teriam morrido com o paludismo, a cólera, a malária ou o VIH. O mesmo se aplica aos índios da Amazónia, aos malaios e outros pobres de Cristo, por essse mundo fora. Dou por bem empregues os poucos euros que perdi neste negócio. Ainda não perdi, pois pode acontecer que uma das «minhas» empresa apareça com a vacina e eu ainda fique milionário !!!

quarta-feira, 20 de maio de 2020

O malandro dá-se bem no calor!


Afinal a teoria de que o vírus só se dava bem no frio estava errada, ele chegou aos países do calor, como o Equador ou o Peru, e está a dar-se às mil maravilhas. Lá se foi a minha esperança de que ele desapareceria com a chegada do verão. Já são às centenas os mortos e os infectados mais que muitos.
Dentro de um mês teremos o solstício de verão e eu estava todo confiante que o vírus acabaria por desaparecer tão depressa como chegara, mas ao ver isto, em terras onde é sempre verão, já não sei o que pensar. Teremos que lhe descobrir um ponto fraco para o atacar e nos vermos livres dele duma vez por todas.

terça-feira, 19 de maio de 2020

A fome e a vontade de comer!


Aos 18 anos pesava 60 Kgs, aos 70 pesava quase o dobro. Agora que já vou nos 76, estou a andar às arrecuas e já vou nos 93 Kgs. Aos 60 não devo chegar outra vez, senão seriam tantas as pelancas que teria que arranjar um cirurgião amigo da Lili Caneças para mas vir cortar.
Não sei se é da fome ou da proibição de comer carnes vermelhas, mas hoje acordei a pensar em carne. Carne boa, pode ser alentejana ou outra qualquer, a pingar no pão, bem ou mal assada, conforme os gostos e a ocasião.



Bendita seja a fartura que a fome ninguém a atura!

Lobo em pele de cordeiro!

O nome dele é Lombo, mas se fosse Lobo dar-me-ia mais jeito para compor a minha crónica de hoje. Desde 2013 que deixou de exercer uma quantidade de cargos e deixou de aparecer nas notícias. Mais conhecido apenas por João Cordeiro, ele ficou famoso por ter estado mais de 30 anos à frente da ANF - Associação Nacional de Farmácias. Não tanto pelo cargo em si, mas por se ter transformado no maior credor do SNS - Serviço Nacional de Saúde ao adiantar os pagamentos do Estado às farmácias que tinham problemas de liquidez. Em certa altura, o Estado Português (personna non grata) demorava mais de um ano a pagar a conta às farmácias e a ANF substituía-o nessa responsabilidade. Não sei se o financiador era ele próprio, ou a ANF de que era presidente. Só sei, porque li nas notícias da época, que ele chegou a acumular créditos ao Estado no valor de mais de um ano de fornecimento de medicamentos da maioria, senão todas, as farmácias portuguesas. Como se pode compreender facilmente, uma autêntica fortuna.
Essa dependência dos dinheiros que ele geria fazia com que, tanto as farmácias como o Estado Português, passassem a vida a lamber-lhe as botas e fizeram do Sr. João Cordeiro o homem mais badalado da época. Todos lhe deviam dinheiro, todos precisavam dele e isso dava-lhe um poder fora de série.

ANF _ Santa Catarina, Lisboa
Por João Carvalho - Obra do próprio, CC BY-SA 3.0

Em 2013, deixou a presidência da ANF e não faço ideia como foram acertadas essas contas. Não me lembro de ter lido nada nas notícias a esse respeito. O período decorrido entre 2000 e 2008 foi mais calmo nas finanças públicas e o estado das contas das farmácias deve também ter beneficiado disso, reduzindo o período de carência dos pagamentos do Estado. Depois veio a crise das dívidas soberanas, apareceu a troika e as coisas voltaram a complicar-se e ele pôs-se ao fresco. Não me contaram se foi por limite de idade ou por o cargo ter perdido atractividade.
Desde então tem exercido cargos diversos de gestão e administração em empresas várias, algumas delas propriedade da ANF, em todo ou em parte. A Quilaban, empresa de que é sócio e já foi gerente, que nos últimos dias tem andado nas bocas do mundo, por causa das máscaras compradas por ajuste directo (primeira irregularidade que se deve à sua influência no mundo socialista) e agora não têm certificado de qualidade (segunda irregularidade a que tentam dar a volta de qualquer jeito).
Eu não quero ser má língua, mas mal vi aparecer o nome dele nas notícias, pensei logo:
- Lá está o Cordeiro a encher o saco de novo à custa dos dinheiros públicos!

segunda-feira, 18 de maio de 2020

The Bottle Neck!

Os falantes de inglês têm uma palavra - ver título desta publicação - que define uma situação que é difícil ultrapassar. O termo que lhe corresponde, em Português, parece ser "engarrafamento", por exemplo, no trânsito, mas não tem mesmo nada a ver com o significado natural da palavra que traduz o acto de engarrafar. Bem, como hoje escolhi falar da situação que se viverá, a partir de hoje, em Portugal, o chamar-lhe engarrafamento, confusão ou obstáculo impossível de ultrapassar vem a dar no mesmo, na minha cabeça, enquanto vou teclando estas linhas será o "bottle neck".
A normalidade a que o país tenta regressar, depois do confinamento de 60 dias, vai esbarrar em várias impossibilidades que levarão ao tal bottle neck que deixará toda a gente à beira de um ataque de nervos. Pensei nisto ao ler vários trabalhos literários acerca do futebol e aos problemas que isso levanta. É natural considerar que o futebol, como grande indústria do entretenimento que é, não poderá sobreviver sem público e sem as fenomenais receitas de publicidade que ele potencia. Aguentar 6 semanas para acabar a presente época talvez consiga, mas depois disso vai ser preciso abrir as portas e confiar no bom senso do pessoal.
Isso é no futebol que não é, chamemos-lhe assim, um bem de primeira necessidade, mas se pensarmos no trabalho, em geral, que nos fornece os meios de sobrevivência, a coisa muda de figura. Ao trabalho (emprego) todos temos que regressar, sob pena de não termos com que sobreviver. Ganhar o pão-nosso-de-cada-dia é, será sempre a primeira propriedade de todas a que é impossível fugir. E é isso que vai criar o tal bottle neck que é impossível de evitar. Regressar ao trabalho significa pôr os transporte públicos a funcionar a todo o gás, o mesmo acontecendo à restauração, pois quem trabalha também precisa de se alimentar. Não estou a ver os portugueses regressarem ao velho hábito de levar a marmita com o almoço.
E não é com as medidas, pormenorizadamente, explicadas pelo nosso PM, sobre a disposição das mesas no restaurante, ou dos assentos no comboio, metro e autocarros que lá vamos. Acredito que dentro de uma semana vai ser "tudo ao molho e fé em Deus". Chegar atrasado ao posto de trabalho não será opção para empregados e empregadores e ter duas ou três horas para almoçar também não me parece exequível, portanto ... vai ser uma corrida e o resto logo se vê. Com sorte o vírus não é tão mau como o pintam e vai deixar o mundo rolar.
Para o fim deixei o caso mais flagrante de todos, a ida à praia. Aí é que a porca vai torcer o rabo, alguém imagina uma praia com uma caixinha de senhas na entrada para cada um marcar a sua vez? Esperar que um cliente saia para entrar outro? Limitar a 4 horas a permanência de cada grupo na areia da Costa da Caparica para dar uma chance a todos de se bronzearem? Nem pensem nisso, quando abrirem as portas entra tudo, e se não houver porta saltam a cerca. Tal como acontece com um rebanho de ovelhas, quando avistam um prado de erva verde, desatam a correr, umas atrás as outras e não há forma de as conter.


Eu não sou fã de praia, prefiro as montanhas e os vales verdejantes do interior, as sombras aconchegantes que nos protegem do sol abrasador de Julho e Agosto, a gastronomia e outras coisas boas que Portugal tem, por isso não entendo o frenesim que os citadinos sentem pela praia. A mim só me faz dor de cabeça e, com toda a certeza, não vou contribuir para o aumento do bottle neck. Mas vou rir-me muito dos esforços que as autoridades vão fazer para controlar « as ovelhas». 

domingo, 17 de maio de 2020

Nunca fui a Nova Iorque!

Aliás, para ser mais exacto, nunca pisei o continente americano. Não posso afirmar que tenha perdido alguma coisa, pois alcatrão e prédios altos há um pouco por todo o lado. Teria que haver alguma coisa, em solo americano, para justificar a minha viagem e, assim de repente, não me lembro de nada. Houve, em tempos, a Marylin, mas também já morreu e não me deixou nada de herança. Gostava de ver uma aldeia de índios peles-vermelhas a sério, mas não daqueles que andam vestidos com calças Levis e calçam botas à cowboy, que esses já não têm piada nenhuma.
Wall Street - sempre magiquei no porquê deste nome, rua da parede, porquê, será que as outras ruas da grande cidade americana não têm paredes? - é o centro do mundo financeiro. A Bolsa de Valores, onde tudo se vende não conhece limites. Ainda me lembro da loucura que foi quando o principal índice ultrapassou os 10.000 pontos. Depois voltou a cair e as pessoas perguntavam-se se alguma vez voltariam a subir. Pois subiu e muito e a festa já não foi tão grande assim quando foi ultrapassada a marca dos 20.000 pontos. O povo habitua-se a tudo e até as boas notícias acabam por cansar.


Depois veio a era do petróleo a 150 dólares o barril e a Bolsa transformou-se num parque de diversões, onde se faziam e desfaziam fortunas todos os dias. No passado mês de Abril (ano bissexto de 2020) o petróleo desceu abaixo de zero, foi até preciso pagar, e não foi pouco, para que os interessados o levassem. Veio também a era das tecnológicas que entraram em bolsa e foram por aí acima sem conhecerem limites. Do nada forjaram-se fortunas como a do Bill Gates e outros semelhantes.
Nova Iorque, sempre Nova Iorque no centro das atenções. A Big Apple, a cidade que nunca dorme, a cidade onde os arranha-céus entram mesmo pelas nuvens adentro. A Estátua da Liberdade, O Empire State Building. o Central Park ou o World Trade Center, tudo coisas que todo o mundo conhece, mesmo que só de ouvir falar, como é o meu caso.


Seja por causa da guerra da Coreia, da do Iraque ou Afeganistão, por conta das eleições americanas, do Bush, Clinton ou Trump estamos sempre ligados aos Estados Unidos e à grande cidade que nunca dorme. A Quinta Avenida e as lojas mais caras do mundo (onde até o nosso grande amigo Zé Pinóquio foi às compras) são também um ponto de atracção turística. Até o vírus Corona II decidiu aterrar em Nova Iorque e pôr todo o estado em pantanas.
Nova Iorque, Nova Iorque, sempre Nova Iorque, mesmo sem lá ter posto os pés parece-me conhecê-la para além do que seria expectável. Será que ainda terei tempo de vida suficiente para esperar ir até lá? E o vírus? Deixará ele que os aviões voltem a voar e haverá ainda companhias aéreas que não tenham ido á falência? E se o petróleo acabar, qual será o combustível que usarão os aviões? A energia solar parece-me o mais aconselhável, pois a acima das nuvens o sol brilha sempre. E os países onde nada mais há que areia e petróleo, como viverão eles nessa nova era que pode estar mais próxima do que possamos pensar?
Bem, vou ficar por aqui, pois com tantas perguntas já tenho os miolos a fumegar!

sábado, 16 de maio de 2020

Não se pode ser bom!

China e Índia, dois países vizinhos duas realidades diferentes. Nesta coisa da pandemia actual nunca poderiam ser muito diferentes se não houvesse tantos factores que os diferenciam. O primeiro de todos eles é o clima e o vírus gosta do clima da China e não se dá muito bem com o da Índia. Do lado contrário está a pobreza e o controlo estatal, em que uma é maior de um lado e o outro é, como todos sabemos, o «modus vivendi» na China maoista.
Como não poderia deixar de ser, o vírus também chegou à Índia e usou essas duas características para lhe servirem de muletas e se espalhar entre os indianos. A pobreza, por um lado, e a total falta de controlo sobre a imensa população, por outro, podem fazer da Índia um alvo fácil para o bichinho que ataca os pulmões e deixa as pessoas sem fôlego para continuar a viver. Só espero que o clima quente deste país venha em sua ajuda e não deixe o bicho espalhar-se, como fez nos Estados Unidos ou na Europa. No entanto tem vindo a crescer e já ultrapassou a China em número de infectados.


Esta reflexão fez-me recordar a viagem que fiz à Índia, em 1999. Fui directo a Bombaim (Mumbai na actual designação) e fiquei instalado no hotel mais caro da cidade, o Taj Mahal, que a minha agência de viagens tinha aproveitado por metade do preço numa campanha especial de promoção turística.
Descrever este país ou o que ali se passa é pouco menos que impossível. É preciso ir lá e mergulhar no meio do caos citadino, no comércio de rua e na miséria que envolve toda a cidade que tem mais habitantes que Portugal inteiro, para ficar a conhecer um pouco do que ali se vive. Uma coisa que me atingiu de repente foi a quantidade de crianças que andavam pelas ruas de Bombaim e se penduravam nos braços dos turistas pedinchando uma moedinha.
O meu segundo dia na cidade foi um domingo e, depois de ter engolido o pequeno almoço, resolvi ir até ao paredão da baía, em frente ao hotel e dar umas esmolas à criançada. Troquei uma nota de 10 dólares em notas de 10 rupias (que nem chegava para tomar um café), metias num bolso das calças e aí vou eu armado em Padre Américo. Dei uma nota à primeira criança que se aproximou e outra logo de seguida a uma mão que se estendia para mim. Depois disso, foi um reboliço total, fez-me lembrar das pombas que vivem na Praça do Almada, aqui na minha terra de acolhimento, quando alguém lhe atira um punhado de milho e elas mergulham todas ao mesmo tempo, batendo as asas em redor, mais para afastar as concorrentes do que para se equilibrar. Assim aconteceu comigo, uma miudita pendurou-se no meu braço direito e deixou-me sem acesso ao cofre das notas de 10 rupias.


Vi-me rodado de umas dezenas de crianças de braço estendido, algumas das quais se agarravam às minhas roupas para eu não lhes fugir. A muito custo consegui retroceder até ao hotel e o porteiro veio em meu auxílio, afugentando os meus perseguidores. Depois de ter corrido com a criançada para longe, veio ter comigo e avisou-me para nunca dar esmola na rua, pois me arriscava a ser assaltado, roubado e maltratado pelas crianças mais crescidas e até adultos que andam sempre por perto. Como resultado fiquei com a maior parte das notas de 10 no bolso e vi-me grego para me libertar delas.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

A «Endemia»!

Ontem, estive a ouvir a opinião de um virologista que veio ao Telejornal da SIC e se fartou de rir à custa do Sars.Cov-2 (nome verdadeiro do bicho). Já aqui escrevi sobre o assunto e, por palavras minhas, disse, exactamente, o mesmo que ele. Com o tempo, o vírus transformar-se-á de pandémico em endémico e todos se esquecerão dele. Terá menos importância (talvez) que o vírus da gripe que hoje conhecemos e que também causa algumas vítimas a cada inverno que passa.


Conforme o número de pessoas infectadas e curadas for aumentando, maior será a resistência humana a esta doença e menor a capacidade de o vírus nos infernizar a vida. Afirmou o virologista que é provável que nunca se descubra uma vacina - lá se vai o grande negócio de Mr. Trump & C.ia - e que a doença venha a ser tratada com os medicamentos que já hoje conhecemos (por exemplo, o Paracetamol), como já existem ou, ligeiramente, melhorados: É uma boa notícia, embora o povo não esteja preparado para ouvi-la.
Isto vai ser tal e qual como uma guerra clássica, os que estão na linha da frente cairão como tordos, mas serão capazes de conter o avanço do inimigo. E com a continuação do fogo as balas vão-se acabando e a guerra extingue-se. Neste caso, como defende o Trump e o Bolsonaro (mas nem só eles), quanto mais gente e mais bem preparada (mais jovem) mandarmos para a linha da frente, mais depressa nos veremos livres da ameaça. Como já está visto e revisto, a doença ataca em força os mais fracos - os que já viveram mais de 60 anos -  e poupa todos os outros, portanto a nossa táctica é muito simples de pôr em prática, escondemos os primeiros e aumentamos o número dos outros para conter o inimigo.
Ou seja, a partir de segunda-feira, dia 18 de Maio, vamos lançar o ataque final, em toda a força e adeus vírus, lá nos encontraremos de novo, no próximo inverno, e esperamos que já venhas coxo e não metas medo a ninguém. Vai ser tempo de esquecer as máscaras, olhar o inimigo nos olhos, sem medo, e esperar que aconteça o mesmo que às abelhas, quando nos picam, perdem o ferrão e morrem de seguida.
Faremos como o forcado, em frente do toiro: Eh toiro, toiro, toiro, marra aqui e vês o que te acontece! Eh, cov, cov, cov, anda cá que já te f*** !!!

quinta-feira, 14 de maio de 2020

A Lua no comando!

Diz o ditado popular que em «Abril águas mil» e como a
lua que vigora ainda é de Abril, não há outro remédio
senão aguentar. E cara alegre!


Daqui a 7 dias entra a lua de Maio e aí o tempo deve mudar,
muito embora esta imagem pareça contrariar o tal ditado,
pois prevê chuviscos para sábado, dia 23, mas como nem
sempre acertam, vamos esperar que se enganem desta vez.
Também, para ficar fechado em casa, tanto vale que chova
ou faça sol. Haja alegria e falte o covi-19 !!!

Aguenta que é serviço!


Os PSD's, hoje, aceleraram a fundo na tentativa de correr com o «Ronaldo das Finanças», mas parece que deram com os burros na água. O chefe e ele estiveram reunidos, depois do jantar, e decidiram que fica tudo como estava, o momento não é para aventuras.
Eu entendo que aquilo do Novo Banco tira qualquer um do sério, mas como ele diz, foi o Passos&Portas que fizeram o negócio. A ele só lhe resta cumprir o contrato.
Eu até vou à bola com ele, não me lembro de outro melhor, desde o 25 de Abril.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

É a ciência, pá!

O topónimo Neandertal, na denominação da espécie (ou subespécie), é alusivo a Joachim Neander (1650-1680), teólogo pietista que tinha por hábito fazer pregações entre as cidades de Erkrath e Mettmann, nas proximidades de Düsseldorf e Wuppertal, na Alemanha. 
A expressão "homem de Neandertal" foi cunhada em 1863 pelo anatomista irlandês William King. Durante vários anos de intenso debate científico quanto à denominação mais adequada, Homo neanderthalensis ou Homo sapiens neanderthalensis, a segunda designação implicava ter de se considerar o homem de Neandertal como uma subespécie do Homo sapiens, o Homo sapiens sapiens, ambos pertencendo à linhagem humana. Estudos ulteriores sobre o DNA mitocondrial levariam entretanto a supor que tanto os neandertais como o Homo sapiens evoluiram de um ancestral comum. A separação teria ocorrido mais de 1 milhão de anos atrás.


Descobriram um dente, numa qualquer gruta da Bulgária, e andam todos contentes, a apregoar aos quatro ventos a sua descoberta. Como se isso fosse mais importante do que encontrar a vacina para a doença de século, a covid-19.

« Segundo a análise dos vestígios encontrados na caverna Bacho Kiro, no norte da Bulgária, a presença no continente europeu do Homo sapiens - também chamado de homem moderno - remonta a 45.000 anos, de acordo com os dois artigos publicados nas revistas Nature e Nature Ecology & Evolution. »

Homem de Neandertal, Homem Moderno, Homo Sapiens, Homo Sapiens Sapiens, pretos, brancos e amarelos, esquimós e peles-vermelhas todos têm sido estudados até à exaustão, mas há sempre algo de novo que aparece e vem contrariar teorias antigas. Para aí uns 99% da população mundial não liga patavina a essas tretas, nem percebe quem e porquê perde tempo com essas trenguices que não enchem a barriga de ninguém.
No mundo moderno há só uma preocupação, ter um emprego decente e ganhar um ordenado suficiente para garantir três refeições por dia e um tecto para se abrigar. Tudo o resto é conversa mole para boi dormir. Se sobrarem uns trocos para turistar um pouco e passar duas semanas de férias numa praia qualquer, isso será a cereja no topo do bolo para o comum dos mortais.
A ciência serve para garantir um tacho a muitos académicos, por esse mundo fora, e para encher as revistas da especialidade de notícias que, basicamente, só a eles mesmos interessam. De vez em quando, lembramos-nos deles, dos cientistas, esperando que venham em nosso socorro descobrindo mais umas mezinhas que possam aliviar os nossos males. Como agora, no meio desta pandemia que tira o sono a governantes e governados, sem saberem o que fazer para salvar a vida. Que bem vinda seria a cura para esta doença, ou a vacina para nos proteger dela, mas em vez disso os cientistas preocupam-se com um dente do Homem Moderno da Bulgária que está morto e bem morto, há mais de 40 mil anos!

terça-feira, 12 de maio de 2020

O tique do Boris!

É claro que a única solução viável a longo prazo passa por uma vacina ou por um tratamento baseado em fármacos específicos. Mas enquanto estamos à espera de um avanço, a esperança não é um plano, afirmou Boris.
O responsável vai ainda mais longe ao referir que «uma vacina ou um tratamento em massa pode demorar mais de um ano. No pior cenário, podemos até nunca encontrar uma vacina».
Um pouco por todo o mundo estão a ser desenvolvidos ensaios clínicos para uma potencial vacina, bem como outros tratamentos que pretendem reduzir a taxa de mortalidade da doença, que já matou mais de 30 mil pessoas no Reino Unido e mais de quatro milhões a nível mundial.


Esta imagem espelha bem a dor de cabeça que aflige o Primeiro Ministro britânico. Confinar, desconfinar, parar ou fazer andar a economia, gastar ou poupar milhões no NHS (serviço nacional de saúde) e muitas outras questões estão a fazer a cabeça de todos os líderes mundiais andar à roda. Que o diga Trump ou Putin que querem preservar o seu lugar para o futuro e que a pandemia veio ameaçar.
Quando alguma coisa o aflige, ele mete a mão esquerda na cabeça - é outra porra que não entendo, porque fazem eles tudo com a esquerda? - e embaralha o cabelo todo, ficando como a imagem de marca dos despenteados. Aliás, para preservar esse aspecto que lhe conhecemos, ele não deve pentear-se nunca. As fábricas de escovas de cabelo e pentes iriam à falência se dependessem dele.
Bem, já dei a minha ferroada do dia e posso ir tratar da minha vidinha que se resume a ficar em casa e não fazer, absolutamente, nada. A minha mulher bem me chama de preguiçoso, mas isso não serve de combustível para eu andar.
Bom dia para todos e fujam do vírus que ele gosta dos mais maduros como nós !!!

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Quem tem amigos ...!

... não morre na cadeia!
A doença da moda mata que se farta. E o Covi deve ter amigos espalhados pelo mundo, pois não ataca todos da mesma maneira. Servem de exemplo os Estados Unidos, com perto de 330 milhões de habitantes e a caminho dos 100 mil mortos, por comparação com o Japão que, com mais de 126 milhões de habitantes ainda não chegou aos mil mortos.
Que razão estará por trás dessa preferência do bichinho por quem mora do outro lado do Pacífico? Alguma terá que haver, pois não acredito que seja apenas sorte!
Estava aqui sozinho, a falar com os meus botões, quando me lembrei de fazer disso a minha publicação de hoje. Não quis tomá-lo como uma viagem, mesmo que virtual, pois o Japão fica muito longe e tem uma cultura e hábitos que me são, totalmente desconhecidos. Desse país longínquo, onde nasce o sol, conheço apenas a imagem daquele monte sagrado, com o cume sempre coberto de neve, as cerejeiras em flor, além das cores da sua bandeira que são as mesmas do Benfica.


Estamos habituados a ver o mapa-mundi com o Atlântico ao centro, mas escolhi este com o Japão no centro dele, para todos se poderem concentrar naquilo que vos estou a transmitir. E há nele uma coisa que salta logo à vista, a quantidade de azul, prova evidente que o planeta Terra bem merece o título de «Planeta Azul». Também se nota a pequenês de Portugal, em contraponto com o tamanho gigante da Rússia Que vai do Pacífico até ao Atlântico Norte. Admiro-me como o Vladimir Putin consegue controlar aquela gente toda.


Só ao olhar para este mapa do arquipélago japonês me apercebi disso, a Rússia chega até à Coreia do Norte e fica logo ali, à vista do Japão, na mesma latitude da ilha de Hokaido. Outra coisa que me surpreendeu foi a população japonesa, 12 vezes maior que a portuguesa para uma área que é apenas 4 vezes maior que a do nosso pequeno rectângulo que nem se vê no mapa-mundi (que mostro acima). É assim, quando andamos distraídos passa-nos tudo ao lado.


Mas, voltando ao princípio da minha conversa, porque será o Japão, com tantos milhões de habitantes, 12 vezes a nossa população (permitam-me que repita) nem a uns miseráveis 1.000 mortos chegou? Será por causa do monte sagrado que o Covi virou para Oeste e atravessou o mundo inteiro até chegar aos domínios de Trump? Teria lá chegado mais depressa se tivesse atravessado o Pacífico, não vos parece?
Há coisas que a gente não consegue entender por mais que tente! Talvez o miserável vírus se decida a atravessar agora esse oceano e vá parar de novo à China, de onde não deveria ter saído nunca. Vamos apostar nisso!