quinta-feira, 11 de março de 2021

3/11!

 


Os americanos têm o seu 9/11 que não esquecem a cada aniversário. Este ano, quando lá chegarmos, será o vigésimo, depois da queda das torres gêmeas, acontecimento que ainda não foi muito bem explicado, mas isso, a nós portugueses, pouco interessa.

Nós temos o nosso 3/11 que comemora o dia em que o General Spínola tentou pôr fim ao reinado dos "comunas" iniciado com o 25 de Abril. O Álvaro Cunhal, o camarada Vasco, o Otelo e o Saramago estavam na maior ao leme das decisões políticas, apoiados por uns quantos «Capitães de Abril» que mantinham as Forças Armadas em sentido.

O Spínola não apoiava a política ultramarina de Marcelo Caetano, era um facto do domínio público, mas também não alinhava com as ideias comunistas do seu subalterno Otelo. Foi o primeiro Presidente da República, no pós-25 de Abril, mas durou apenas 6 meses, uma vez que não lhe agradava o rumo que as coisas tomaram neste país.

Abandonou o cargo, no início do Outono de 1974, e passados 6 meses, no início de Março de 1975, achou que era chegada a hora de correr com os esquerdalhas do país e pôs as mãos à obra. Assim começou o «Golpe Militar do 11 de Março» que durou apenas o tempo necessário para voar de helicóptero de Tancos até Lisboa, disparar umas rajadas de metralhadora sobre o Ralis, em Sacavém, e pôr-se ao fresco, antes que as coisas esquentassem demais para o seu lado.

No dia seguinte, já estava em Espanha e daí seguiu para o Brasil que parecia ser o destino escolhido por todos os que se deram mal com a política em Portugal. Foi fazer companhia ao Marcelo Caetano que já lá estava desde o ano anterior e talvez se tenham encontrado e discutido os factos que levaram à sua mudança forçada de residência. Dessa parte não reza a História, mas é bem provável que tenha acontecido.

Muitos oficiais do Exército foram prejudicados por se terem aliado ao general na preparação do golpe, um deles foi o Major Rosa Garoupa, por mero acaso pai de um dos meus comandantes na Companhia 8 de Fuzileiros, e que foram engaiolados depois do falhanço de golpe que teria colocado o General Spínola, novamente, na cadeira da Presidência da República. Talvez estivessem a contar com um bom tacho para o fim das suas carreiras, mas em vez disso coube-lhes uma passagem pela prisão, até à reviravolta acontecida com o 25 de Setembro e a passagem compulsiva à reforma, depois disso.

Bem, para a História fica que foi conseguido pelo Ramalho Eanes, 6 meses mais tarde, aquilo que o Spínola não foi capaz de levar a cabo no 11 de Março, correr com os comunas do poder. E para desgosto do camarada Jerónimo, essa situação dura até hoje. O PCP que dominou a Assembleia da República para fazer aprovar a Constituição ao seu jeito, cada vez tem menos apoiantes e espero que assim continue, porque Marx e Lenine já morreram há muitos anos e não deixaram boas recordações a ninguém.

3 comentários:

  1. Sim, marx, lenine e staline nao deixaram boas recordaçoes ! De 1917 a 1937,os comunas russos e chineses fizera + de 12 milhoes de mortes e os acefalos portugueses ainda votam comunista . Isto e uma raça em via de extinçao , mas a raça costa putin ainda e pior e continuamos a ser o pais mais pobre e corrupto da Europa .
    Nos os ex-combatentes somes detestados pela racalha de esquerda :onde abunda a incompetencia , compadrios e que o Diabo os leve a todos.
    Coragem malta , ja somes poucos e nao nos deixe-mos enrabar por esta escumalha .

    ResponderEliminar
  2. Marxismo, leninismo, fascismo, racismo e nazismo, Essa raça que matou milhões de pessoas em todo mundo por lutarem por melhores condições de vida. A qual também fez das suas em Portugal. Ainda há quem queira o fascismo de volta. Para voltar a ser como era antes do 25 da Abril de 1974. O Spínola era mais um dos muitos que seriam contra à política seguida por Marcelo Caetano, mas também não saberia fazer melhor. Embora nem tudo sejam rosas. Mas a vida dos portugueses é melhor do que era antes do 25 de Abril. Só não vê quem é cego ou quem não sendo cego não quer ver.

    ResponderEliminar
  3. Entrou há dias em vigor o diploma das expropriações e servidões administrativas que permite ao estado lançar mão á propriedade privada sem problemas... Estamos assim a mais uma tentativa da esquerda sem que a maioria se aperceba mas o pior é já haver uma outra geração sem ideia do que do que é socialismo. Continuar a vender T-shirts do Guevara a adolescentes e a viver à custa 'dos frugais' é bilhete de ida para um inferno venezuelano e o tempo o dirá.

    ResponderEliminar