quinta-feira, 21 de maio de 2020

A rir à conta dos vírus!


Até eu me riria se tivesse na Bolsa a sorte que ele teve!
Este senhor é professor na Harvad Medical School - especialista em vírus e imunidades - e tem vindo a encher o saco de milhões de dólares à custa dos vírus que nos vêm chatear a moenga. Começou com uma pequena empresa que pouco depois vendeu por 635 milhões. Agora tem acções de várias empresas, todas ligadas à biotecnologia, uma das quais duplicou de valor, desde que se começou a falar na nova vacina que o presidente Trump afirma que estará pronta, em breve.
Na internet já se fala em números a rondar os 40 mil milhões de dólares que essa vacina poderá facturar e a Bolsa de New York tem olhos e ouvidos em todo o lado. Mesmo que esses boatos não passem de meras especulações, os detentores das acções dessas empresas vendem-nas, mal vêem os preços a subir 20 ou 30%. E fazem eles muito bem, o primeiro milho é para os pardais, segundo reza um velho ditado.
Eu, ao contrário deste senhor professor, sou um azarado, mas sinto-me contente por não estar sozinho. Há cerca de 5 anos decidi arriscar algum dinheiro neste tipo de empresas, à espera que uma tivesse sucesso e me enchesse o bolso. O que mais havia da Bolsa de Paris ou Amsterdão (esta é a minha favorita) era acções de empresas de biotecnologia que andavam a reunir capital para se dedicarem à pesquisa de vacinas e novos medicamentos. Elas gastam muitos milhões a cada ano que passa e não apresentam qualquer retorno, mas continuam sempre em frente, quem lá trabalha continua a receber o seu salário, religiosamente, no fim de cada mês e os investidores acreditam que qualquer dia, num golpe de sorte, descobrirão a receita que os tornará ricos.
Pois, como ia dizendo, fui à Bolsa de Amsterdão, escolhi 5 empresas daquelas que tinham melhor notação financeira e arrisquei 2.500€ em cada uma delas para testar a minha sorte. Durante um ano, comprei e vendi muitos milhares de acções dessas e outras empresas do ramo e ganhei um par de milhares de euros. Cedo percebi que aquilo não me faria rico e resolvi vender a minha posição e partir para outra. Por não me satisfazer o preço a que estavam cotadas, mantive duas que ainda hoje tenho, custaram-me 5.000€ e valem, hoje, cerca de 2.000€. Uma delas subiu 40%, no início deste mês e julguei que tinha chegado a minha hora, mas foi sol de pouca dura, em 3 dias voltou à cotação anterior.
É assim a vida, uns riem-se, outros choram, mas a luta para descobrir um remédio para a cura de todas as doenças que afligem a humanidade continua. Se não fossem estas empresas, subsidiadas por "palermas" como eu, muitos africanos já teriam morrido com o paludismo, a cólera, a malária ou o VIH. O mesmo se aplica aos índios da Amazónia, aos malaios e outros pobres de Cristo, por essse mundo fora. Dou por bem empregues os poucos euros que perdi neste negócio. Ainda não perdi, pois pode acontecer que uma das «minhas» empresa apareça com a vacina e eu ainda fique milionário !!!

3 comentários:

  1. A Bolsa irá demorar anos a recuperar… Por aqui pelo menos 27% já foi para o manêta.

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  2. Esse é um problema que nunca me tirou o sono.
    Abraço e saúde

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  3. Nem tudo o que luz é ouro. Esse sorriso pode não ser o que parece. Não é com o vinagre que se apanham as moscas. Um anzol sem engodo não atrai o peixe. O muito dinheiro é uma ilusão. Além de não evitar as dores no corpo contribui para descontrolar o cérebro de quem só pensa que o dinheiro lhe dá felicidade. Para mim é a saúde que na vida me dá mais felicidade de viver.

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