segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Os tomates do Pedro!

É sabido, há muitos anos, que o solo arenoso da faixa litoral entre a foz dos rios Cávado e Ave é o mais fértil de Portugal e arredores. Hoje, toda essa área está coberta de estufas que se dedicam à produção de hortaliça e leguminosas que, pelo que li hoje nas notícias, agradam cada vez mais aos clientes que as compram. Mais de metade da produção segue para a Galiza que prefere investir na pesca e nos mariscos, deixando esta fatia do negócio para "nosotros" que também temos necessidade de emprego.
A Horpozim é uma firma que agrega, ou tem contratos com, grande número de horticultores e tem montada uma rede de distribuição que é caso de sucesso. E não digo mais nada para não ficarem a pensar que lucro alguma coisa com a publicidade que lhes estou a fazer. A razão por que falo nisso é que são tão poucas as empresas de sucesso, nestes tempos de crise, que vale a pena referi-la quando encontramos uma. E sendo no concelho da Póvoa, com mais agrado o faço.


O Pedro é um dos horticultores deste minifúndio de Entre «Ave e Cávado» e dedica-se ao cultivo de tomates. E nem precisa de terra para os plantar, usa o sistema de hidroponia. Uma cisterna cheia de água e uns quantos tubos para a fazer circular pelas raízes dos tomateiros é tudo quanto precisa. Depois é só adicionar os fertilizantes indicados à água e ligar a bomba que põe a água em movimento. Como alguma se vai perdendo pelo caminho, de vez em quando tem que ajustar os níveis e fazer o mesmo com os adubos que utiliza. No fim da linha só é preciso quem recolha os tomates e os entregue na Horpozim.
Parece um negócio da China! Então porque não há mais?

4 comentários:

  1. Há e bastantes! Pergunta ao meu genro que os contacta a todos e exporta via avião para toda a parte do mundo, a empresa é Suíça mas tem escritórios no Porto e em Lisboa! É um projecto inovador em Portugal e está a ter sucesso!

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  2. Com toda essa tomatada,
    uma empresa de sucesso,
    será que já foi inaugurada
    por algum governo secreto?

    Na imprensa não falada,
    coisa esse de admirar
    elas gostam da marmelada
    e nos tomates apalpar!

    Quando vão ao supermercado,
    não se fartam de apalpar os melões
    deixam lá o verniz das unhas cravado
    o que não ficou na casca dos feijões!

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  3. Pois parece realmente um processo inovador. E Portugal bem precisa de voltar a ter sucesso com a agricultura que quase foi destruída, no tempo do D. Cavaco.
    Um abraço e uma boa semana

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  4. Quando comecei a ler o titulo : " os tomates do Pedro ", fiquei de pé atrás, uma vez pensar que se tratasse daquele que nos sugou e infernizou o juízo sem qualquer respeito e rigor, graças à sua incompetência e ultra-liberalismo desmedido e, por isso, desde logo conclui que tais não prestavam . Afinal, há mais Pedros e, pelos vistos, devíamos ter muitos iguais ao que mencionaste . Hoje em dia, começamos a ter agricultura de qualidade e alguns dos seus produtos capazes de competir por esse mundo fora, embora se sinta a necessidade de aumento de produção e consequente expansão ; para tanto, é indispensável apostar no sector e criar condições humanas e materiais à altura do que se pretende . No que respeita à indústria, temos tido uma evolução bastante apreciável e, em algumas áreas, já nos podemos afirmar a nível nacional e internacional . Bem sei que precisamos de muito mais, mas parece-me que há caminhos traçados e com boas perspectivas . A ser assim, precisamos de agricultores e industrias competentes e sérios, com pensamento inovador e não com espírito retrogrado e especulador como, infelizmente, ainda abundam na nossa sociedade, fruto de má formação e de exploração sem limite com que reinaram e que, muitos deles, teimam em continuar a pensar que o seu reinado não tem fim ! Estes crónicos, tendem em desaparecer, por várias razões, sem deixarem saudades ... . Em suma, Portugal, se governado por gente competente e séria, tem possibilidades de se libertar e atingir sucesso de modo a proporcionar vida digna e não sujeito ao empobrecimento e a ordenados de miséria que, desgraçadamente, era o que pretendia a canalha que, recentemente, foi de malas aviadas e que, se Deus quiser, afastados por muitíssimos anos e, se possível, para sempre . Um abraço .

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