É sabido, há muitos anos, que o solo arenoso da faixa litoral entre a foz dos rios Cávado e Ave é o mais fértil de Portugal e arredores. Hoje, toda essa área está coberta de estufas que se dedicam à produção de hortaliça e leguminosas que, pelo que li hoje nas notícias, agradam cada vez mais aos clientes que as compram. Mais de metade da produção segue para a Galiza que prefere investir na pesca e nos mariscos, deixando esta fatia do negócio para "nosotros" que também temos necessidade de emprego.
A Horpozim é uma firma que agrega, ou tem contratos com, grande número de horticultores e tem montada uma rede de distribuição que é caso de sucesso. E não digo mais nada para não ficarem a pensar que lucro alguma coisa com a publicidade que lhes estou a fazer. A razão por que falo nisso é que são tão poucas as empresas de sucesso, nestes tempos de crise, que vale a pena referi-la quando encontramos uma. E sendo no concelho da Póvoa, com mais agrado o faço.
O Pedro é um dos horticultores deste minifúndio de Entre «Ave e Cávado» e dedica-se ao cultivo de tomates. E nem precisa de terra para os plantar, usa o sistema de hidroponia. Uma cisterna cheia de água e uns quantos tubos para a fazer circular pelas raízes dos tomateiros é tudo quanto precisa. Depois é só adicionar os fertilizantes indicados à água e ligar a bomba que põe a água em movimento. Como alguma se vai perdendo pelo caminho, de vez em quando tem que ajustar os níveis e fazer o mesmo com os adubos que utiliza. No fim da linha só é preciso quem recolha os tomates e os entregue na Horpozim.
Parece um negócio da China! Então porque não há mais?
Há e bastantes! Pergunta ao meu genro que os contacta a todos e exporta via avião para toda a parte do mundo, a empresa é Suíça mas tem escritórios no Porto e em Lisboa! É um projecto inovador em Portugal e está a ter sucesso!
ResponderEliminarCom toda essa tomatada,
ResponderEliminaruma empresa de sucesso,
será que já foi inaugurada
por algum governo secreto?
Na imprensa não falada,
coisa esse de admirar
elas gostam da marmelada
e nos tomates apalpar!
Quando vão ao supermercado,
não se fartam de apalpar os melões
deixam lá o verniz das unhas cravado
o que não ficou na casca dos feijões!
Pois parece realmente um processo inovador. E Portugal bem precisa de voltar a ter sucesso com a agricultura que quase foi destruída, no tempo do D. Cavaco.
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Quando comecei a ler o titulo : " os tomates do Pedro ", fiquei de pé atrás, uma vez pensar que se tratasse daquele que nos sugou e infernizou o juízo sem qualquer respeito e rigor, graças à sua incompetência e ultra-liberalismo desmedido e, por isso, desde logo conclui que tais não prestavam . Afinal, há mais Pedros e, pelos vistos, devíamos ter muitos iguais ao que mencionaste . Hoje em dia, começamos a ter agricultura de qualidade e alguns dos seus produtos capazes de competir por esse mundo fora, embora se sinta a necessidade de aumento de produção e consequente expansão ; para tanto, é indispensável apostar no sector e criar condições humanas e materiais à altura do que se pretende . No que respeita à indústria, temos tido uma evolução bastante apreciável e, em algumas áreas, já nos podemos afirmar a nível nacional e internacional . Bem sei que precisamos de muito mais, mas parece-me que há caminhos traçados e com boas perspectivas . A ser assim, precisamos de agricultores e industrias competentes e sérios, com pensamento inovador e não com espírito retrogrado e especulador como, infelizmente, ainda abundam na nossa sociedade, fruto de má formação e de exploração sem limite com que reinaram e que, muitos deles, teimam em continuar a pensar que o seu reinado não tem fim ! Estes crónicos, tendem em desaparecer, por várias razões, sem deixarem saudades ... . Em suma, Portugal, se governado por gente competente e séria, tem possibilidades de se libertar e atingir sucesso de modo a proporcionar vida digna e não sujeito ao empobrecimento e a ordenados de miséria que, desgraçadamente, era o que pretendia a canalha que, recentemente, foi de malas aviadas e que, se Deus quiser, afastados por muitíssimos anos e, se possível, para sempre . Um abraço .
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