No passado, qualquer um que abrisse a boca para dizer mal do Grande Chefe estava condenado à morte. Mais assim ou mais assado, envenenado ou enfiado na prisão mais escura, o que tinha era que desaparecer para servir de lição aos outros, para que a coisa se não repetisse. Ontem, assistimos a um novo capítulo da História da Rússia, o grande chefe de Moscovo teve que meter a viola no saco e "perdoar" o traidor. Se é traidor ou não pouco importa - cada um de nós que somos estranhos ao assunto terá a sua própria opinião - mas foi isso que Putin chamou ao chefe da Wagner e para que a tradição se cumprisse teria que o prender e mandar para a Sibéria, como nos velhos tempos.
Os melhores analistas destas coisas são da opinião de que foi dado um passo de gigante no sentido de o Putin ter terminado o seu período de influência. A maneira como a Wagner entrou em Rostov, com a complacência dos militares que defendiam a cidade, e depois como saiu ao som de vivas da população civil, diz muito sobre o futuro do tirano de Moscovo, o Povo Russo não o quer lá no Krenlim, o seu prazo esgotou-se.
Hoje, dia 25 de Junho de 2023 começará a escrever-se um novo capítulo e eu desconfio que o tirano não tem reservado um papel muito bonito. Se ele pensasse como um homem normal saberia que é chegada a hora de abandonar o palco e dar a vez a outros actores que esperam a sua oportunidade de brilhar. Se é tão rico como dizem não teria grande dificuldade em exilar-se em qualquer lado e viver o resto dos seus dias como um nababo. O mal é que ele chefia uma corja de corruptos que vão fazer tudo para se manter na mó de cima e se ele cair as suas vidas serão muito difíceis até reencontrarem o equilíbrio.
Não podemos esquecer que as riquezas da Rússia e as grandes empresas que eram pertença do Estado foram distribuídas de um modo pouco honesto entre os amigos do poder, sem terem pago um rublo por elas. Numa situação normal a Justiça deveria pegar nessas fortunas, hoje nas mãos dos oligarcas, estabelecer o seu real valor e obrigar os actuais donos a pagar às Finanças Públicas o seu justo valor. Valor esse que deveria ser usado para melhorar a vida dos russos que, em muitas zonas da grande nação russa, continuam a viver como antes da revolução de 1917.
Os oligarcas, com o V. Putin à frente deles, vivem à grande e à francesa às custas do Povo e vão fazer tudo para continuar a fazê-lo Se o grupo de mercenários da Wagner tivesse chegado a Moscovo, ontem, seria a população da cidade a determinar quem venceria o confronto. Se se inclinasse para gritar vivar ao Perigosinho (vou continuar a chamá-lo assim, pois me facilita a escrita), podia ser que arrastassem os militares para o seu lado e aí o Putin só teria uma solução, dar às de Vila Diogo e salvar a pele. Pelo contrário se mantivessem amedrontados e respeitadores da ordem imposta pela força, seria o fim da revolta e dos mercenários da Wagner. Isto é tal e qual como numa «Guerra de Guerrilha», como nós vivemos em África, quem tiver o apoio da população, mais tarde ou mais cedo, acabará por vencer.
E eu tenho a convicção que a juventude russa, com o acesso que tem à informação e à tecnologia, não estará disposta a aturar os excessos do Putin e seus camaradas por muito mais tempo. Um dia destes acordam a gritar revolução e os ratos abandonarão o navio, a toda a pressa, para não irem ao fundo com ele!.
Os excessos de Putin certamente que já fizeram uma mossa no resto mundo com resultados desastrosos. Mas o que me preocupa mais são os excessos de Bruxelas... Esta história de sermos penalizados por não recebermos mais pessoal do Hindustão é uma sentença para a destruição total da nossa Pátria tal e qual como a conhecemos. Seguindo as ordens de Bruxelas - seremos em poucos anos - desde o Algarve ao Minho uma gigante Odemira. Habituem-se...
ResponderEliminarkosta - putin - maduro , farinha do mesmo saco .
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