E se o Bolsonaro tiver razão?
Paraisópolis, S. Paulo, Brasil
A resistência consegue-se à custa de treino. Nos fuzileiros era assim, talvez devamos admitir que com o Corona também é. Ou seja, só metendo-nos à bulha com ele é que saberemos quem sai vencedor. Alguns, muitos talvez ficarão pelo caminho, mas é isso mesmo que acontece em todas as etapas da vida dos humanos. Os mais fortes seguirão em frente e os mais fracos ficarão pelo caminho.
Estou a lembrar-me de um passo da História Antiga que estudei há muitos anos, que falava da cidade grega de Esparta, cidade guerreira que treinava os seus cidadãos para a luta, desde que nasciam. Começava por eliminar os "defeituosos" e tomava conta dos saudáveis, a partir dos 7 anos de idade, treinando-os nas artes da guerra em que andavam sempre envolvidos. Tudo isto se passou umas centenas de anos antes de Cristo vir a este mundo e teria o seu fim com a conquista da Grécia pelo Império Romano.
Pois, voltando ao Bolsonaro, ele acha que só expondo-nos ao vírus ficaremos imunes a ele. Uma espécie de combate em que cada um tem apenas as armas com a natureza o dotou. O vírus Corona SARS-2 (a quem resolveram baptizar de COVI-19) é muito fraquinho, morre ao primeiro sopro que lhe apliquem. Mas deve multiplicar-se aos milhões, ocupa os alvéolos pulmonares e deixa os infectados à rasca. Mas nem todos morrem e aqueles que escaparem ficam vacinados para a próxima vez que ele lhes vier bater à porta.
Portanto, a teoria é enfrentar o bicho de peito aberto e esperar pelo melhor. Como acontecia nos fuzileiros, como acontece em tudo na vida, muitos ficarão pelo caminho, é o preço que temos que pagar para adquirir a imunidade.
O «Ganda-Nóia» que palra que nem um rouxinol, em cada domingo à noite, na SIC, já disse que não voltaremos à normalidade até ao verão de 2021. Ele limita-se a raciocinar, como eu estou fazendo aqui e agora, que sem a tal vacina salvadora teremos pela frente um ano de combate à doença, sem o mínimo prognóstico de quem sairá vencedor. Vamos sempre, dê por onde der, cair na teoria do Bolsonaro, uns atrás dos outros vamos sendo infectados, com sorte escapamos com vida e depois do verão do próximo ano teremos uma linda história para contar.
E, chegado a este ponto, volto ao mundo dos fuzileiros e à guerra que tiveram que travar, em África. Há uma meia dúzia de livros, escritos por ex-combatentes fuzileiros que retratam o que foi a sua vida de G3 na mão. Li alguns e não fiquei muito convencido das "heroicidades" ali relatadas. O treino ensinou-nos a abrigar, esconder, camuflar para não sermos atingidos pelas balas inimigas. Eu assim fiz e cá estou para contar como foi. Com este malfadado vírus estou a seguir a mesma táctica, escondo-me dele a ver se escapo.
O Bolsonaro, quererá que o Corona, faça uma limpeza nas favelas que estão apinhadas de gente com fome. Ele, Bolsonaro, pelos vistos não terá sido eleito presidente do Brasil, para ajudar aqueles que mais precisam de ser ajudados. As intenções de Bolsonaro, serão contrárias a que todos ao brasileiros tenham direito a uma fatia de pão para comer.
ResponderEliminarOs países que deixam, durante algum tempo, o barco navegar à deriva, como a Itália, França, Espanha e os Estados Unidos da América. Segundo as informações é onde tem morrido e continuam a morrer mais pessoas.
Os ingleses e os suecos fizeram isso. E agora deitam as mãos à cabeça.
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Abraço e uma boa semana
É bem verdade, ignorar-se o que não é fácil de vencer, é o mesmo que se caminhar para o desconhecido e eventual suicídio . Já tive ocasião de mencionar idiotas decisores a fazer das suas por esse mundo fora e com comportamento da máxima irresponsabilidade, quanto a posições sobre esta pandemia e que, infelizmente, demonstraram não estar à altura do que lhes compete, apesar de continuarem a ter admiradores medíocres e saudosistas que, revestidos de fanatismo primário/reprovável, estão sempre prontos a defendê-los ! No que respeita ao Senhor do Brasil, é dos mais ignorantes e, muito sinceramente, analisando o seu comportamento, é caso para dizer que estamos perante um desequilibrado e, sobretudo, indigno de estar à frente daquele País . Provavelmente, a propagação menos agressiva que se tem constatado no Brasil, a avaliar pela informação vinda a público, poderá ter a ver com o clima favorável e pouco mais, tendo em conta que o vírus em questão, segundo cientistas, propaga-se com menos intensidade em climas de temperatura elevada . Se assim não for, então aquele País poderá correr para autêntico abismo, face a realidades que se conhecem ... Um abraço .
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