terça-feira, 18 de abril de 2023

Estamos feitos num 8!

 Ontem, falei mal do Lula, hoje, vou mudar de alvo, vai ser o Costa a estar na berlinda!

Os brasileiros escolheram o Lula, agora que o aturem, faça ele as burradas que fizer. É um problema deles e nós daí lavamos as nossas mãos. Mas, como país irmão que somos, temos um problema semelhante, o Costa. E este fomos nós que escolhemos e enquanto o Marcelo o aguentar e ele não se cansar do cargo que ocupa, temos que levar com ele todos os dias.

No ano passado lixou-nos a vida com o tal aumento intercalar que acabou por nos roubar o aumento de Janeiro deste ano. Este ano que já vai no 4º mês - e enterrado em más notícias que chovem de todos os lados - prepara-se para fazer coisa semelhante, dando a partir de Julho o que seria devido em Janeiro do próximo ano.

Ainda é cedo para fazer críticas a este medida, os especialistas ainda não se pronunciaram sobre a matéria, mas não demorará muito a que o façam. Vivemos os últimos 6 meses com inflação na casa dos 10% e isso representa euros que nos saíram do bolso. E não há medida, tomada agora ou no futuro, que nos devolva esse dinheiro. Saiu do bolso e foi-se!

No próximo ano, só Deus sabe se lá chego, espera-se que a inflação seja de 5% no máximo. E o Costa venderá aos portugueses, entre os quais me incluo, a ideia que aumentando a reforma em 5% estará a cumprir a lei e devolver aos portugueses o poder de compra perdido. Mentira mais mentirosa que essa não há. O aumento dos salários e reformas deve cobrir a inflação do próximo ano e ressarcir os contribuintes do prejuízo deste corrente ano.

Mas isso é muita areia para a camioneta da maioria dos portugueses e quaisquer 50€ os fazem felizes o suficiente para voltar a votar no Costa, se ele se candidatar. Um bom exemplo é o meu caso particular, ainda não me repuseram o que perdi com a vinda da troika e recebo menos 200€ do que, em 20001, quando me reformei. Qual seria o valor do cabaz de produtos base, nessa data? A mim bastam-me dois exemplos. 1) Um café custava, no meu bairro, 50$00, com a entrada em vigos da nova moeda passou a 0.50€, ou seja o dobro. 2) Um kilo de maçãs, no Pingo Doce, custava 170$00, no dia 1 de janeiro de 2001 passou a custar 1.70€. Que maneira simples de resolver a questão dos novos preços, em euros!

Uma das coisas que mais nos mexe no bolso é o preço dos automóveis e dos combustíveis. E, por alguma estranha (!!!) razão são estes produtos que mais rendem ao Estado, em impostos. O IVVA é um balúrdio e no fim de tudo ainda se paga IVA do veículo e do IVVA que já tinha sido adicionado ao preço. Isto de pagar IVA sobre um imposto não lembra nem ao diabo! Mas nós pagamos e ... cara alegre!

E eu que pensava poder ir a qualquer país da UE comprar o carrito da minha escolha, pagando o mesmo que qualquer cidadão desse país paga. Mentira, a UE funciona só para aquilo que convém, fugir aos impostos não está nessa lista. A UE como comunidade livre para tudo e mais alguma coisa, só serviu para não termos que parar na fronteira e abrir a mala do carro para a Guarda ver o que lá trazíamos e mais nada. Serviu para todo o bicho-careta vir dos países mais ricos do norte, comprar aqui tudo ao preço da uva-mijona. Agora, irmos lá nós e comprar o que nos interessa, a começar pelo tal carrito dos nossos sonhos, está quieto ó mau, isso nem em sonhos, pois quem nos governa e quem se senta no Parlamento (que são os mesmos, só trocam de cadeira, de vez em quando) não permitem que isso aconteça. Leis ainda fazem, mas só se aplicam aquelas que os deixam fazer o que querem, o resto fica no fundo da gaveta, à espera de regulação.

Esta de fazer uma lei e se esquecer do regulamento que a entrar em vigor é uma técnica danada e eles sabem como espremê-la até dar o litro. A luta contra a especulação tem que ser uma prioridade dos governos, o nosso deixou os fornecedores de combustíveis subir os preços até onde quiseram e encher os bolsos à custa dos pobres que precisam do carrito para ir levar os filhos à creche e correr até ao emprego. Ainda falaram em taxar os lucros excessivos que essas empresas, os bancos e a grande distribuição de bens alimentares apresentaram no fim do ano passado, mas como o primeiro atingido era o banco do PS - leia-se CGD - o assunto passou ao rol do esquecimento.

Hoje, é o 1º dia do IVA zero para uma meia dúzia de produtos, os comerciantes já estão a dar de frosques dizendo que isso ainda vai demorar, não sabem bem como fazer e coisa e tal. Pois para mim é muito simples, cada tiqué de venda é composto por duas verbas, uma para quem vende e a outra para as Finanças. A partir da meia-noite de hoje, a parte das Finanças não se aplica, ou seja, deve ser devolvida ao cliente. Não importa de onde veio o produto ou quanto custou na origem, a questão é só devolver ao cliente 6% do IVA dos produtos vendidos e isso as máquinas registadoras deveriam ter sido ajustadas, durante o dia de ontem, para "saberem" como proceder esta manhã. Nada disso, o que interessa é complicar!!!

1 comentário: