Diz-se, nas notícias de hoje, que o governo vai reunir para legislar sobre as margens comerciais que os distribuidores podem aplicar na revenda dos combustíveis. Acho muito bem!
O preço dos combustíveis é composto de três factores, o custo propriamente dito, os impostos e a margem de comercialização. Portanto se o governo congelar a margem (que é o ganho dos outros) e congelar também os impostos (que é a sua margem de lucro e da qual não quer abdicar por nada deste mundo) os preços pouco subiriam, pois a subida do custo real, em percentagem do preço final, tem pouco significado.
O grande problema para nós, portugueses é o modo como o governo cobra impostos. E nos automóveis e combustíveis é uma autêntica roubalheira, aplicando impostos sobre impostos e, no fim de tudo, uma carga de IVA que põe a coisa mais feia ainda. E outro que se pode juntar à lista para provar o que digo é o IMI, esse até me dá arrepios. As autarquias descobriram o ovo de Colombo com este imposto, desde que ele foi criado, e é fartar vilanagem, nunca tiveram tanto dinheiro à sua disposição para armar em gestores da coisa pública. No tempo do Tio António de Santa Comba já se pagava a décima, mas lembro-me bem que não chegava ao valor do salário diário de um trabalhador. Quando o meu pai ganhava 50$00 por dia pagava 32$50 de décima da casa que mandou construir, em 1961, e que eu ajudei a levantar, antes de ingressar na Marinha.
Volta, Tio António, perdoamos-te todos os pecados se nos livrares do Costa que também é António, mas não aprendeu na mesma cartilha que tu!
Estou totalmente convencido que o nosso mal é a ignorância - ignorância politica - claro. O governo socialista tem 99.9% da mídia controlada e não vejo uma reviravolta neste processo de emprobecimento. Resta-nos esperar por melhores dias, aviões para a Metrópole e por saber a que velocidade ia o carro do Eddy Kabro.
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