quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O Freixo!

É uma árvore de porte médio que pode atingir cerca de 25 metros de altura e folha caduca. O porte é frondoso, com uma silhueta aberta e irregular com poucas ramificações secundárias, com um tronco espesso formando uma copa ovóide, frondosa. A casca é lisa, cinzenta clara, que greta profundamente e escurece ao envelhecer. Os lançamentos são nodosos e lisos nos gomos que são cónicos e escuros.


Esta é uma das muitas árvores que ladeiam as nossas estradas nacionais. Nas autoestradas é uma tristeza, só há cimento e alcatrão. Tudo a bem da segurança dos automobilistas. Li, em qualquer lado, que esta árvore está ameaçada de extinção, na Europa, portanto acho melhor iniciar uma campanha de replantação (em vez de eucaliptos).


É bom lembrar que foi esta árvore que deu o nome à nossa mui antiga e famosa vila portuguesa, Freixo de Espada à Cinta, sede de concelho, do distrito de Bragança. Árvore centenária que também não goza de muita boa saúde, pelo que já foi clonada para garantir a continuação dos seus genes e oferecer as suas sombras ao povo nas quentes tardes de verão.


Também no Porto se dá valor ao freixo. Recordo que a zona do Freixo (Campanhã) tem um palácio bem conhecido, tem uma ponte que é a segunda com perfil de autoestrada, na zona oriental de Cidade Invicta, e também uma rua e uma rotunda que são o ponto de partida para a estrada que ladeia o rio Douro, na sua margem direita.


Se tivéssemos, em Portugal, mais freixos e menos eucaliptos haveria menos incêndios e se é verdade que cura o reumatismo seríamos todos mais saudáveis. Se queremos um planeta azul, temos que lutar pelas árvores que são o que nos pode valer nesta era de extremismos violentos. Petróleo, carvão, navios, aviões e automóveis vão ser a perdição da raça humana. Sempre ouvi dizer que a humanidade foi quase extinta pelo dilúvio, no tempo de Noé, e sê-lo-à de novo, desta vez pelo fogo. O aquecimento global diz-nos que vamos nesse caminho, só o Trump é que não acredita.

3 comentários:

  1. Bom dia
    E porquê não se aprende isto no ensino primário ??

    JAFR

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  2. Quando eu era gaiato, lá no Alentejo em dias de intenso colar bom que
    era sentir no corpo a frescura da sombra do Freixo. Ao longo da Ribeira de Campilhas havia muitos. O freixo não se dá bem em terreno muito seco. As suas raízes precisam de água. Sendo por isso que o freixo mais existe nas bordas das ribeiras ou dos barrancos!

    Boa Quarta-feira.

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  3. Só o Trump é que não acredita. Pois eu penso que ele acredita. Mas quando isso acontecer, ele já estará feito em cinza se for cremado. Se for enterrado, na sepultura estará transformado em terra para alimentar a erva daninha...

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