quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Dinheiro debaixo do colchão !

No total, em 2017, Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Santander Totta, BPI e Montepio arrecadaram 1.876,8 milhões de euros em receitas de comissionamento, mais 102,8 milhões do que os 1.774 milhões de euros conseguidos em 2016.
Em média, em cada dia de 2017, estes bancos cobraram no total cinco milhões de euros em comissões.
O BCP foi o banco que mais comissões cobrou em 2017, ascendendo a 666,7 milhões de euros o montante conseguido nesta rubrica da conta de resultados, mais 22,9 milhões do que em 2016.


A coisa está a pôr-se feia. Quem tem uma conta no banco para receber a reforma e guardar as parcas economias de uma vida inteira está a passar-se dos carretos com as novas regras impostas pelos bancos. Juros nem vê-los e comissões sempre a subir sem apelo e com agravo. E há comissões para tudo, desde os cartões de crédito e/ou débito, os cheques, as transferências e, agora, a manutenção.
Esta coisa da manutenção até faz doer a alma. Como se o dinheiro precisasse de manutenção, como o nosso carro, a bicicleta, ou outro aparelhe qualquer que se vai rompendo com o uso. O dinheiro está, cada vez mais, a ser uma coisa virtual que se move de um lado para o outro sem ninguém o ver nem lhe tocar. Se um dia destes for decidido desmaterializá-lo, pouca diferença fará. Portanto, cobrar 5, 6, ou 7 euros por mês para tomar conta dele é um verdadeiro roubo.
E o nosso governo? Acha isso normal? Pouco mais falta do que aparecer alguém de pistola em punho e obrigar-nos a entregar a carteira, sem haver uma lei que nos proteja. A mim isto não me parece normal. A actividade bancária rege-se por normas rigorosas estabelecidas pelo Banco de Portugal e tirar dinheiro da conta dos clientes sem nada que o justifique devia ser proibido (se é que não é mesmo).
Assim, sem a protecção das autoridades que nós elegemos e nomeamos para nos defender, resta-nos a solução de meter o dinheiro debaixo do colchão e dormir sobre ele, até que as coisas voltem ao normal. Só me falta descobrir a maneira de receber a reforma sem passar pelo banco. Talvez a concessão dos CTT a uma empresa privada pudesse prestar esse serviço ao governo a título gratuito. Mas teria que haver muito mais dinheiro em circulação, pois todo aquele que ficasse debaixo do colchão, durante anos, até ser entregue aos herdeiros do seu detentor, após o falecimento, ficaria fora de circulação.
Nãããã, não me parece uma grande solução. O melhor é o Banco de Portugal proibir os bancos de meter a unha nas nossas economias!

4 comentários:

  1. Se houvesse mas não há remédio para curar esse mal. Que se instalou em Portugal, sem fim à vista. Sejam quais forem os políticos eleitos para governar o pais, da direito, do centro do (meio), ou da esquerda, todos aprenderam muito bem a lição da roubalheira. Guardar o dinheiro debaixo do colchão não acho que seja boa ideia. Porque se a casa for assaltada lá se vai tudo pela água abaixo.
    Como aquele indivíduo que fumava e deixou de fumar para com esse dinheiro comprar uma junta de bois. Se bem o pensou melhor o fez. Passado algum tempo com o dinheiro que já tinha poupado comprou então a junta de bois. Acontece que uma noite houve um incêndio no palheiro onde se recolhiam os bois para se protegerem das intempéries. Nada se salvou do palheiro. Tendo o indivíduo chegada à conclusão de que o esforço não o compensou. Porque de uma ou de outra maneira tudo acabou feito em cinza!

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  2. Com o cartão que tenho do BCP, sou obrigado a fazer pagamentos até 100€ mensais, para não me roubarem os 5€ como fizeram uma vez porque não sabia, são todos uma cambada de chulos.

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  3. Como diz o mais-que-tudo, os bancos são ladrões, certificados e autorizados.
    Abraço

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  4. De tudo isto se deduz: "O ENFRAQUECIMENTO PARA CONQUISTAR"...! E os conquistadores já vocês conhecem. Se não sabem quem são deveriam saber.

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