É segunda-feira. O tempo acordou cinzento, com o sol escondido, sabe Deus onde. Frio não está, mas já me estava a habituar ao quentinho da semana passada. O «Abril em Portugal» é famoso em toda a Europa e os europeus fogem para cá, para disso tirarem proveito, sempre que podem. O inverno que resiste a ir-se embora não aguenta com o tempo que faz em Abril e envergonhado retira-se, até entrarmos em Outubro.
E eu estou como o tempo, um bocado para o lado do cinzento, não estou nada virado para escrever seja o que for. Já dei uma volta pelos blogs do costume, comentei aqui e ali, em poucas palavras, de seguida vou até à minha horta capar os tomates que já estão cheios de flor e a precisar de alguns cuidados.
Semeei feijões 3 vezes e nas 3 vezes se recusaram a nascer. Deitei a culpa à semente que tinha guardado do ano passado e fui compra outra nova. Em conversa com o vendedor, descobri (contou-me ele) que os feijões nunca nascem enquanto fizer frio. A viagem valeu pela semente nova que trouxe e pelo conselho que recebi sem pagar nada por ele. Esperei que o sol aquecesse a terra, deitei a semente no rego aberto para o efeito e já vejo alguns com a cabeça de fora.
Morar na cidade traz alguns inconvenientes a um hortelão aprendiz como eu. Preciso de uma coisa que existe por este Portugal fora e serve para alimentar os incêndios, no verão, mas que aqui falta em absoluto, lenha. Os tomateiros precisam de algo a que se encostar, pois não têm estrutura para se segurarem em pé sozinhos e eu não tenho como resolver o problema. Uma vez estendi uma corda por cima dos tomateiros, como se fosse um estendal para pôr a roupa a secar e coloquei um cordel a ligar cada tomateiro a essa corda. Conforma a planta ia crescendo eu ia-a amarrando ao cordel e assim resolvi o problema. Mas essa solução não é grande coisa, pois quando sopra o vento, tudo aquilo balança de um lado para o outro e há o risco de os tomateiros serem arrancados pela raiz. Sem falar no peso dos tomates que torna a coisa ainda mais difícil. Foi preciso muita ginástica para chegar ao fim dessa colheita.
Já pensando nessa dificuldade, plantei os tomateiros junto a uma rede de aço e agora só tenho que engendrar um esquema para os segurar em pé com a ajuda dessa rede e mais alguma coisa que lá consiga amarrar. Não deve ser tão difícil, nem custar tanto dinheiro, como o altar que estão a montar junto ao Tejo/Trincão, para receber o Papa e os seus jovens, vindos de todas as latitudes e longitudes do planeta.
Quando os tomates começarem a avermelhar (eles são benfiquistas como eu) faço uma foto e mostro-vos o resultado dos meus esforços.
Boa semana para todos que passarem por aqui!!!
Bom dia
ResponderEliminarUma boa semana e veja se arranja umas boas estacas para os seus tomateiros.
JR
Bom trabalho e um bom dia!
ResponderEliminarSe em Abril havia águas mil, deixe que venham. A terra agradece!
Olá
ResponderEliminarEssa rede de ferro vai dar certo, mas uns paus de vassoura também dariam, você não acha?