A intensificação da atividade agropecuária, na qual se inclui a produção de suínos, tem desencadeado impactos no ambiente, na saúde humana e no bem-estar animal relevantes. A intensificação da atividade e a sua concentração em determinadas regiões tem como consequência a perda da capacidade dos rios regenerarem os seus efluentes. Os riscos à saúde humana decorrentes de uma forte contaminação pelos afluentes da suinicultura das águas dos rios fazem-se sentir em Portugal a partir dos anos 1970. A situação da poluição pela suinicultura abrange principalmente duas regiões situadas nos eixos Montijo-Alcochete, Rio Maior-Alcobaça, e nesta última concentrada na bacia do rio Lis. Diversos grupos e associações ambientais locais surgiram desde então e mobilizam-se contra a exploração da atividade suinícola.
Empresários portugueses que acompanham Marcelo na visita à China vão discutir hoje a hipótese de Portugal fornecer à China carne de porco. Como se pode ler na transcrição do texto que começa esta publicação, a suinicultura cria um problema ambiental muito sério. Se a situação já é o que é, em Portugal, a produzir porco para meia dúzia de milhões de comedores dessa carne, imaginem o que seria produzir animais suficientes para alimentar um bilião de chinesinhos.
Os chineses não são parvos e se puderem livrar-se da poluição criada pelas suiniculturas passando-as para países mais "pobres" que precisam do negócio, não hesitarão em fazê-lo. Eu não sei o que vocês pensam sobre isto, mas eu não gostaria de ver o meu país transformado numa imensa pocilga para fornecer rojões, chouriço e presunto aos chineses. Por essa razão, eu faço votos para que as negociações (que a esta hora já devem ter terminado, uma vez que já são 18.00 horas na China) corram pelo pior e não cheguem a qualquer espécie de acordo. Os chineses que descubram outro "palerma" que fique com o negócio !