Estou aqui sentadinho a ouvir a presidente da Comissão Europeia a discursar no Parlamento Europeu. A primeira coisa que se nota é que metade dos deputados não está presente. Ou não passam cartão ao que a nossa representante tem para dizer, ou então ficaram em casa, no quentinho, a assistir através da TV, tal como eu estou a fazer, aqui neste cantinho bem longe de Estrasburgo.
Muito do que ela já disse, o discurso já vai longo, mas não acabou ainda, parece-me uma lista de intenções que tanto se podem materializar, num futuro mais ou menos próximo, ou cair num esquecimento total. A Europa está em guerra, disse ela, e temos que nos preparar para ela. Construir armas e muitas para acudir à Ucrânia que está a lutar pelo nosso futuro. Se a Ucrânia cair, cairemos todos!
Já vamos nos biliões de euros alocados a este programa e ninguém faz a mínima ideia de onde eles virão. Ir para leste dar o peito às balas é que não vejo ninguém sugerir, atira-se dinheiro para cima do problema até o abafar. Será que funciona?
Na parte final do discurso abordou a questão do custo da energia e do preço das casas. Diz ela que temos que encontrar uma solução para dar aos europeus casas melhores, não apenas 4 paredes e um tecto, e mais baratas. Como estamos nas mãos dos bancos e dos exploradores imobiliários, eu não descortino como fará isso. Criar uma legislação, a nível europeu, que impeça os aumentos? Subsidiar não, por favor, pois já sei onde isso nos levaria!
Outro tema foi o das sanções à Rússia, agora também alargado a Israel, por causa do que se passa em Gaza. Nada de novo neste assunto. Disse ela que temos de lutar para reunir (de novo) todos os 28 países da UE. Suponho que se refere aos dissidentes Hungria e Eslováquia que estão mais alinhados com os comunistas do que com os seus parceiros da União, além de incluir a Ucrânia na contagem.
Talvez para não alimentar más vontades contra ela e a Comissão, esqueceu-se de condenar aqueles que continuam a comprar petróleo e gás à Rússia, ajudando o "ogre" Putin a suportar o esforço de guerra que está a ponto de esgotar a economia russa. Talvez ele conte com a China para lhe dar uma ajuda financeira, mas eu nunca esqueço aquele ditado que diz que não há almoços grátis. E os chineses, todos de alto a baixo, são muito poupadinhos e nada virados para gastar dinheiro com quem não merece!
Por cá, a vida continua! O bombo da feste é o Moedas e todos aproveitam para lhe zurzir o pelo!
Há anos que falam,falam ,centenas de reuniões, de mortos muita destruição
ResponderEliminare as guerras não param porque os mandantes julgam-se heróis e teram o sem fim!
Beijos e um bom dia