terça-feira, 7 de janeiro de 2020

O nosso ouro!


No início do Século XIX, em Belém, junto ao Mosteiro dos Jerónimos, laborava uma refinação de cana-de-açúcar associada a um pequeno local de comércio variado. Como consequência da revolução Liberal ocorrida em 1820, são em 1834 encerrados todos os conventos e mosteiros de Portugal, expulsando o clero e os trabalhadores. 
Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro põe à venda nessa loja uns doces pastéis, rapidamente designados por “Pastéis de Belém”. 
Na época, a zona de Belém era distante da cidade de Lisboa e o percurso era assegurado por barcos de vapor. No entanto, a imponência do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, atraía os visitantes que depressa se habituaram a saborear os deliciosos pastéis originários do Mosteiro. 
Em 1837, inicia-se o fabrico dos “Pastéis de Belém”, em instalações anexas à refinação, segundo a antiga “receita secreta”, oriunda do Mosteiro. Transmitida e exclusivamente conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente, na “Oficina do Segredo”. Esta receita mantém-se igual até aos dias de hoje. 
De facto, a única verdadeira fábrica dos “Pastéis de Belém” consegue, através de uma criteriosa escolha de ingredientes, proporcionar hoje o paladar da antiga doçaria portuguesa.


Os conflitos mundiais fazem oscilar os preços de alguns bens, a começar pelo petróleo e ouro. A morte do general iraniano foi (ou está sendo) o último desses casos que tem posto a cabeça dos investidores na Bolsa a andar à roda. O mais comum é que ouro e petróleo façam movimentos inversos, se um deles sobe o outro desce, mas desta vez subiram ambos e há muita gente a sentir-se feliz com isso. Isto é tal e qual como no futebol, ri-se o que ganha e chora o que perde.
No caso dos «Pastéis de Belém», referidos acima, a cotação está em alta e assim continuará enquanto o pessoal não começar a sofrer de Diabetes. Olhei para as imagens e achei graça à cor semelhante dos dois produtos, ambos são dourados, ou seja, os pastéis são o verdadeiro ouro português e, em caso de guerra ou fome, são mais fáceis de mastigar que uma barra de ouro.
E esta, hein?!?!

4 comentários:

  1. Os pastéis de nata são hoje vendidos nos 4 cantos do mundo. Porém a qualidade nem sempre é boa. Os melhores que comi (fora de Portugal) foi em Xangai. Todos os anos pelo Natal compro uma caixa com 2 dúzias a um pasteleiro tuga e embora venham congelados a qualidade é excelente…

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  3. Já há por aí muitas imitações de pasteis, com o nome de Pasteis de Belém. Apesar de gostar deles e os poder comer. Passam-se anos que os não provo.
    O Trump quer limpar a peste iraquiana, será que consegue sem que por isso paguem os americanos que não têm culpa das suas tolices?

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  4. O Carlos sabe que o pastel de nata não é proibido aos diabéticos? Refiro-me é claro a um pastel de nata uma vez por outra, não todos os dias nem uma dúzia de cada vez. De preferência bem cheio de canela que é excelente para os diabetes.O meu marido é diabético há quase 30 anos e todos os médicos lhe têm dito isso. Inclusivo quando esteve internado com o AVC. perguntei se lhe podia levar algum miminho e disseram-me que podia levar fruta, exceto melão e figos, e de vez em quando um pastel de nata com bastante canela.
    Abraço

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