Como sardinhas em lata!

Conhecendo, como todos nós conhecemos, a realidade dos transportes portugueses, vai ser um granel total, a partir da próxima segunda-feira. Não há meios (nem divinos nem humanos) que tenham poder para resolver o problema. O mundo foi mudando, levando os trabalhadores para longe do trabalho, e agora veio o vírus e não maneira de alterar as coisas.

Na minha zona é o Metro do Porto que não chega para as encomendas, em horas de ponta. Os trabalhadores que entram na última estação do percurso, aquela que fica mais longe do centro da cidade, enchem as carruagens por completo. Dali em diante, e são 30 Kms, vão todos em pé e apertadinhos como se estivessem a fazer amor.

Isto é aqui, mas nos arredores de Lisboa deve ser muito pior. Os comboios da Linha de Sintra ou Cascais, outro tanto nos cacilheiros e barcos do Barreiro, devem ser uma versão piorada disto que se vive aqui. Metro, autocarros e eléctricos, sempre à pinha, quem será capaz de controlar isso? E esse é um problema que não se resolve com uma máscara.

Que dizes a isto, António Costa? Se o autocarro estiver cheio ... não entre. Fique em terra à espera do próximo. E quem pica o ponto? E quem diz ao patrão que a culpa é do vírus e não da preguiça que o fez sair da cama mais tarde?

Vai ser o bom e o bonito e lá teremos a CMTV para nos fazer a reportagem! Preparem-se!