sexta-feira, 6 de março de 2020

De cavalo para burro!

Quem exige o curso aos candidatos a treinador dos clubes da primeira divisão? Pelos vistos, só a UEFA se preocupa com esses pormenores, pois a nossa federação não quer saber disso. As instâncias desportivas mundiais (FIFA), as europeias (UEFA) e as nacionais (FPF) deviam formar uma cadeia de comando vertical, em que todas as regras são comuns, ou seja, lá em cima manda-se e cá em baixo obedece-se. Se não funcionar assim isto transforma-se num granel inaceitável.
Temos, neste momento, em Portugal, treinadores de nível 4, nível 3, nível 2 e até nível 1 à frente de equipas do primeiro escalão. Bem, no caso do nível 3 de Silas, ele está momentaneamente de fora, mas nada garante que não poderá reentrar a qualquer momento. O Rúbem Amorim que estava no Braga - dito o 4º grande deste país - e passou para o Sporting - assumidamente o 3º grande já uns bons anos - tem apenas o nível 2 e falta-me saber se está a trabalhar para subir de nível, ou antes para fazer o Sporting Club de Portugal melhorar o seu próprio nível.


O António Salvador, presidente do Sporting Clube de Braga, conhecido empresário no ramo da Construção Civil e também no da Hotelaria, parece um daqueles rapazes mal comportados que deitam mão de qualquer estratagema para deixar mal visto quem se mete com eles. Assim à moda do Jorge Coelho, conhecido socialista e comentador político, que costumava dizer: - quem se mete com o PS apanha. E vai daí, contrata para treinador o Custódio que tem apenas o nível 1 para substituir o Rúben Amorim que tinha o nível 2. É aquilo a que se chama, andar de cavalo para burro.
Lembro-me bem dele como jogador, na posição de médio defensivo, que chegou à Selecção Nacional e passou a sua vida entre o Sporting, Guimarães e Braga, antes de ser exportado para a Rússia e depois Turquia, onde viria a pendurar as chuteiras. Não fazia a mínima ideia que ele estava no Braga, na função de treinador dos miúdos e foi com alguma surpresa que vi o presidente deitar-lhe a mão para treinar os graúdos. Falta-me saber se foi pela sua qualidade ou por uma questão de economia, de modo a não desbaratar os 10 milhões que a saída do Rúben lhe fez cair nas mãos.
Como dizem os entendidos na matéria, quem joga são os jogadores, o treinador serve apenas para escolher quem entra em campo. Veremos se ele continua a optar pelas escolhas do antigo treinador, ou se vai pôr-se a inventar, para mostrar o que vale, e começa a meter água. Depressa o saberemos, pois tem que esfarrapar-se para manter o 3º lugar e defender-se da nova equipa do Rúben que vai fazer todos os possíveis por lho roubar.
Três vivas, ao futebol, aos milhões que ele movimenta e ao Benfica que é o maior (mas vai em 2º lugar) !!!

2 comentários:

  1. Já há muito desisti de entender o mundo do futebol.
    Hoje estou aqui muito bem acompanhada. Chicago e Sydney.
    Abraço e bom fim de semana

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  2. O segredo é a alma do negócio. Sendo talvez por esse motivo que existem muitos negócios em segredo. Mais precisamente na politica e no futebol. Os treinadores de futebol quando tomam conta das rédeas de um clube aplicam as suas ideias sejam elas ou não eficazes para o bom desempenho dos jogadores. Entre os quem têm disponíveis escolhem aqueles que mais lhes agrada. Mas isso é lá com eles, porque eu não percebo de futebóis.

    Boa Sexta-feira.

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