sexta-feira, 16 de julho de 2021

E agora, Cuba?

 

Os puros de Havana

Seleccionei três assuntos para a minha publicação de hoje. O primeiro era o desastre das cheias no sudeste alemão e Bélgica, a zona onde se fala o dialecto Kölsch (ou Platt), onde eu vivi durante um ano e picos e onde deixei uma filha. Acabei por desistir, pois falar de coisas tristes poderia estragar-me o dia. O segundo era sobre o ocorrido na África do sul, mas ainda pus o assunto de lado, mais depressa que o primeiro, pois tudo o que eu pudesse dizer soaria a racismo puro, porque coisas assim só acontecem em terra de pretos.

O terceiro assunto era sobre Cuba e o que lá se tem passado nos últimos dias. Os irmãos Castro estão fora da corrida, um no cemitério e o outro a caminho, e nada justifica que a situação criada por eles, há tantos anos, se mantenha para o futuro. Todos sabem que sou um ferrenho anti-comunista e já tenho ganho alguns inimigos à conta disso, mas não me vou calar. Viver encostado aos Estados Unidos e preferir ser amigo da Rússia é um erro crasso em diplomacia, é o mínimo que posso dizer. Uma política de boa vizinhança com a poderosa economia americana só podia ser benéfica para os pobres cubanos. Ser pobre em casa de ricos sempre tem mais vantagens que ser pobre em casa de pobre, há sempre umas migalhas que caem da mesa.

Todas as ilhas localizadas entre a américa do norte e a do sul foram o refúgio dos escravos, logo que foi abolida a escravatura e Cuba não foge à regra. Um país novo formado por escravos, cuja riqueza era apenas a roupa que tinham no corpo, dificilmente se transformaria num país rico. Seria preciso um líder capaz de congregar as vontades e capacidade de trabalho de todos aqueles pobres para criar alguma riqueza para distribuir entre eles.

No início do Século XX tornou-se independente de Espanha que a colonizava desde os fins do Século XV. Os Estados Unidos usaram de toda a sua influência na área para transformar Cuba num feudo americano, mas em 1959 surgiram os comunas, liderados por Castro e Guevara e fizeram daquela ilha um pantanal de miséria. Desde essa altura (1962) que os Estados Unidos impõem um embargo comercial a Cuba e isso não lhes dá a mínima chance de porem a cabeça fora de água.

Só há uma solução para Cuba, enviar um emissário aos Estados Unidos, com uma corda ao pescoço, como fez o aio de D. Afonso Henriques, e pedir desculpa pela burrice dos últimos 60 anos. Podem deitar as culpas, à vontade, no Fidel Castro que ele não sairá da tumba para se vingar. E com a ajuda e o turismo dos cidadãos seu vizinhos (e não só) sairão do buraco em três tempos. Garanto eu.

Por antítese, isto faz-me lembrar a Ilha Formosa (Taywan), onde se vive uma opção contrária. A ilha fica mesmo em frente da China e não aceita ser comunista por nada deste mundo. Um pouco por birra, estão os americanos e os japoneses a auxiliar os habitantes da ilha a levar uma vida melhor e em liberdade, coisa que os cubanos também quereriam, mas os políticos não os deixam ter. Só desejo que o actual líder de Cuba se ponha ao fresco e vá viver para Moscovo, já que gosta tanto do comunismo, e deixe os cubanos entregues à sua sorte (com a ajuda da América). 

3 comentários:

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  2. Desde tempos imemoriais que o homem vende e compra. Exactamente como na Feira da Ladra ou em Paddy's Market. Mesmo que não haja nada o homem terá sempre a força dos braços para vender. Qualquer ideologia metida no meio deste negócio: seja socialismo ou comunismo acaba sempre em merd@. Os cubanos tem o que plantaram em 1961. Estes exemplos podiam servir de lição aos portugueses - mas duvido - exatamente como os exemplos das violações que nos chegaram vezes sem conta de Malmö e que foram ignorados. Ontem uma portuguesa de 73 anos foi violada por um refugiado sudanês... O resultado das politicas criminosas deste governo socialista. Politicas que disturbam a nossa pacata vida de venda & compra.

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  3. Se não fazes o que eu te mando fazer, levas com a cachaporra. É isso que os Estados Unidos têm feito com o povo cubano. Quem tem a barriga cheia não se lembra de quem tem fome. Não se sabe como será o dia de amanhã. Poderá ser igual, melhor ou pior do que dia de hoje. Os americanos têm dado muita porrada nos mais fracos, porque dos mais fortes tem medo. O cagaço que Bin Laden lhes pregou os fez borrar. É de lamentar os que morreram sem ter culpa do mal praticado pelos seus governantes!

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