É assim que reza o ditado, por conseguinte não se queixem dos chuveiros que vos cairão pela cabeça abaixo, nos próximos dias e sem esquecer os que já caíram e estragaram as festas da Páscoa a muita gente. Aqui, a minha vizinha da frente não faz outra coisa que andar atrás do PCP e da Intersindical, mas nas horas vagas dedica-se ao chamado negócio dos "Anjos" que consiste em vestir personagens que fazem de figurantes nas muitas procissões que os padres organizam. Esta época correu-lhe muito mal, por causa da chuva foram canceladas todas as procissões da Semana Santa!
Isto não estava na minha mente, quando decidi o que havia de versar, hoje, na minha publicação diária (pelo menos faço um esforço para que assim se mantenha), mas saiu-me ao ver a cara do tempo que faz aqui. Os assuntos para hoje são dois e bem gordinhos, poderia escrever muitas páginas sobre cada um deles, sendo o primeiro desportivo e o segundo político.
Quanto ao primeiro, digo já para matar o suspense, é o jogo do Benfica que recebe o Sporting para uma semi-final que é uma verdadeira final, pois se disputa entre dois grandes adversários que se acham merecedores de ganhar o troféu. Infelizmente, só um pode ganhar e o outro ficará pelo caminho, a lamber as feridas e esperar por nova oportunidade, dentro de um ano.
Todos sabem que sou um benfiquista ferrenho e só não vou ao estádio, porque moro muito longe, a uns 350 Kms na estrada que liga Lisboa ao Polo Norte. Mas ficarei aqui muito atento a tudo o que se passar em campo. Sei que o Ruben Amorim é tanto ou mais benfiquista que eu, mas é também um honesto profissional e vai fazer tudo para levar o troféu para Alvalade. Há quem aposte que este será o último troféu que vai disputar pelo Sporting, pois a partir do dia 1 de Julho já terá outro patrão, possivelmente na Premier League, em Inglaterra.
Sou obrigado a admitir que o Sporting tem uma equipa mais consistente que o Benfica e não ficarei chocado se o meu clube for afastado da prova. Na verdade o Benfica nem sabe bem que equipa tem, ainda anda a testá-la. como se estivesse na pré-época. Gastou milhões em avançados e outros tantos milhões em laterais, mas continua a jogar com os mesmos jogadores que vieram da época passada, não lhe servindo para nada as compras feitas. Neste mês de Abril vai jogar todos os trunfos que têm e pode dizer adeus a 3 provas importantes, a Taça de Portugal, o Campeonato Nacional e a Liga Europa. Espero que assim não aconteça, mas estou muiiiito negativo.
O outro assunto de que vos venho falar é muito mais importante, para mim, para vós e para todos os nossos concidadãos que qualquer jogo ou competição futebolística, a tomada de posse do novo governo que se espera que dure 4 anos, mas a maioria dos comentadores lhe dá um máximo de 6 meses de vida útil.
Disso depende a nossa vida e o nosso bem estar dos próximos anos. No meu caso pode ser o último governo que ajudei a eleger, pois se durar os almejados 4 anos, há uma grande probabilidade de eu não lhe sobreviver. É verdade, sinto-me muito cansado e cheio de dores no meu pobre esqueleto, se eu viver mais que este governo vai ser um castigo duro de suportar.
Mas pondo de lado essas conjecturas que nada acrescentam ao que hoje vai acontecer no nosso país, falemos antes dos ministros e restante maralha que, a partir de hoje, tomará conta do leme da nossa governação. E eu, como marinheiro, posso bem garantir que o leme é da maior importância em qualquer navio, sem ele não haverá um rumo certo e nunca se chegará a um bom porto.
No dia das últimas eleições, rezei a todos os santos da minha devoção para que o PS não ganhasse, estou farto de socialistas daqui até ao céu, onde vejo sentado o Mário Soares a torcer pelo PNS que perdeu por um... quase nada! Desse modo, tenho que me dar por satisfeito, pois também nunca me passou pela cabeça que o Chega pudesse ganhar.
No entanto, há um "mas" que me não dá descanso. Tal como o nosso PR disse muitas vezes o Montenegro não está à altura do cargo. E vai ser ele a liderar o governo, assim a modos que um cego a guiar o nosso povo a caminho de um abismo que me parece inevitável. O futuro não se afigura risonho para ninguém, neste mundo novo que nos aparece pela proa. Guerras por todo o lado, em especial na Europa que parece cansada da paz. Houve quem afirmasse, num passado não muito remoto, que a Europa precisa de uma guerra de 30 em 30 anos para resolver problemas que sem ela não terão solução e eu deito contas a isso e verifico que já passaram 79 anos depois da última Grande Guerra.
Toda a Europa fala em reforçar o orçamento da defesa, investir na fabricação de armas e munições e regressar ao SMO (Serviço Militar Obrigatório) que foi desactivado há 20 anos, pois os Estados Unidos não vão ficar, eternamente, a forrar-nos as costas. Se queremos segurança e não ficar à mercê de déspotas, como o Vladimir Putin, temos que aprender a defender-nos e dar a vida por isso se for necessário.
Lembro-me de ter lido, na nossa História Moderna, que depois da crise de 1926 e grande grande barraca que deram os nossos políticos da "Era de Sidónio Pais", só um grande estadista e formidável professor de Economia, António de Oliveira Salazar. nos conseguiu desviar do abismo. Ora, nem de perto nem de longe reconheço essa habilidade no Luís Montenegro, ele é um mero advogado treinado na área da trafulhice para provar que os culpados são inocentes e os inocentes são quem deve pagar o patau. Nada de bom para nós que esperamos dele nada menos que um milagre. Ele prometeu pôr a Economia a crescer o dobro daquilo que calculam as autoridades europeias e eu pergunto-me onde irá ele descobrir os meios para o fazer.
Esta tarde, ele vai apresentar ao nosso PR a equipa que se propõe alcançar este verdadeiro milagre e em milagres pouco acredito eu que sou como o S. Tomé, só depois de ver acredito. Há quem deite foguetes à escolha feita por ele e há quem já esteja a torpedear alguns dos escolhidos e eu continuo aqui sentadinho à espera de ver o que acontece.
Conhecem aquela história dos remadores que foram ao campeonato do mundo e ficaram em segundo lugar? Depois de uma longa reunião, decidiram mudar os remos e alguns remadores para a prova do ano seguinte. E voltaram a ficar em segundo. Depois deitaram as culpas ao que tocava o bombo para marcar o ritmo e despediram-no. Ainda assim não ganharam, chegando à conclusão que eram os remadores que não estavam aptos para tal função e despediram-nos a todos. No ano seguinte inscreveram-se para a prova, mas no dia de a coisa acontecer constataram que tinham um belo barco, uns bons remos, mas nenhum remador. Resultado, nem conseguiram passar da linha de partida.
O governo do Costa era mau, deixou o país de pantanas, mas os cofres cheios (???). Agora, todos esperam que o Montenegro pegue nesse dinheiro que tem nos cofres e o aplique rápida e certeiramente, para remediar o mal causado pelo governo socialista. Alguém acredita que o vai conseguir? Eu não! Se ele conseguir pôr a Economia a crescer tudo aquilo que prometeu na campanha eleitoral, não vai faltar dinheiro para continuar a injectar nos vários segmentos que dele necessitam e terá garantido o seu futuro político. Isso dependerá de quem liderar a pasta da Economia e Finanças e isso ainda não sei. Se eles forem bons nisso estamos salvos, se não forem ... teremos novas eleições no princípio de 2025.
Em quem votarei nessa altura? Digam-me para me ir preparando!