Nasci numa aldeia pobre do Minho. Mas até nas aldeias pobres há gente rica, assim como remediada e pobre também. Na minha aldeia, o lugar mais pobrezinho de todos era a Cumieira. Ali, as casas não passavam de barracas, construidas com todo o tipo de materiais recolhidos na entulheira, desde chapas de zinco, tábuas mais ou menos apodrecidas, sacos de plástico que traziam os adubos para os agricultores, etc.
Esta Cumieira que aparece no cartaz das eleições de amanhã não sei onde fica, nem isso interessa, mas deve ficar à margem da N2, pois a recolhi com essa indicação. De facto, não era da Cumieira, nem tão pouco das eleições que vos queria falar, mas veio a talhe de foice e pelo nome do lugar da minha aldeia que me fez recordar a pobreza daqueles tempos do pós-guerra (1945 - 1960).
A N2 que atravessa Portugal de lés-a-lés, pelo interior do território - cujo diagrama podem ver na imagem acima - essa sim é o motivo da minha publicação de hoje. Fazer essa estrada, de Chaves a Faro, virou moda e já a comparam à Route 66 dos Estados Unidos. De carro, de mota ou de bicicleta, qualquer meio serve e cada um escolhe o que lhe agradar mais. É preciso não esquecer o roteiro, onde vêm descriminados os pontos de maior interesse, onde se come, bebe e dorme, assim como o passaporte que deve ser carimbado em todos esses pontos para depois mostrar aos amigos e publicar nas redes sociais. Uma loucura completa, mas bem moderna ao gosto de quem não tem iniciativa própria.
Já mencionada na imprensa estrangeira como 'The ultimate Portugal road trip from North to South' a nossa N2 já está a ficar tão famosa como a Route 66 nos EUA.
ResponderEliminarMeu projeto e fazer essa viagem , como tinha carros pequenos fui sempre adiando ; mas agora tenho uma golf e ja rodei 13000 kms, em breve o farei .
ResponderEliminarFalando politica , nao compreendo como as sondagens dao o "pourri" de Lisboa em primeiro .
Bom domingo e nao fiquem em casa .