quarta-feira, 13 de março de 2024

O problema do nosso PS!


 Os portugueses que votam no PS dividem-se em 3 grupos. Um terço está quase a cair para o lado dos comunistas (PCP+BE+Livre+Verdes), outro terço está mais próximo da social-democracia (PSD e mais alguns que andam escondidos no CDS e IL) e os restante terço representa aqueles que são socialistas de verdade e nunca cairão para a esquerda ou direita.

Neste cenário, pode acontecer que o PS perca mais deputados em futuras eleições. Quando o terço das esquerdas decidir que é melhor assumir o seu esquerdismo e votar CDU, assim como o terço da direita achar que é tempo de assumir que tem pouco de socialista e votar na AD, chegaremos a uma situação parecida com a que se vive no Reino Unido ou nos States, onde de um lado está a força do capital e dos seu privilégios e do outro a força do trabalho que cria toda a riqueza do país.

 Riqueza essa que não é distribuída irmãmente e alimenta o conflito entre as partes. Na velha Rússia do Czarismo nasceu o comunismo que tinha por objectivo acabar com essa situação, mas fracassou, redondamente. O Homem é fraco e quando tem nas suas mãos o poder do dinheiro cede á tentação de ser milionário, em vez de defender o ideal que o levou até ali. Assim aconteceu na Rússia e levou o Comunismo, como ciência política, à falência total. Hoje, só países fracassados, como a Venezuela ou Cuba, ou então os vendidos à Rússia, como as ex-colónias portuguesas, tentam ainda manter viva essa ideia de sociedade.

Pôr toda a riqueza nas mãos do Estado e esperar que esse Estado, ou quem o lidera, a distribua com equidade por todos os cidadãos, de modo a garantir que todos terão um mínimo necessário à sua sobrevivência, não funciona na Rússia nem em lado nenhum da Terra. Ou seja, o Comunismo de Marx e Lenine era uma utopia impraticável. É assim tão difícil reconhecer isso?

E assim chegámos a este mundo moderno dividido em duas classes a que trabalha e a que vive à custa de quem trabalha. O melhor exemplo disso está no Reino Unido com o "Labour" de um lado e os que formam uma espécie de partido da nobreza, os "Tories", do outro. Tal como em Portugal, também lá existe muita gente que vota num lado e pertence ao outro, por isso não se pense que isso é um mal nacional dos portugueses.

O grupo da Mortágua, Raimundo e Rui Tavares a lutar por mais privilégios para quem trabalha e o grupo das direitas a lutar por cada vez mais lucros e pagar menos pela força do trabalho. As maiores empresas e os bancos mais ricos são a dor de cabeça dos trabalhadores e a vaca leiteira dos governantes. E creio que assim se manterá por todos os séculos dos séculos. Só é preciso encontrar o meio mais correto para progredir por um caminho que nos mantenha vivos.

Como na guerra, em que a infantaria avança por entre morteiradas e grandes cargas de artilharia, assim terão os trabalhadores da indústria, do comércio e dos serviços, seguir em frente criando cada vez mais riqueza, pois de outro modo o mundo ruirá e não sobrará ninguém vivo para cantar vitória!

1 comentário:

  1. A primeira vez que tive contacto com o socialismo foi dentro de uma avião da Aeroflot. Viajavam para todo o lado com aviões vazios e como incentivos de bom serviço na ideologia do Marx não existem a companhia foi dissolvida. Entre nós sinceramente ainda não compreendi como os partidos da esquerda ainda conseguem ter adeptos. Querem tudo de borla: casas, subsídios & morfos... Talvez distribuir-lhes folhêtos onde comprar tijolos & cimento ajude!

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