Amigos (mais conhecidos que amigos, na realidade) viraram-me as costas por eu ter manifestado a minha embirração com o comunismo e os comunistas. Aconteceu outra vez, agora, no grupo que criei no Facebook.
Não sei se recordam o que já escrevi sobre isso, há uns bons anos. Em 1970, emigrei para a Alemanha à procura de um emprego onde pudesse ganhar o suficiente para sustentar a família. Até aí, eu não ligava a essas "políticas" nem sabia muito bem o que era o comunismo. Comunistas eram todos aqueles que não agradavam ao Salazar, ele lá saberia porquê, nem aos padres, porque não adoravam nem respeitavam o mesmo Deus que eles. E isso a mim não me dizia nada.
Mas no pouco tempo que vivi na República Federal da Alemanha tive oportunidade de assistir a duas coisas que me marcaram para sempre. A primeira foi a luta levada a cabo por um político alemão, de seu nome Willy Brandt, que tinha metido na cabeça a ideia de unir as duas Alemanhas separadas pela II Grande Guerra. Vi infindáveis programas de televisão sobre o assunto, falados em alemão, Língua que não dominava minimamente, Uma luta diplomática com altos e baixos que só em 1989 gerou resultados com a vinda da Perestroika. E a segunda eram as notícias sobre os alemães que tentavam saltar o «Muro da Vergonha» para fugir da miséria e da repressão comunista. Ora era um electrocutado nas cercas de arame farpado, ora era outro abatido a tiro antes de lá chegar, ou ainda outro com as carnes rasgadas pela dentuça dos cães (pastores alemães) treinados para os perseguir.
Ao ver essas cenas eu aprendi a odiar os comunistas da República Democrática Alemã que tinham herdado as suas ideias das tropas russas que ocupavam o seu país, desde Agosto de 1945. E uma certeza foi ganhando forma na minha cabeça, as políticas do lado ocidental eram melhores que as do lado oriental, visto que todos tentavam saltar o muro para o lado de cá e ninguém o fazia para o lado de lá. Arriscar a própria vida para fugir ao Comunismo foi a prova, para mim suficiente, que aquela doutrina não prestava. E hoje, muito mais bem informado que outrora, continuo a pensar rigorosamente o mesmo.
Ontem e hoje, passei o dia a ver o Maduro entrar-me pela casa adentro clamando que os portugueses são uns terroristas que lhe afundaram um vaso de guerra. Um cromo destes que levou o seu país à falência e tem o povo venezuelano mergulhado na mais negra miséria só para defender a ideologia castrista e comunista. Um tiro no meio dos cornos era o remédio que lhe receitava para curar o mal de que padece.
O Comunismo é uma doutrina muito boa, mas impossível de levar à prática, porque para isso seria preciso o Homem perfeito e isso é coisa que não existe.
Há gente assim. Não sabe respeitar as ideias dos outros. Há três coisas na vida que eu não discuto com ninguém, Política, Futebol e Religião.
ResponderEliminarAbraço e saúde.
Não era preciso ir longe, temos aqui mesmo um exemplo em Portugal: Não fosse o turismo e a ajuda externa há anos que estávamos na Sopa do Sidónio. Todos os problemas que os portugueses sofrem de momento tem apenas uma origem - SOCIALISMO - o coronavírus veio apenas ajudar a acabar de vez com a treta da esquerda. Uma combinação de ignorância politica por parte da população e corruptos politicos foi quanto bastou para em 46 anos rebentarmos com tudo o que conseguimos com anos de sacrifício. Ora como o socialismo só dura enquanto houver dinheiro dos outros - este acabou-se - e pressinto que vamos ter graves problemas nos próximos meses.
ResponderEliminar"Inúmeras são as crueldades.Tantas que os meus olhos já viram. Não sabem conviver com as verdades. Aqueles que sempre mentiram"
ResponderEliminarFelizmente, nunca fui nem quero ser anti-nada ou radical de pensamento . Prezo a liberdade como bem indispensável e a democracia como essencial, o mesmo será dizer que respeito opiniões e a razão da existência de cada um, desde que pautada por regras de boa conduta . Não acredito em politicas de extrema esquerda ou de extrema direita, visto que tais são irmãs gémeas e onde se instalam geram miséria e arbitrariedades sem limite e da pior espécie . Também, no que toca ao comunismo, não perfilho tal ideologia e referido algumas vezes que foi pela força e não através de via democrática que se implantou nos respectivos Países ; ou seja, é mais do que evidente que as pessoas não precisam de ser pressionadas para aceitar o melhor, mas sim impor-lhes o menos favorável ; contudo, certamente, nem tudo será tão negativo como muitas vezes se pinta e, assim sendo, as pessoas têm direito às suas escolhas, quando o podem fazer livremente e em igualdade de oportunidade como aqueles que o fazem e que não comungam do mesmo ideal . Agora, manifestações de intolerância, convencimentos discutíveis ou tentação de silenciar quem pense diferente, é ultrapassar o admissível e que nada tem a ver com democracia . A referência a WILLY BRANDT, só por si, diz tudo, um grande senhor que passou pela República Federal da Alemanha e que muita falta faz a esta UE desnorteada e de futuro inserto . Relativamente ao ditador/ignorante da Venezuela não merece perda de tempo, visto tratar-se de mais um igual ou pior aos que se conhecem ... Um abraço .
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