O Benfica, coisa e tal!

 

Esta foi a equipa do Glorioso que começou, ontem, o jogo contra o campeão francês. Há aí umas caras novas a que ainda não estou habituado, mas com o tempo lá irei. O Gonçalo Ramos, ao centro e por trás do João Mário, bem se esforçou por mostrar ao Jesus que é uma máquina de fazer golos - foi dele o único golo da partida - e convencê-lo a ficar com ele no plantel. Não sei se o conseguirá, pois o treinador é teimoso como uma mula e defende o princípio de que "santos da casa não fazem milagres".

Não foi um jogo por aí além, mas deu algumas indicações positivas. E depois, com tantas substituições é quase impossível perceber quem terá pernas para aguentar os 90 minutos. E, além disso, há jogadores que estão convencidos que não vão ficar no plantel e, portanto, não se lhes pode pedir muito mais do que aquilo que mostraram ontem. O 3 de Agosto está aí à porta e depois é que podemos analisar a coisa ao pormenor. Se derem uma coça nos russos do Rui Vitória serão uns heróis, de contrário ...

Muito se tem falado do negócio da venda das acções do Benfica, detidas por Vieira e pelo Rei dos Frangos - e apenas essas que outras não estão á venda - e pelo preço oferecido (50 milhões) já se valorizava o SLB em 200 milhões, o que foi rebatido pelo investidor, dizendo que as acções deveriam valer 65 ou 70 Euros cada uma e não os miseráveis 4 que corriam na Bolsa. O Benfica vale, pelo menos, mil milhões, disse ele enchendo o peito de ar, talvez já dourando a pílula para uma futura venda das mesmas, caso as consiga comprar. Desistir ele ainda não desistiu, o negócio cheira-lhe a lucro e ele não larga a isca.

E para não falar apenas de futebol, deixo-vos aqui uma foto do carrito eléctrico mais barato do mercado que não tardará a chegar a Portugal. É pequenito, como tudo que é chinês, mas pelo preço não se pode pedir mais. Dizem que em Espanha será vendido por 9.000 €. Quanto será que o nosso Ministro das Finanças vai acrescentar ao preço para impostos? Considerando que é eléctrico e amigo do ambiente, deveria ter um bónus especial para nos motivar a trocá-lo pelos nossos bebedores de gasóleo.

Pequenito como é e económico, virá a ser o mais procurado pelas senhoras para ir às compras, pois, além do mais, poderá estacionar em qualquer cantinho sem dificuldade. Só me admira como não somos nós a produzi-lo em Portugal, em vez de dar o dinheiro a ganhar aos chinocas. Meia dúzia de folhetas, quatro rodas, em baixo, e quatro vidros, em cima, com um motor eléctrico produzido na Efacec e umas baterias com o lítio de Montalegre, não deveria representar a mínima dificuldade para os nossos engenheiros. Então, porque o não fazem?

Vamos lá escolher um concelho que tenha muito desemprego, construir um barracão onde caibam 50 pessoas e dar início ao negócio. O capital inicial pode ser retirado da bazuca europeia, pois tudo que seja para melhorar o ambiente está, previamente, aprovado. Eu quero ser accionista, entro com a ideia em vez de dinheiro que não tenho! Temos uma boa indústria de moldes que não terá dificuldade em criar os moldes necessários para dobrar a chaparia do capot, do tejadilho, dos guarda-lamas ou das portas. E temos também uma óptima indústria têxtil para fornecer tecido para os estofos. Não nos falta nada, pessoal, vamos a isso e deixemo-nos de chinesices!