Hoje, tenho pouco que contar, tirando o futebol que só, no próximo domingo, conhecerá um novo capítulo, falta-me assunto para blogar. Blogar talvez nem apareça no dicionário de português, mas se o Saramago se podia dar ao luxo de inventar as palavras que lhe davam jeito, também eu tenho o direito de o fazer.
Aliás, foi do Saramago (com maiúscula) que vos vim falar. No Natal, prometi-vos fazer um esforço por ler alguma coisa deste nobel da literatura portuguesa e foi o que fiz, ou melhor, estou fazendo, pois faltam-me meia dúzia de páginas para acabar o segundo livro dos dois que seleccionei.
Continuo com a mesma opinião que sempre tive, não gosto dele nem do modo como escreve. Podem dar-lhe um segundo Nobel que não mudarei de opinião. Ele faz-me lembrar a metralhadora MG42 que nós usámos na Guerra Colonial que disparava 1200 tiros por minuto. Ele não tem assunto que se veja para servir de base à história do livro, vai escrevendo, disparando à esquerda e à direita, palavras que existem e outras que inventa e, raramente, usa o ponto final, prefere a vírgula. E se se deu ao luxo de usar o ponto final, começa o período seguinte com letra minúscula. Cheguei à conclusão que faz isso, ou fazia, só para motivar a crítica de quem o lia.
Ele era do contra e queria que todos se apercebessem disso. A sua maneira de escrever foi um acto de rebeldia para mostrar que era diferente do comum dos lusitanos. Em Portugal havia muita gente que não suportava o Salazar e, para marcar a diferença, diziam-se comunistas. Ou seja, havia quem gostasse do Salazar, pela estabilidade que instaurou no país, e havia quem quisesse que ele caísse da cadeira, como acabou por acontecer. O Saramago dizia-se comunista a sério, daqueles que anseiam pela igualdade dos cidadãos, todos ricos, todos pobres ou todos remediados. O Comunismo é o capitalismo do Estado, em que o governo se apossa de tudo que o país tem e o divide igualmente por todos.
Mas o Saramago nunca viveu uma vida de pobre, como aqueles russos que vivem nas imediações do Círculo Polar Ártico, nunca soube o que foram dificuldades. Até a governante chegou e retirou-se para viver uma vida de rico num paraíso das Ilhas Canárias. Comunistas destes não me convencem!
O saramago que vêem na imagem acima é uma espécie herbácea que aparece em todos os campos do Minho, em especial depois das colheitas. É bom para dar de comer aos coelhos e ouvi gente velha afirmar que faziam sopa deles, quando não havia à mão coisa melhor.
Para quem não tinha assunto escreveu - e bem - sobre um tema que, por mais espremido, deita sempre sumo... Gosto de pessoas fiéis às suas convicções, mas também gosto de quem tem a humildade suficiente para reconhecer quando muda de ideias...A respeito de Saramago eu nunca mudei, gosto muito do Poeta, aborrece-me de morte o escritor!
ResponderEliminarBom fim-de-semana.
Não conheço os poemas, será que vale a pena procurar por eles?
EliminarSó por curiosidade, pois não me prendo muito com Poesia!
Nao blasfeme camarade : o partido comunista divide por todos ! A miseria sim , os gandulos xuxalistas tem a mesma ideologia !
ResponderEliminarHá uma verdade sempre ignorada pelos povos apanhados na teia do marxismo: Os komunas só são felizes em países capitalistas e os socialistas só são felizes enquanto o dinheiro dos outros dura. Experimentem abrir as portas de Cuba ou esperar que o dinheiro dos contribuintes em Portugal acabe... O problema desta gente é viverem a realidade que a Tv lhes impõe.
ResponderEliminarSobre o Saramago gostaria de lembrar que depois do governo português lhe ter bloqueado a nomeação de seu livro 'O Evangelho Segundo Jesus Cristo' para um prêmio literário europeu por ser supostamente herético, optou por se exilar nas Ilhas Canárias em vez de países que professam a ideologia que sempre defendeu. Infelizmente a porkaria da sua literatura continua a ser consumida pelos supostamente católicos ofendidos.
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