quinta-feira, 23 de abril de 2020

Azar viver no norte!

Ontem, estive a ouvir o Paulo Portas, no jornal da noite da TVI, a debitar teorias sobre a pandemia, os seus efeitos e as respectivas curas. Ele deixou a política, mas precisa de ganhar a vida e como comentador não é difícil, pois continua a falar como sempre falou, com as mesmas pessoas, dos mesmos assuntos, basta dar corda à língua e lá vai ele a 100 à hora.
Achei uma certa graça à conclusão a que ele chegou, sobre a incidência da pandemia no norte. A grande capacidade industrial e motor das exportações está a norte do distrito de Aveiro - já estou a ver os do sul, onde existe o complexo de Sines e a Auto-Europa, a refilar por terem sido esquecidos - e por isso os empresários do norte viajam mais, vão a feiras no estrangeiro e assim foram os responsáveis pela importação do vírus.
Não sei se ele está certo ou errado, mas sei que no norte se concentram a maioria das médias e pequenas empresas, as que ocupam mais gente com os salários mais baixos do país. Já não lhes bastava esse azar, tiveram ainda que levar com o Corona. No Algarve manda o turismo, em Lisboa e Vale do Tejo são os serviços e no Alentejo a grande Agricultura, enquanto que o resto do território vai-se, lentamente, tornando num deserto. Cada um com a sua sorte ou o seu azar.
Como Vice do Passos Coelho, o «Paulinho das Feiras» foi uma nódoa, veremos que sorte terá como comentador televisivo. Ele farta-se de dar sugestões, talvez espere que o Costa esteja a ouvir e siga as suas recomendações, mais vai ter pouca sorte, porque em política tem que se contrariar "sempre" o adversário, quer ele esteja certo ou errado.
Outra notícia que chamou a minha atenção foi a estreia na Câmara dos Comuns, do Reino Unido, do novo líder dos trabalhistas, o qual se manteve quedo e mudo contra a actuação "miserável" do governo de Boris Johnson no assunto da actualidade, a Covid-19, Dizem os comentadores que o fez por ser altura de remarem todos para o mesmo lado, a confrontação virá a seu tempo. Pode ser que sim, pode ser que não, a seu tempo veremos.

3 comentários:

  1. O Paulinho é capaz de ter razão. Outra razão, e esta 'politicamente incorrecta' é de haver nos lugares mais afectados grandes concentrações de chineses oriundos de Wuhan ou de haver igualmente concentrações de etnias que se kagam literalmente para a quarentena. Basta olhar o mapa - mas atenção - isto são apenas opiniões minhas.

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  2. O Paulinho, salta pocinhas, é espertão fez parte do governo do Durão, com a compra dos submarinos, deve ter ficado com o bom quinhão. Não é preciso o Paulinho dizer para se saber que o Norte é mais populoso do que o Sul. Sendo esse o motivo por que morrem mais pessaos no Norte do que no Sul. Na planície alentejana, onde não habita ninguém, é proibido morrer. Na maior parte do Alentejo, os seus habitantes, forçosamente, cumprem as regras do destanciamento. Visto que as casas/montes ficam a alguns quilómentos distantes uns dos outros!

    Boa Quinta-feira.

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  3. Isto de Norte e Sul a tentar-se comparações especulantes e a pretexto de aspectos que poderão ser aproveitados como uma espécie de bairrismo primário/patético, não tem o menor cabimento . Como é sabido, o COVID 19 surgiu em consequência de movimentações/pessoais, devido a variadíssimas razões, entre Países de diversas origens, cujo controlo/eficaz se tornou quase impossível, face à enorme quantidade de pessoas em movimento ; portanto, das uma uma, ou se fecha totalmente fronteiras e se assume custos aos vários níveis, incluindo a falta de bens essenciais, ou então resta tentar minimizar a situação . Fazer controlo rigoroso nas nossas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, em tempo útil, bem como de outros espaços susceptíveis de passagem fronteiriça, não é tarefa fácil e, naturalmente, apenas por milagre se podia evitar que pudéssemos ser atingidos por esta pandemia, muito à semelhança de outros Países em que a mesma se alastrou quase descontroladamente . Assim, o Norte tem enorme expressão laboral/empresarial/industrial e, consequentemente, procura e procuras de negócios que ocasionam frequentes deslocações e contactos assíduos àquem e além fronteiras, eis o motivo mais do que suficiente para justificar que, as badaladas/especulativas, fazem parte da maledicência a que nos habituaram uns quantos que vão andando por aí a vomitar o seu veneno de estimação . Já sobre o Paulinho das feiras, tenho observado as suas intervenções televisivas e, apesar de tudo, não me custa nada reconhecer o valor do seu trabalho, bem organizado e fundamentado, o que constitui conhecimento/informação de interesse geral e que deve ser considerado útil . Acerca do Reino Unido, não se vislumbra grande futuro promissor, dada a confusão instalada e as muitas indefinições, acrescidas com o problema do BREXI que está por resolver com a União Europeia . No que respeita ao novo líder dos Trabalhistas, por muito mau que seja, dificilmente pode ser pior do que o incompetente que foi substituído . Um abraço .

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