Os ingleses e irlandeses foram as maiores colonizadores da América do Norte. Sempre me questionei porque teria sido dado o nome de New York à cidade que foi a porta de entrada de toda essa gente que rumou ao novo mundo à espera de conseguir aquilo que na Europa não tinham conseguido. Hoje, fui estudar o passado da cidade de York para tentar entender a razão de tal acontecimento. Não encontrei nada por aí além e como já sabia que foi o Duque de York que deu o nome à cidade americana, em 1664, fiquei-me por aí. Se fosse eu a baptizá-la dar-lhe-ia o nome de Macieira que foi a terra onde nasci.
Fiquei a saber que andaram por lá os Romanos e por influência deles foi construída a Catedral de York, sobre as ruínas de uma antiga igreja dedicada a S. Pedro que desde o ano de 670 tinha sido erguida e deitada abaixo vezes sem conta.
O estilo gótico nas catedrais tinha chegado em meados do século XII. Walter de Gray foi feito arcebispo em 1215 e ordenou a construção de uma estrutura gótica que se comparasse à Catedral de Cantuária. A construção teve início em 1220. Os transeptos norte e sul foram as primeiras estruturas novas. Concluídas na década de 1250, ambas foram construídas no estilo gótico inglês, mas tinham paredes marcadamente diferentes. Uma substancial torre central também foi concluída, com uma cúspide de madeira. A construção continuou até o século XV.
Recentemente, foi construída uma réplica da Catedral, desta vez em queijo para promover o dito de York que, pelos vistos, é famoso e eu também não sabia. Vaidosos estes ingleses! O que não fariam eles se tivessem um queijo como o «Queijo da Serra», este bem português?
Este preâmbulo foi para vos situar no centro da questão que se segue, o fatídico Corona que promete deixar o presidente Trump em maus lençóis. Ele foi avisado com tempo - segundo notícias veiculadas ontem pela CNN, em fins de Novembro passado - mas não deu importância ao assunto e deixou andar. Mesmo depois de ver a bronca que o vírus deu, primeiro em Itália e depois em Espanha, não achou necessário tomar medidas drásticas. A cidade de Nova Iorque tem cerca de 8 milhões e meio de habitantes e com a doença a fazer progressos todos os dias vai ser um autêntico inferno. Mais de mil mortos por dia, metade em Nova Iorque. Agora é que ele se vai ver às aranhas e com o Serviço Nacional de Saúde desmantelado - foi isso que prometeu fazer durante a campanha eleitoral - a coisa vai ficar feia mesmo. Não vai ter dólares que cheguem para salvar a vida dos seus conterrâneos.
Do outro lado do mundo, existe uma cidade que tem mais de 25 milhões de habitantes, mesmo ao lado daquela onde rebentou a pandemia, e que, sem qualquer explicação lógica, escapou à doença. Xangai seria o maior e melhor candidato a ver-se mergulhado num problema semelhante ao das favelas brasileiras se a doença lá entrasse. Seja pelas medidas de precaução tomadas, por sorte, ou por um milagre divino, a doença passou-lhes ao lado.
Só o pobre (entre aspas) do Trump é que não quis tomar precauções, não teve sorte nem direito a milagre. Dizem as sondagens que mesmo assim continua como favorito para as eleições de Novembro. O candidato do outro partido deve ser muito fraquinho, penso eu de que!
A História Universal é fértil em acontecimentos - vitórias e derrotas - e demonstra o que de bom e mau aconteceu através dos tempos . Uns mais aventureiros e sanguinários que outros, ao projectarem-se por esse mundo fora à procura do desconhecido, acabaram por fazer das suas e implantar-se no que consideraram conquista, excepto os que tiveram de partir devido a circunstâncias que se depararam, mas, quase todos, fizeram questão de marcar a sua presença com sinais acentuadas e que se perpetuaram . Ao analisar-se muito do que sucedeu, poder-se-á ficar um pouco baralhado acerca da classificação atribuída a descobridores e, sem se saber muito bem, se descobrir e ocupar espaço, sacar e impor o seu reino, onde outros permaneciam, não significava tomar de assalto e impor-se pela força e, por vezes, com atrocidades sem limite . Naturalmente que os tempos e necessidades ditaram e impuseram tais regras, pelo que compete aos historiadores fazerem a devida análise e classificação julgada pertinente . Quanto ao TRUMP, não adianta repetir o que penso dele e, ainda, o que se conhece sobre o modo irresponsável como encarou esta pandemia, uma vez que o mais importante é desejar-lhe que consiga minimizar a tragédia que vai por lá e que o povo americano sofra o menos possível, assim como pretendemos para os portugueses . Um abraço .
ResponderEliminarMuito antes de Nova Iorque ser a actual New York que conhecemos já tinha sido originalmente baptizada pelo nome de Nova Amesterdão. Quanto às notícias da CNN esse canal na minha opinião é uma espécie da nossa campeã em fake news - a SIC(K). Mas voltando a New York e como curiosidade a primeira Sinagoga da cidade foi fundada por judeus portugueses vindos de Amesterdão provavelmente juntos com os primeiros emigrantes europeus. Daí o nome Nova Amesterdão... Uma Feliz Páscoa para todos.
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