segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Diabético, mas pouco!

Pertencente à família dos diabéticos (Tipo II controlada) não posso passar por cima desta data sem prestar a minha homenagem ao homem que descobriu a insulina, droga que mantém vivos muitos milhares de diabéticos por esse mundo fora. Frederick Banting faria hoje 125 anos se ainda fosse vivo. Infelizmente, morreu com apenas 49 anos no seguimento de um acidente de viação.
Sabe Deus quantas mais coisas ele poderia ter descoberto se tivesse tido uma vida mais longa. Dedicado investigador, acredito que estava no caminho certo para dar grandes alegrias ao mundo. E tinha o apoio do Estado Canadiano, coisa que ajuda muito na investigação, como se sabe, pois sem meios é difícil fazer alguma coisa que se veja.
O nosso pâncreas, órgão importantíssimo e que se não fosse pela diabetes ninguém se lembraria dele, começa a fraquejar na produção de insulina, como acontece com o meu, e é aí que entra a insulina, produzida artificialmente, para resolver o problema. E é nessa altura que devemos puxar pela memória, lembrarmos-nos deste senhor e agradecer-lhe pelo legado que nos deixou. É isso que tento fazer ao redigir esta notícia no dia do 125º aniversário do seu nascimento.
A Terra Nova, tão conhecida dos portugueses por causa de outro produto que de lá chega até nós, é a sua terra de origem. Deduzo por isso que as terras e águas frias produzem coisas boas, como é este cérebro dedicado à ciência e o peixinho (às vezes peixão) milagroso que é o ex-libris da culinária portuguesa, o bacalhau.
E falando de bacalhau, quero lembrar aos meus amigos que está na hora de começar a dar a volta pelas mercearias e supermercados para escolher o melhor para o natal que se aproxima. Não deixar para a última hora, pois no habitual corre-corre das duas semanas que antecedem a festa é impossível escolher com calma e pagar o preço justo por aquilo que se traz para casa. Eu vou fazê-lo antes que termine este mês de Novembro, pois sou do género - mais vale cedo que tarde demais.


Não sou um grande conhecedor do assunto, mas não faltam por aí dicas de como reconhecer um bom bacalhau. Diz-se que existem 25 tipos tipos de bacalhau, mas isso é mentira. Bacalhau só há um, os outros 24 são apenas primos dele, como a palmeta, o lingue, etc.. O verdadeiro conhece-se por ser curto e largo e de lombos não muito altos. Sempre que vos aparecer um comprido, estreito e de lombo muito alto será lingue pela certa. Cuidado com o bicho!

3 comentários:

  1. A diabetes é um mal que aflige muita gente. Mas quando controlado, não só com medicamentos, mas também com a alimentação, não dá grandes problemas. Meu marido também tem diabetes tipo II.
    E o Paloco. A Palmeta ( na seca chamávamos-lhe Gata).
    Já tenho visto pessoas a escolherem o bacalhau por ser mais branquinho. O verdadeiro bacalhau é cor de palha e o rabo é direito como se tivesse sido cortado rente. trabalhei muitos anos na Seca do Bacalhau, e nos navios, nas descargas. Parabéns. O blogue está a ficar mais erudito.
    Um abraço e uma boa semana

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  2. Bem merece ser homenageado. Porque se esse senhor não tivesse existido, muita gente também já não existia neste mundo dos, ainda, vivos. Quanto a diabetes que eu saiba não sou diabético, mas é a minha mulher. Quanto a esse peixe bacalhau, que tão apreciado é pelas maioria dos portugueses na noite de consoada (Ceia). Não sei qual é o verdadeiro nem qual é o mentiroso. O que eu sei dizer é que a maior parte do que se vende no mercado será tudo menos bacalhau? Também não fui habituado a comer bacalhau na noite de consoada. No Alentejo onde nasci e vive até aos 21 anos de idade. Era mais peru, mais não um bocadinho, porque comer muito fazia mal a quem pouco muito pouco tinha para comer!

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  3. Quanto aos diabetes, muita gente há que morre com eles sem saber! Foi o caso do meu sogro com 60 anos não queria ir aos médicos!
    Quanto ao fiel amigo estou à vontade na escolha porque a minha Celeste começou a vendê-lo na mercearia do pai com dez anos de idade, até lhe aparecer um marinheiro que a pescou e levou-a para a Quinta da Lomba, (Barreiro), tinha mais para vos contar mas vou semear favas, gostam?

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