Só para não deixar passar o dia em branco, escolhi um tema meio patusco, mas com o qual sou bombardeado a todos os instantes, a percentagem. Tanto vale ser o tema a economia como a Covid-19, há percentagens de perda, de ganho, do PIB, do deficit, de mortos de infectados, de recuperados, embora estes sejam sempre menos do que eu gostaria, nada se entende sem as ditas percentagens. Fico a pensar naqueles que não estudaram, ou foram alunos fraquinhos na disciplina de Matemática e para os quais o conceito de percentagem é bastante abstracto, não sabem calculá-lo nem entendem muito bem porque entra em todas as conversas do nosso dia-a-dia. Não sabem quantos % o Centeno lhe cobra em impostos, ao fim de cada mês, só acham que é mais do que devia ser, pela simples razão de que aquilo que lhes sobra é uma miséria. É outro tipo de Matemática, a da vida real.
Cerca de 30 mortos por dia é muito ou pouco? E se isso corresponder a 2% dos infectados soa melhor ou pior? Sabendo que morrem cerca de 100 mil pessoas por ano, em Portugal, de que percentagem estaremos a falar? Da população total, por mês, ou por dia? E se o funeral de cada um custar cerca de 1.100€, isso conta para o PIB? Em que percentagem?
Conversa estúpida, mais vale mudar de assunto. O António Costa, perdido no meio de tantas preocupações, disse que não mudou de opinião em relação ao aumento dos funcionários públicos. Há quem tenha ficado contente e também quem tenha ficado muuuuuuito preocupado. Com a dívida pública a disparar, como nunca se viu em tempo algum, onde irá ele arranjar o dinheiro para fazer isso? E qual será a percentagem do aumento?
P.S. . A imagem que vêem acima é da cidade de Veneza,a tal que se estava a afundar, há ainda poucos meses, e que agora é notícia pelas águas cristalinas que se podem admirar em todos os canais, para não falar nos golfinhos que, na falta das gôndolas e dos gondoleiros, são um regalo para a vista dos confinados habitantes da dita cidade italiana. Lembro que Bérgamo, a cidade mais martirizada pelo vírus de olhos em bico, não é assim tão longe de Veneza, o que quer dizer que não há grandes motivos para alegrias por aqueles lados.
Amanhã, teremos gasto 50% do mês de Abril fechados em casa, com % de participação para a criação de riqueza nacional, o famoso PIB que serve para medir tudo e mais alguma coisa. Segundo os mais entendidos nessas coisas, chegaremos ao fim deste ano de 2020 com uma dívida pública correspondente a 150% do PIB nacional. A menos que o PIB aumente muito e aí poderiam ser apenas 140%. Mas com um PIB mais elevado o nosso governo, com toda a certeza, decidiria alargar um pouco o cinto e aí voltaríamos aos malditos 150%.
É melhor não se preocuparem muito com isso, deixem as coisas ficar como estão!
A mentira na politica passou a ser tão banal que já ninguém liga… A semana passada foi a ministra da Justiça e a Cathy dos Orgasmos agora aparece o Tony das Farturas a mentir nas calmas… De uma coisa tenho a certeza, vem aí 'austeridade à socialista' que é gastar o mais possível no menor espaço de tempo: como 1 milhão para a música do Tordo, mais 15 milhões para a Comunicação Social e aumentar os funcionários públicos, que isto sem votos a esquerda morre... Entretanto se alguém souber onde param os 500 ventiladores já pagos pelos contribuintes - Digam porque há muito gente à desesperadamente há espera de ser salva.
ResponderEliminarResumindo e concluindo. Os politicos de agora, tiveram como excelentes professores os politicos de outrora. Não duvido que escondam a realidade. Como, também, aconteceu na guerra colonial. Quando morriam, por exemplo 20 militares, em combate, diziam que tinham morrido um ou dois, ou talvez até nenhum?
ResponderEliminarParece-me ser de acrescentar, que em relação a prisioneiros e a material apreendido durante a guerra Colonial, a quantidade anunciada era elevada, ainda que muitas vezes fosse reduzida . De facto, não é por se falsear, caluniar ou denegrir seja o que for que se altera realidades ou convence quem está atento e não embarca em demagogias ou populismos ; também, acredito em manipulação estatística, divulgada através de Órgãos de Comunicação Social que, para uns corresponde ao que está certo, enquanto para outros nem tanto . Não sei se no caso do COVID-19 a informação publicada está consoante o ocorrido, embora não me custe pensar que a Comunicação e Directrizes da DGS e da própria Ministra da tutela, deixam muito a desejar e que, a meu ver, deviam ter sido substituídas . Sou um observador atento aos meios de comunicação nacionais e internacionais e, por isso, não posso deixar de enaltecer a forma como Portugal tem lidado com esta crise, não obstante condicionalismos e circunstâncias várias, o que tem sido reconhecido por Países credíveis e que veio a público, apesar de algumas deficiências, à semelhança do que tem acontecido por esse mundo fora e onde se tem constatado carências muito maiores e não espectáveis . Importa salientar que os Serviços de Saúde que temos, com maior ou menor dificuldade, têm correspondido às necessidades provocadas pela pandemia e ainda não atingiram o máximo das suas capacidades, o que não acontece por essa Europa fora, incluindo o rei dos dólares e onde a crise é o que se tem visto ! Em Portugal, mesmo em cuidados intensivos, os meios indispensáveis, incluindo ventiladores, ainda não faltaram e têm sido suficientes, independentemente das encomendas chegadas e de outras em vias disso . Sem qualquer dúvida, é preciso fazer mais e melhor, mas acreditando que o esforço é enorme e requer união, restando a esperança que havemos de conseguir os resultados pretendidos . Um abraço .
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