sábado, 27 de março de 2021

A americana e a portuguesa!

 

Elas juntaram-se para levar a vidinha e encher os bolsos de dólares à custa das tradições portuguesas. Começaram com a «Camisola Poveira» que é uma espécie de Ex-Libris da minha parvónia, depois as loiças do Bordalo Pinheiro e sabe Deus o que irá a seguir. Pela pose da senhora, acredito que serão os azulejos portugueses, em tons de azul, já conhecidos no mundo inteiro.

Podiam começar por copiar receitas de culinária, tipo «Bacalhau à Brás» ou «Cozido à Portuguesa», já que na terra do Tio Sam só sabem comer Beef que é como quem diz, carne de vaca, de preferência já moída, mastigada e cheia de temperos de toda a espécie que criam gordinhos por todo o lado. Há tanta coisa boa que podiam copiar e ninguém os censuraria por isso, mas o comércio de têxteis e utilidades para o lar desafiam mais depressa a loucura das compras das donas de casa.

A arte de ganhar dinheiro é mais usada por quem não gosta de vergar a mola e trabalhar no duro. Hoje, foi notícia a exploração do homem pelo homem, na China, o maior país do mundo que prega a doutrina comunista, a da igualdade. Empresas de pronto-a-vestir, como a Zara ou Hennes & Mauritz, usam esse mercado de trabalho escravo para marcar as suas roupas com 100% de lucro sobre o preço de custo. Tanto um como outro foram clientes da Maconde, durante o tempo que lá trabalhei, e conheço o seu "modus operandi", esmagar ao máximo o preço de compra e aumentar o preço de venda ao mázimo que o mercado aguente. Não é por milagre que o Señor Ortega, dono da Inditex, é um dos homens mais ricos de Espanha.

2 comentários:

  1. Desde que sai da Marinha nunca mais comi um Bacalhau a Braz capaz ! Ja fui a restaurantes e deixei-o no prato .
    Certamente nao e quem trabalha no duro que faz riqueza e sobretudo no nosso Pais onde 90% da malta tem a ADN corse.
    Bom fim de semana e divirtem-se .

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  2. Apropriação cultural e plágio para fins comerciais é um crime. Neste caso particular a apropriação de uma peça tradicional portuguesa foi um roubo descarado que provavelmente a autora com tantos exemplos que o povo português tem dado pensou que passaria despercebido. É que já começa a ser óbvio por esse mundo fora que se pode mentir aos portugueses sem que haja uma reação. Exactamente como um tal cantor de sua graça Carreira que plagiou canções que não lhe pertenciam e ninguém deu pelo gamanço.

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