Agora é que eu percebo a minha avó Maria que costumava dizer, sempre que a palavra vergonha era pronunciada na sua presença, que "vergonha é uma pistola sem coronha!
Falar de vergonha é um bom tópico para desenvolver num dia de sábado, em que as pessoas têm um pouco mais disponibilidade de tempo para refletir sobre o assunto. O André Ventura que é assim uma espécie de rapaz mal comportado na política portuguesa, usou esta palavra, durante o interrogatório ao Pedro Nuno Santos e foi logo chamado à atenção pelo presidente da comissão, como se esta palavra grave na testa de alguém um carimbo de qualquer coisa feia, má, nojenta. E ainda acrescentou que não podia tratar o inquirido por você, mas sim por senhor doutor. Fiquei de queixo à banda!
Primeiro, vergonha é o que menos se vê na política, pelo que louvo o André Ventura cada vez que ele faz os ilustres representantes da nossa democracia pensar no assunto. E olharem para dentro de si e perceberem se devem sentir vergonha por algo que tenham praticado.. Acredito que poucos haverá que possam dizer: - isto não é comigo, não me serve a carapuça. A maior parte desses cromos a quem pagamos um salário que mais ninguém ganha, em Portugal, têm a consciência mais suja que pau de galinheiro (usando esta expressão brasileira).
E depois, essa de obrigar ao tratamento de senhor doutor é coisa de país pequeno. Se o cavalheiro que está a ser interrogado é doutor ou não, isso é lá com ele e com o esforço que pôs nos estudos, enquanto andou na escola. Para a sociedade é apenas "Senhor" e basta, pois alguns mereceriam mais depressa o epíteto de ranhoso, mentiroso, vergonhoso que o de senhor. Nunca vi, em país algum por onde passei, chamar doutor a quem quer que fosse, para além dos médicos no hospital. Para os ingleses é Mister ou Sir, para os franceses Monsieur e para os alemães Mein Herr. Gosto de ouvir os italianos tratarem por "onorevole" aos seus representantes políticos e penso como seria engraçado tratar os nossos mui dignos representantes por "honroso", quando sabemos que são uns trafulhas capazes de vender a própria mãe por meia dúzia de patacos. Tenham vergonha.
Uma pouca vergonha que pesa sobre o mui famoso José Sócrates é o caso BPN. Não foi ele o culpado de o banco falir (foi o Cavaco e os seu rapazes do PSD), mas foi dele a culpa da enorme dívida que nos pôs às costas. Quase 10 mil milhões a voar e pouco ou nada foi feito para os recuperar, pelo menos em parte para minimizar os custos da falência. Li, nas notícias de hoje, que prescreveu para alguns a obrigação de pagar o que deviam. Não admira, com a falta de vergonha que grassa por aí, a começar na nossa Justiça, outra coisa não seria de esperar. Os advogador que estudaram para ajudar os seus clientes a defender os seus direitos, dedicam o seu tempo e o seu saber a ensiná-los como fugir aos seus deveres. E os juízes que outra coisa não são que advogados rezam pela mesma cartilha. Podem não ser todos, mas é preciso peneirar muito para encontrar algum limpo de culpa. Olhem bem o que fez o Rangel ou o Ivo Rosa!
É uma vergonha pegada !!!
Os títulos académicos sempre fizeram parte de uma cultura que neste preciso momento está - como tudo indica - em vias de extinção. Não só estamos alagados de corrupção como chegamos a um periodo onde será quase impossível vermo-nos livres da já grande % de estrangeiros com uma cultura/religiãocompletamente oposta à nossa... Os socialistas sabem disso e entraram numa fase do 'Salve-se quem puder' perdendo todos os valores morais e éticos que nos ensinaram. Os lobbys e o dinheiro do Soros tomaram conta do governo e das escolas... Estamos condenados a viver os últimos anos das nossas vidas a observar a decadência da Nação Portuguesa!
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