quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A vida como ela é!

Emma  Morano nasceu em 29 de novembro de 1899, o seu primeiro amor faleceu durante a I Guerra Mundial, separou-se de um marido violento pouco antes da II Guerra Mundial e trabalhou até os 75 anos numa fábrica de malas. Seguiu o conselho que recebeu de um médico quando tinha 20 anos e alimentou-se durante quase um século à base de três ovos diários, dois crus e um cozido, com um pouco de carne e poucas frutas ou verduras.


É mais comum eu publicar fotografias de raparigas novas e cheias de curvas, mas hoje é dia de excepção. Talvez por ser o último dia do penúltimo mês deste ano de 2016 seja o momento certo para pensar em coisas velhas. Tão velhas como a italiana retratada acima.
Há 20 anos que não sai do seu quarto. Precisa do auxílio permanente de uma enfermeira. Fala com muita dificuldade e ouve também muito mal. Recebe muitas visitas, mas a maior parte delas não lhe diz nada, pois trata-se de gente curiosa dos quatro cantos do mundo que quer apenas vê-la e fotografá-la para encher páginas de notícias.
Viveu 1 ano e 1 mês no Século XIX, todo o Século XX e já leva quase 16 anos deste Século XXI. É muito tempo e eu pergunto-me se terá valido a pena. Teve 2 amores, um que morreu antes de ter tempo de gozar a vida e outro que teve que pôr fora da porta por a tratar mal. Filhos apenas 1 e que morreu ainda bebé.
Pergunto-me que alegrias terá tido esta mulher, durante a sua tão longa vida, além dos 3 ovos diários que insistia em engolir. Hoje, o que ela deve engolir, suspeito eu, são 3 Kgs de comprimidos para a manter viva.


5 comentários:

  1. Há receitas caseiras que dão resultado, eu tive a prova quando tinha 40 anos de idade, já com bastante ácido-úrico, até aos 50 todos os dias em jejum engolia um dente de alho picado, digo até aos 50 porque estava completamente limpo do ácido-úrico, até hoje, agora comecei a beber um copo de água morna com sumo de meio limão, uma colher de sopa de mel e uma colher de chá de bicarbonato de sódio! Já me sinto outro dez anos mais novo, vamos ver o resultado final, pode ser que aos 120 anos dê que fazer aos jornalistas.

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  2. Não gostaria de viver tantos anos. Muito menos sem o amor de um companheiro, ou descendente. Assusta-me a solidão, mais do que a própria morte.
    Um abraço

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  3. Eu gostava de viver muitos anos,
    sem dores e com alguns trocos
    para neste mundo dos loucos
    alimentar o esqueleto sem enganos.

    Com três ovos diários não,
    um bife de chicha tenra
    acompanhado de bom carrascão
    ao almoço, jantar e merenda!

    Não me digam que não é,
    uma boa sugestão
    com esperança e fé
    carinho e amor no coração!

    Tenham todos um bom dia,
    e não se fartem de viver
    com muita saúde e alegria
    e o pão no forno a cozer!

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. O " controlador " do tempo, se é que ele existe, esqueceu-se desta senhora ! Possivelmente, tem histórias para contar sem fim e, pelos vistos, vai continuar a andar por cá . Hoje em dia, fala-se muito no aumento de esperança de vida, mas, muito sinceramente, viver por viver, pode não proporcionar qualidade/dignidade indispensável e, por isso, sou dos que penso que, perda total de autonomia ou perto disso, coloca na hora de partida, apesar de que , normalmente, nunca é como se deseja, mas sim como calha . Por sinal, acabo de chegar do cemitério após assistir à exumação da ossada da minha sogra, falecida há cerca de oito anos e por quem tinha grande admiração e estima . Posso dizer que fiquei bastante chocado pelo facto de constatar ao que ficou reduzido alguém com qualidades fantásticas . Esta verdade da vida dá que pensar ... e é pena que tantos e tantos não tenham isso em conta, uma vez que têm feito e continua a fazer das suas com toda a indiferença ao bem comum e sem sequer pensar que ande morrer ! Um abraço .

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