quinta-feira, 16 de abril de 2020

Ena, tantos vírus!


Este camião tem tudo!
Dentro, uma carga que não consigo adivinhar qual é.
À sua frente, meia dúzia de cromos que decidiram ficar na fotografia.
Na parte lateral da galera, uma da famosa ponte do rio Lima, do próprio rio, dos canoistas, et..
Tem rodas que o levam através do mundo.
Tem um tractor de 400 cavalos de força que arrasta as 40 toneladas de carga que ele suporta.
Tem um depósito com capacidade para 1.200 litros de gasóleo, pois o bicho bebe 35 a 40 litros a cada 100 quilómetros de estrada que vence.
Tem, ainda, outras coisas menores de que nem vale a pena falar.
Mas tem, ou pode ter, uma coisa que nos está a dar cabo da cabeça, milhões de covi-19 que se agarram à carroceria, aos pneus e a tudo que há por dentro e por fora desta grande máquina, depois de atravessar países altamente contaminados com a doença, como a Inglaterra, a Itália, a França ou a Espanha.
Mandam-nos usar máscara, lavar as mãos a cada duas horas, usar desinfectante, proíbem-nos de atravessar as fronteiras, mas os camiões entram e saem livremente, percorrem milhares de quilómetros, atravessam nuvens de aerosóis, potencialmente, carregados de covis e ... quem toma conta deles e os desinfecta? Já pensaram nisso?
Não? Então pensem !!! 

3 comentários:

  1. Deve ser papel higiénico. Motoristas fazem agora parte dos heróis esquecidos e logo por azar os últimos da lista. Ninguém dá por eles.

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  2. Bom dia
    Quem fala assim não é gago e merece todo o apoio !!

    JAFR

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  3. Quanto a isso só tenho que valorizar o trabalho dos motoristas que conduzem esses camiões. Sem, no entanto, deixar de os aplaudir. Todavia, também não acho que seja necessário chamar-lhe heróis. Porque os heróis não são aqueles que enfrentam o perigo. Mas sim, são aqueles que na retaguarda protegidos do perigo, são condecorados como se fossem heróis sem o serem. Chamar-lhe-ei, os cagarolas!

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