Há empresas portuguesas em setores-chave da economia que estão a debater-se com a falta de mão de obra. Só na construção e imobiliário estão em falta 70 mil operários, número que sobe para os 140 mil se lhe juntarmos as atividades de alojamento e restauração, a metalurgia e metalomecânica e a indústria têxtil e do vestuário, adianta o Jornal de Notícias.
De acordo com o mesmo jornal, apenas o calçado assume não ter grandes necessidades imediatas, a não ser “pontuais” e em “zonas de forte concentração” do setor. Já na construção, a situação é preocupante. No último inquérito trimestral da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) à atividade, relativo ao segundo trimestre, 74% das empresas apontaram a falta de mão de obra especializada como “um dos maiores constrangimentos ao exercício da sua atividade”.
Os patrões queixam-se que têm falta de trabalhadores. A solução para o problema está nas suas mãos e é a coisa mais fácil do mundo, aumentar os salários que querem pagar. Os nossos trabalhadores têm que procurar fora das nossas fronteiras, de modo a ganharem um salário decente. Com as rendas de casa sempre a subir, além de todos os outros bens que adquirimos, quem pode viver com 600€ por mês? Mesmo o dobro disso é para fazer muita ginástica para esticar o dinheiro até à chegada do próximo salário. Imaginem um casal com dois filhos e que não ganhem mais de 600€, cada um, como poderão pagar todas as despesas, casa,carro, creche e por aí fora. Não dá de modo nenhum.
Pode ser que a situação do mercado de trabalho (como refere a notícia acima) venha ajudar a pôr um pouco de ordem na coisa. Esse é um dos meus desejos para este ano que agora começa.
Por esse o teu desejo,
ResponderEliminarbem podes sentado esperar
os salários não provejo
dos trabalhadores aumentar!
Bom dia de Ano Novo.
Nos últimos anos, tem-se verificado especulação imobiliária a caminhar em acelerado para a bolha que mais cedo ou mais tarde vai surgir/rebentar . Disso podem ter a certeza os gananciosos desta praça e outros bem intencionados que entram na onda e correm ao sabor da maré . O pior disto tudo, é que os especuladores, normalmente, saem sempre a tempo, arrecadam o dinheiro e deixam o que especularam para outros, sujeitos ao Deus-dará ; assim aconteceu, num passado recente, e voltará a suceder, oportunamente, dado que realidade/cíclica, mais cedo ou mais tarde, aparece/não perdoa . O que tem acontecido, é que trabalhadores que têm contribuído para este rega-bofe pouco ou nada beneficiaram a não ser o misero salário mínimo nacional que mal dá para sobreviver e que, muitos ricos/abastados e patetas a pensar que o são, ainda consideram exagerado ! Com tanta pobreza moral/material e de espírito, certamente, vai-se adiando a dignidade de quem trabalha e a quem não se reconhece/retribui o devido valor ; logo, tal escassês de mão-de-obra, torna-se inevitável . Assim, resta esperar que o Diabo prometido não apareça e que aqueles que defendem quem não merece passem a ter outra visão da dignidade e da decência, não apoiando ou reclamando o que é de má memória e que nada tem a ver com uma sociedade que se quer o mais justa possível e democrática . Um abraço .
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