quarta-feira, 13 de maio de 2020

É a ciência, pá!

O topónimo Neandertal, na denominação da espécie (ou subespécie), é alusivo a Joachim Neander (1650-1680), teólogo pietista que tinha por hábito fazer pregações entre as cidades de Erkrath e Mettmann, nas proximidades de Düsseldorf e Wuppertal, na Alemanha. 
A expressão "homem de Neandertal" foi cunhada em 1863 pelo anatomista irlandês William King. Durante vários anos de intenso debate científico quanto à denominação mais adequada, Homo neanderthalensis ou Homo sapiens neanderthalensis, a segunda designação implicava ter de se considerar o homem de Neandertal como uma subespécie do Homo sapiens, o Homo sapiens sapiens, ambos pertencendo à linhagem humana. Estudos ulteriores sobre o DNA mitocondrial levariam entretanto a supor que tanto os neandertais como o Homo sapiens evoluiram de um ancestral comum. A separação teria ocorrido mais de 1 milhão de anos atrás.


Descobriram um dente, numa qualquer gruta da Bulgária, e andam todos contentes, a apregoar aos quatro ventos a sua descoberta. Como se isso fosse mais importante do que encontrar a vacina para a doença de século, a covid-19.

« Segundo a análise dos vestígios encontrados na caverna Bacho Kiro, no norte da Bulgária, a presença no continente europeu do Homo sapiens - também chamado de homem moderno - remonta a 45.000 anos, de acordo com os dois artigos publicados nas revistas Nature e Nature Ecology & Evolution. »

Homem de Neandertal, Homem Moderno, Homo Sapiens, Homo Sapiens Sapiens, pretos, brancos e amarelos, esquimós e peles-vermelhas todos têm sido estudados até à exaustão, mas há sempre algo de novo que aparece e vem contrariar teorias antigas. Para aí uns 99% da população mundial não liga patavina a essas tretas, nem percebe quem e porquê perde tempo com essas trenguices que não enchem a barriga de ninguém.
No mundo moderno há só uma preocupação, ter um emprego decente e ganhar um ordenado suficiente para garantir três refeições por dia e um tecto para se abrigar. Tudo o resto é conversa mole para boi dormir. Se sobrarem uns trocos para turistar um pouco e passar duas semanas de férias numa praia qualquer, isso será a cereja no topo do bolo para o comum dos mortais.
A ciência serve para garantir um tacho a muitos académicos, por esse mundo fora, e para encher as revistas da especialidade de notícias que, basicamente, só a eles mesmos interessam. De vez em quando, lembramos-nos deles, dos cientistas, esperando que venham em nosso socorro descobrindo mais umas mezinhas que possam aliviar os nossos males. Como agora, no meio desta pandemia que tira o sono a governantes e governados, sem saberem o que fazer para salvar a vida. Que bem vinda seria a cura para esta doença, ou a vacina para nos proteger dela, mas em vez disso os cientistas preocupam-se com um dente do Homem Moderno da Bulgária que está morto e bem morto, há mais de 40 mil anos!

2 comentários:

  1. 40.000 anos? Os dentes duravam muito noutros tempos. Hoje em dia, são poucos aqueles que conseguem que os dentes cheguem inteiros e sãos ao fim da vida.
    Abraço e saúde

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  2. Talvez os cientistas procurem, nesse dente do Homem Moderno, a matéria prima que falta para, desenvolver, a vacina que poderá combater o Coronavirus?
    Enquanto não temos, outra, alternativa. Até lá resta-nos esperar que esdudem a composição do dente, que poderá ser a salvação de muitas vidas. Quiçá?

    Boa Quarta-feira.

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