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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Mina de ouro romana!

 


Depois de tanta conversa sobre Roma, faltava apenas referir que o ramo feminino da minha família é originário da Lagoa Negra, lugar da freguesia de Barqueiros, do concelho de Barcelos. Diz a lenda que os mineiros (romanos ou por ordem deles) foram escavando sempre, seguindo o filão do ouro, até que encontraram o leito do rio Cávado que inundou a mina e os afogou a todos.

Como era habitual, à hora do almoço, as mulheres ou filhas dos mineiros dirigiram-se para a mina com a cesta do almoço (sem esquecer uma garrafita de tinto) para retemperar as forças dos seus entes queridos. Lá chegadas encontraram uma lagoa, onde antes havia a mina e viram as roupas dos mineiros penduradas nos arbustos, em redor da lagoa, o que significava que eles não tinham ido embora, mas tinham ficado presos no interior da mina e lá pereceram.

Ainda pequenote fui com a minha avó Maria àquele local, onde ela tinha nascido, nos finais do século XIX, visitar os seus familiares que lá moravam ainda. Desde esse tempo que oiço essa história repetida sem poder provar se é a verdadeira história daquela lagoa, ou apenas uma lenda inventada, como muitas outras.

O certo é que havia um povoado romano nas imediações (castro de Terroso) assim como havia também muita gente na foz do Cávado que se dedicava à agricultura e pesca. Os Romanos necessitados de mão-de-obra para as suas explorações procuravam estes lugares, onde a podiam recrutar gente (ou escravizá-la) para os trabalhos em curso.

Quando o Afonso Henriques fundou Portugal, já não havia sinais dos romanos, mas a sua obra perdura até hoje. As pontes são talvez o que mais tem resistido è erosão dos tempos (e modas).