O ano de 1640 já foi há tanto tempo que não admira que grande parte dos portugueses, em especial os mais jovens, não saibam o que nele aconteceu. O Miguel de Vasconcelos (uma espécie de Miguel Relvas) foi atirado pela janela e o reinado dos Filipes, em Portugal, terminou nesse dia.
A Restauração da Independência, perdida em 1580, aconteceu em 1 de Dezembro desse ano de 1640 e por isso os portugueses podem ficar no quentinho dos lençóis a gozar o feriado, não têm que ir trabalhar. Pode ser que um dia, um qualquer Passos Coelho possa pensar em eliminar este feriado, já que poucos se lembram daquilo que o motivou e as nossas quezílias com Espanha sejam muito diferentes daquele tempo. Embora D. Filipe reine agora em Espanha e isso possa trazer algumas ideias a nuestros hermanos.
De facto, separar Portugal de Espanha foi bom para D. Afonso Henriques e seu círculo de familiares e amigos, enquanto que para o Povo em geral significou muitas guerras e dores de cabeça. Pensando a frio, sem nacionalismos bacocos, talvez estivéssemos muito melhor se ainda fizéssemos parte do reino de D. Filipe de Bourbon. Há regiões mais ricas e mais pobres, em Espanha, mas todas elas estão melhores que nós. Pensem nisso, hoje, em que os políticos - que são os únicos que vivem bem, como no tempo do Afonso Henriques aqueles que o apoiaram - vão puxar pelo vosso espírito nacionalista e dizer-vos para festejarem a libertação do jugo do opressor.
Pois, nada mais simples, o opressor é sempre aquele que funciona como cobrador se impostos, o que nos tira a nós para dar a eles. Para ser xulado tanto vale ser por espanhóis como lusitanos, somos sempre nós a pagar o pato!
Os portugueses sabem lá quem foi o Miguel dos Armários e infelizmente é o que temos mais agora: socialistas que continuam a vender Portugal a retalho.
ResponderEliminarEssa cena devia repetir-se. Lançar umas centenas de pançudos pela janela!
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