Este ministro defende com unhas e dentes o aeroporto do Montijo. Não há bicho-careta em Portugal que não encontre um defeito no novo aeroporto que o governo teima em construir na Base Aérea do Montijo. Só este cristão é que vai aos arames, quando lhe põem entraves ao seu projecto. Porque será, pergunto eu, mas ninguém me respondeu ainda.
Lembro-me que no governo de José Sócrates era a OTA que estava a dar. Falava-se à boca pequena que alguns socialistas, com o Marocas à cabeça, investiram muitos milhões na compra de terrenos naquela área, esperando multiplicar por 5 ou 10 o investimento, logo que a fúria construtiva começasse a inflacionar os preços. Muitos armazéns, muitos arruamentos, muitos escritórios, talvez até hotéis teriam que ser construídos nas redondezas e cada metro quadrado valia ouro.
No Montijo, se o projecto for para a frente - o PS até já admite mudar a lei para retirar às autarquias o poder de vetar a construção - vai haver necessidade de aumentar e muito as infraestruturas de apoio, assim como as vias de aceso. Isso motivará expropriações que serão pagas a peso de ouro. Quem tenha por ali uma casinha velha, ou uma parcela de terreno infestado por silvas e urtigas, vai ter oportunidade de trocar isso por notas de euro. É nestes casos que os amigos (da política) se aproximam para trocar confidências e tentar descobrir onde está o furo do negócio.
No bom interesse do povo português, o ministro também devia ser contra a construção do aeroporto que servirá para pouco, a não ser para degradar ainda mais a vida desgraçada de quem vive naquela zona. A poluição sonora a aliar a toda a outra relativa à queima de muitos milhares de toneladas de jet-fuel, o aumento do tráfego, para não mencionar mais nada, deveriam ser razões suficientes para o ministro reconhecer que lutar por aquele projecto não podia estar mais errado.
Há quem defenda a construção de um aeroporto de raiz, entre o Carregado e Santarém, para se poder encerrar definitivamente o da Portela, com acesso fácil à Linha do Norte e A1, para garantir uma solução lógica para a movimentação dos passageiros, seja em direcção a Lisboa, a Fátima, ou qualquer outro destino. Já que Alcochete foi chumbado, talvez esteja aí a solução, pelo menos parece-me ser a mais lógica e com futuro. E os terrenos afectos ao aeroporto da Portela, quando entrarem no mercado imobiliário vão valer muitos milhões, talvez superem o valor da construção do novo aeroporto.
Depois de ter lido esse texto, pelo seu autor, bem escrito. Agora pergunto eu. Será que já nasceu ou irá nascer o ministro que posso toda a gente contentar?
ResponderEliminarCada um pensa que as suas ideias são melhor do que as ideias dos outros. Podem ou não estar certas, mas são as ideias dele.
Seja construído em que local for, o polémico e tão falado aeroporto. De uma coisa eu tenho a certeza. Jamais será a contento de todos.
Uns querem que seja no Montijo, mas outros não. Uns querem que seja em Alcochete, outros querem que seja na Ota. Até alguns alentejanos querem que seja em Beja. Tal tá porra! Ou esta gente é má de contentar. Ou então não sabe o que quer?
Bom fim de semana carnavalesco.
Tudo isto, se não fosse real, não era para levar a sério . Não é por mero acaso que Portugal vai patinando na retaguarda da Europa ou perto disso . Sempre que se pensa em algo importante para o País, logo se levantam as habituais " inteligências " a protestar o que pouco ou nada sabem acerca daquilo que contestam, levados por inúmeros interesses ou pura ignorância, convictos/espreitando oportunidades ou revelando parvoíces . Não sou técnico na matéria e, por isso, não me atrevo a dizer o que é ou não melhor ; no entanto, apesar de discussões técnicas que tenho presenciado, umas a favor outras contra, nem sempre foram totalmente convincentes para o meu entendimento . O que é certo, é que esta história tem anos e em vez de se encontrar consenso, continua-se com rivalidades partidárias e a fazer render o peixe, especulando-se aos vários níveis e cuja solução, ao que parece, é continuarmos a não ter aeroporto e condenados ao imprevisível ... ! Este caso, curiosamente, já teve o aval dos dois partidos que têm ocupado o espaço governativo, tanto acerca da primeira como da segunda escolha ; contudo, facilmente mudam de opiniões, face às situações/lugares que se vão transformando/ocupando e, assim, poder-se-á dizer que, com tal gente, não se chega a lado nenhum, uma vez que parecem autênticos camaleões sem classe apreciável e a contribuir para a ruína do País que os sustenta . Não há dúvida, o actual aeroporto está atingir o máximo da sua capacidade operacional e, como se sabe, uma infraestrutura deste tipo demora anos a construir e, assim sendo, quanto mais se atrasar maior será o impacto negativo na respectiva actividade e consequente reflexo no progresso que se impõe . Tristemente, não me custa admitir que, ou se alteram mentalidades e se assume autoridade e responsabilidade sobre o rumo que se pretende, ou então corremos o risco de nunca se alcançar a tão desejada linha da frente ... Um abraço .
ResponderEliminarA Ana Leal que descubra a kareca a esta malta e ajude a por este des/governo no olho da rua... Entretanto o melhor está para vir: o Costa ainda não se pronunciou sobre o tal telefonema e pelos vistos poucos terão coragem para lhe perguntar. Aguardemos.
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