Os fuzileiros do meu tempo usaram a munição que aparece mais à esquerda, de calibre 7.62 que servia tanto para a G3 como para a MG42, as duas grandes armas que fizeram a Guerra Colonial. Agora, usa-se um calibre menor, o que aparece em segundo lugar, 5.56 que é mais leve e mais barato, mas mata na mesma, só não estraçalha a carne do atingido tanto como o calibre maior.
Na dita Guerra Colonial a arma mais vista nas mãos dos guerrilheiros era a AK47 que se vê nas mãos dos talibans que nos entram pela casa dento, todos os dias, através das imagens da TV. Por vezes fico a pensar onde irão estas pobres almas buscar as balas que utilizam para aterrorizar quem com eles se cruza. É que elas não são baratas! No meu tempo, cada bala que se gastasse era um inferno para justificar a necessidade de disparar a arma. Agora, em Cabul, vemos os gajos disparar para o ar como se aquilo fosse uma festa e as munições não custassem dinheiro.
Lá para os lados do Médio Oriente, é o petróleo que paga tudo e, neste caso, é só bombá-lo, trocar por dólares e entregá-los aos contrabandistas de armas que estão por todo o lado e ansiosos por vender, pois têm as fábricas a funcionar a todo o gás e precisam de rodar o stock. Morte aos infiéis, dizem os muçulmanos, e para isso são precisas armas que russos, chineses e até americanos lhes vendem com a maior alegria, em troca do petróleo, claro, ou de qualquer outro bem que lhes dê jeito.
No Afeganistão, é o ópio que serve de moeda de troca e os mercadores devem dizer: - passa para cá o ópio e leva as balas. E volta cá, quando tiveres mais ópio que ficamos-te com ele todo. E não dispares sobre os nossos, deviam eles acrescentar, mas isso limitava-lhes o negócio e esquecem-se de o dizer!
No Cobué de vez em quando davamos tiros em latas da 2M (vazias claro) sem problemas de munições. Tinhamos apenas que avisar o pessoal.
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