Pronto, já aconteceu!

Fiquei desapontado, o Boris não apareceu na festa. O mestre de cerimónias foi o Nigel Farage, o mais acérrimo defensor da saída da UE. Espero que ninguém se esqueça da sua participação nesta festa, quando as dores de cabeça começarem.

Os primeiros a queixarem-se foram os industriais da pesca que prevêem dificuldades para exportar a sua produção para a Europa. E eu estou pronto a queixar-me também, pois como condutor de um carro da marca Ford vou ser afectado com certeza, visto que a Ford é americana e os carros dessa marca vêm parar à Europa através do Reino Unido. Lá terei que mudar para um carro francês ou alemão.

Eu sou do tempo em que havia apenas EFTA a regular os nossos negócios com os países europeus, depois veio a CEE, em 1973 e tudo ficou mais fácil, menos papéis, menos carimbos e maior rapidez nos processos. E mais tarde, com a abolição das fronteiras físicas, no início deste século, ficou tudo ainda mais facilitado. Agora, para os ingleses, volta tudo ao princípio, bichas de camiões nas fronteiras, papéis e mais papéis para assinar e carimbar, taxas de importação e exportação, etc..

Felizmente, para mim que já estou fora da vida activa e o meu negócio é só acudir ao toque do Pré e do Rancho, nada disso me afecta. Deixo essas preocupações para os filhos e netos (e demais juventude) que têm que fazer os negócios andar para a frente.

Para o filme ficar completo, só faltava que a rainha abdicasse em favor do filho, pois já não tem idade para andar a preocupar-se com todas estas trapalhadas. Mas ela lá sabe o que mais lhe convém!