domingo, 17 de maio de 2020

Nunca fui a Nova Iorque!

Aliás, para ser mais exacto, nunca pisei o continente americano. Não posso afirmar que tenha perdido alguma coisa, pois alcatrão e prédios altos há um pouco por todo o lado. Teria que haver alguma coisa, em solo americano, para justificar a minha viagem e, assim de repente, não me lembro de nada. Houve, em tempos, a Marylin, mas também já morreu e não me deixou nada de herança. Gostava de ver uma aldeia de índios peles-vermelhas a sério, mas não daqueles que andam vestidos com calças Levis e calçam botas à cowboy, que esses já não têm piada nenhuma.
Wall Street - sempre magiquei no porquê deste nome, rua da parede, porquê, será que as outras ruas da grande cidade americana não têm paredes? - é o centro do mundo financeiro. A Bolsa de Valores, onde tudo se vende não conhece limites. Ainda me lembro da loucura que foi quando o principal índice ultrapassou os 10.000 pontos. Depois voltou a cair e as pessoas perguntavam-se se alguma vez voltariam a subir. Pois subiu e muito e a festa já não foi tão grande assim quando foi ultrapassada a marca dos 20.000 pontos. O povo habitua-se a tudo e até as boas notícias acabam por cansar.


Depois veio a era do petróleo a 150 dólares o barril e a Bolsa transformou-se num parque de diversões, onde se faziam e desfaziam fortunas todos os dias. No passado mês de Abril (ano bissexto de 2020) o petróleo desceu abaixo de zero, foi até preciso pagar, e não foi pouco, para que os interessados o levassem. Veio também a era das tecnológicas que entraram em bolsa e foram por aí acima sem conhecerem limites. Do nada forjaram-se fortunas como a do Bill Gates e outros semelhantes.
Nova Iorque, sempre Nova Iorque no centro das atenções. A Big Apple, a cidade que nunca dorme, a cidade onde os arranha-céus entram mesmo pelas nuvens adentro. A Estátua da Liberdade, O Empire State Building. o Central Park ou o World Trade Center, tudo coisas que todo o mundo conhece, mesmo que só de ouvir falar, como é o meu caso.


Seja por causa da guerra da Coreia, da do Iraque ou Afeganistão, por conta das eleições americanas, do Bush, Clinton ou Trump estamos sempre ligados aos Estados Unidos e à grande cidade que nunca dorme. A Quinta Avenida e as lojas mais caras do mundo (onde até o nosso grande amigo Zé Pinóquio foi às compras) são também um ponto de atracção turística. Até o vírus Corona II decidiu aterrar em Nova Iorque e pôr todo o estado em pantanas.
Nova Iorque, Nova Iorque, sempre Nova Iorque, mesmo sem lá ter posto os pés parece-me conhecê-la para além do que seria expectável. Será que ainda terei tempo de vida suficiente para esperar ir até lá? E o vírus? Deixará ele que os aviões voltem a voar e haverá ainda companhias aéreas que não tenham ido á falência? E se o petróleo acabar, qual será o combustível que usarão os aviões? A energia solar parece-me o mais aconselhável, pois a acima das nuvens o sol brilha sempre. E os países onde nada mais há que areia e petróleo, como viverão eles nessa nova era que pode estar mais próxima do que possamos pensar?
Bem, vou ficar por aqui, pois com tantas perguntas já tenho os miolos a fumegar!

2 comentários:

  1. Gostei de ler.A América nunca me seduziu. Não tive nunca oportunidade nem carcanhol para grandes viagens, mas se tivesse tido provavelmente nunca lá teria posto os pés.
    Seduz-me mais o Oriente especialmente o Japão.
    Abraço e bom domingo

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  2. O Zé gostava mais da West Coast. Ainda hoje o seu nome lá está gravado na montra da 'House of Bijan' no Rodeo Drive em Beverly Hills. Ainda tentei lá entrar para conhecer melhor onde o Zé ia gastar o nosso dinheiro mas desisti - Compras só por marcação… Quanto a New York é preferível apanhar o subway e ir até Newark (Ferry Street) comer um Bacalhau à Lagareiro e deixar a Ilha de Manhattan para os aficionados do cimento.

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