O Benfica só joga mais logo, ao fim da tarde, por isso a conversa, por agora, é outra. São 3 os assuntos que decidi trazer hoje à discussão.
O primeiro e mais importante para mim é a campanha do Banco Alimentar que decorre hoje em todo o país. Desde há algum tempo a esta parte, decidi lutar contra e dizer mal desse modo de angariar víveres para os pobres. E isso porque compreendi que os grandes ganhadores dessas campanhas são os mamões do costume. Em primeiro lugar, os hipermercados que esfregam as mãos de contentes pelo aumento da facturação. Em segundo lugar, o Estado que cobra o IVA - seja de que valor for - sobre a esmola que estamos a oferecer a quem precisa. E ainda por cima, ninguém pode mencionar isso na declaração de rendimentos, ao abrigo da lei do mecenato. A única solução é fazer a oferta em notas de euro e cada pobre a quem sejam dadas que faça com elas o que quiser.
O segundo é a falta de água na metade sul de Portugal. Amanhã. começa o mês de Dezembro e é qualquer coisa nunca vista haver quem esteja a ser abastecido por camiões-cisterna. São sinais de um tempo que vai trazer muitas dores de cabeça aos portugueses. A água doce vai ser cada vez menos e a salgada, pelo aumento do nível do mar, vai ser cada vez mais. É tempo de começar a implementar a solução que já funciona em alguns países do Médio Oriente, dessalinização da água do mar. Quanto mais tarde começarem, mais difícil será a solução. Pelo menos para usos sanitários, lavagem de automóveis e rega de jardins serviria muito bem e reservava-se a outra que tem melhor sabor para beber e cozinhar. É só um alerta que quero deixar aqui.
O terceiro e último assunto, tem a ver com a Operação Marquês, o juiz Ivo Rosa e o "engenheiro" José Sócrates, por alcunha o Pinóquio. Depois da última mentira que inventou é que ele justifica, plenamente, a alcunha de Pinóquio, o boneco mentiroso. Para fugir à questão de gastar rios de dinheiro, sem ter de onde ele lhe venha, inventou que a mãe tem um cofre repleto de milhões que, na década de 80 do século passado, herdou do falecido pai. Um milhão de contos, segundo ele, nas velhinhas notas de escudos que todos nós bem conhecemos. O problema é que esse dinheiro já não corre no mercado e a "ricalhaça" da mãe do Pinóquio teria que ter ido a um qualquer banco trocá-lo pelas novíssimas notas de euro. E isso teria que ser comunicado ao Banco de Portugal, investigada a origem do dinheiro e pagos os respectivos impostos. E não faltariam documentos a provar essas andanças todas. Imagino que o juiz Ivo Rosa é, no mínimo, tão esperto quanto eu e deveria ter mandado calar o mentiroso, logo que ele começou com essa conversa. Ou será que ele está interessado em que o Pinóquio se safe? Eu recordo-me de ter ouvido alguém dizer que o Sócrates se vangloriou de "até que enfim" ter sido nomeado um juiz que não é seu inimigo que agora tinha a certeza de que se faria justiça. De que justiça estaria ele a falar?