Esta é a zona onde aconteceu o desastre que todos puderam ver na televisão, a mesmíssima onde eu vivi a minha experiência como emigrante. Eu morava na sede do concelho, Euskirchen, e a zona atingida fica a cerca de 10 Kms a norte. Passei por ali dúzias de vezes nas minhas frequentes visitas a Colónia. Quando a desgraça acontece numa zona que conhecemos bem e pode atingir pessoas que nos dizem alguma coisa, vemos tudo com outros olhos e cala mais fundo dentro de nós.
O rio Erft que dá o nome à cidade é tão pequeno que mal se dá por ele, mas viu-se o que ele fez com o caudal aumentado pelas chuvas intensas que caíram esta semana, especialmente, na noite de quarta para quinta-feira. Há mais de mil pessoas desaparecidas que, na pior das hipóteses, estão soterradas debaixo de toneladas de lama e outros destroços.
Está de luto pesado aquela gente com quem convivi num pequeno período da minha vida. A chanceler Merkel prometeu ajudar, mas há uma ajuda que não pode dar, restituir a vida a quem a perdeu. O meu pensamento está com eles nesta hora triste!
Em fúria por onde passa deixa um rasto de destruição. Não há força que consiga deter a força da natureza.
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