Nada que eu não esperasse!

 

Mais uma jornada, mais um jogo para esquecer. Como eu já não tenho quaisquer expectativas custa menos a engolir o desgosto, mas olho para o Jesus e fico a pensar o que sentirá ele sendo o responsável pelas paupérrimas exibições da sua equipa. Será que lhe dói como dói a nós que somos mais benfiquistas que ele? Sim porque ele é lagarto desde que nasceu, já o pai dele era. Ou será que se limita a embolsar o ordenado ao fim de cada mês e está-se a borrifar para aquilo que acontece á sua volta?

Ontem, o Porto empatou e era a oportunidade de reduzir a diferença, mas foi, como já é costume, desperdiçada. Sempre foi assim com o Jesus, desde que me lembro, na hora H, quando basta dar um passo para ficar por cima, ele dá um passo atrás e fica mais longe do objectivo. Foi assim, durante os primeiros seis anos em que esteve no Benfica e perdeu três campeonatos para o Porto. Já estou a ficar habituado.

Já estou a pensar no dia em que o vou ver pelas costas, não sei é que treinador será capaz de resolver o problema do Benfica. Desde que o Erickson foi embora, e já lá vão muitos anos, o Benfica nunca mais encontrou o seu caminho. Houve treinadores para todos os gostos, entre o Tony que herdou o lugar do Erickson e o Bruno Lage que saiu por já estar o Jesus na órbita do Benfica e na cabeça do Vieira. Houve treinadores portugueses, espanhóis, holandeses, italianos e não sei que mais, mas só me lembro de um campeonato ganho pelo Trapatoni, a velha raposa. Alguns, como o António camacho, até repetiram a experiência, mas não ficaram na história do Benfica como conquistadores de títulos.

Acho que é melhor não me preocupar muito com isso, pois não faltará muito para empreender a minha última jornada e no destino para onde vou não há clubes nem campeonatos e nem tão pouco adeptos que defendam clubes diferentes. Por lá a música é outra e não há Jesus, mas sim o Pai dele que é o grande chefe e a quem todos louvam e adoram. Presidentes de clubes de futebol só deve haver no inferno!