domingo, 10 de março de 2024

Decisão difícil!

 

Esta sondagem (que vale o que vale, talvez seja pouco confiável) deixou-me numa situação difícil. Não quero votar no PS nem na AD, decidi votar num dos partidos que sirva para desempatar as coisas, na hora de ver quem se alia com quem. Mas (há sempre um mas a complicar as coisas) se escolho o BE, Livre ou CDU posso entregar o comando ao Pedro Nuno, coisa que não quero, pois de governos do PS já tivemos que chegasse e sobrasse. Por outro lado, se escolho a IL vai o Montenegro, personalidade que detesto, receber das mão do nosso PR o ceptro do poder, o que não me agrada nada.

No meio desta confusão de alianças que se adivinham no horizonte próximo, o destino está a empurrar-me para o André Ventura. E talvez eu escolha ir por aí, representando o meu voto um grito de protesto contra os governos alternados do PS e AD que não nos levaram por bons caminhos, nos últimos 50 anos. Excluindo o curto reinado do Camarada Vasco, auxiliado pelo Dr. Cunhal e pelo Capitão Otelo, foi sempre a alternar entre os outros dois, ora o PS de Soares, Guterres, Sócrates e Costa, ora os da direita com Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Freitas do Amaral, Cavaco e Passos Coelho (entre outros menos importantes).

E, logo à noite, quando se começarem a conhecer os números finais, muita gente vai chorar e muitos outros se vão rir, mas de partir o coco mesmo, vai ser o Ventura, se os da esquerda ganharem e a direita precisar dele para chegar ao poder (que é o que eles mais querem). O Montenegro diz que não governa se não ganhar e que nem morto se alia ao Chega, mas ele não manda só, há outros dentro da AD que aceitam governar em qualquer situação e que darão a mão ao Chega se isso lhes abrir o caminho para o primeiro lugar do pódio.

Para castigar o PS pelos seu muitos erros, eu preferia um governo à direita, mas sem o Montenegro, pois com ele nem para o céu eu gostaria de ir!

3 comentários:

  1. Se o Chega não ganhar prefiro que os socialistas ganhem. Porquê? Porque ao longo de 50 anos o povo não aprendeu nada. E só vai aprender com trauma. Ou trauma ou Chega porque esta é a última oportunidade. Para a próxima os eleitores do Martim Moniz irão rebentar pelas costuras e aí acaba-se as discussões e em vez de irem votar vão rezar de kú pó ar que nem ginjas,

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  2. A si, não sei onde o levou esta sua reflexão, mas a mim tirou-me da indecisão e levou-me para os novos horizontes que, por força do inevitável e da lógica aqui exposta, me foram mais úteis do que todos os discursos que já ouvi.
    Li o seu texto antes de ir votar. Já votei e regressei a casa.
    Agora, só me resta ver o que vai acontecer... quando não houver as cobiçadas maiorias e começar a luta das coligações...
    Mais tarde, também, na AR, vai ser outro Deus nos acuda?!?!!

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