Imagino a aflição daqueles que, diariamente, têm que escrever qualquer coisa para garantir o pão para a boca. Os jornalistas, os cronistas e comentadores têm que apresentar qualquer coisa que o redactor-chefe aprove e seja publicado, de outro modo a conta bancária não apresentará lançamentos a crédito.
No meu caso não existe essa obrigação, mas sinto-me, moralmente, forçado a puxar pela cachimónia para servir aos meus leitores algo que tenha alguma valia. E garanto que não é fácil. Por vezes, por muito que se espremam os neurónios, não sai nada que eu veja como interessante, seja para quem for, palha apenas palha e nada mais. E quando assim é, mais vale fechar a tasca e ir dar uma volta.
Mas como nem essa possibilidade me resta, porque as minhas pernas se recusam a dar um passo que seja, sou obrigado a inventar qualquer coisa e vou agarrar-me ao que nos transmitiram, ontem à noite, os pivots de todos os telejornais dos nossos canais televisivos. Segundo eles, ou quem lhes encomendou o recado, hoje deveria acontecer uma borrasca de meter medo a meio mundo. Chuvas, por vezes fortes, trovoadas e tudo o mais que é quase impossível acontecer num dia de verão (que está quase, mas ainda não acabou).
Pois é, devia ser assim, mas não foi. As duas ou três pequenas nuvens que amanheceram no céu da Póvoa depressa foram varridas para longe e o sol brilha com toda a intensidade. Bem se costuma dizer que «o homem põe e Deus dispõe». E não me venham dizer que o boletim meteorológico não se aplicava à minha terra, pois ela faz parte do norte e centro de Portugal, tal como "eles" disseram.
Conclusão, uns alarmistas é o que eles são. Vejo-me obrigado a recordar-lhes a fábula do «Pedro e o lobo», tanto mentem que quando disserem a verdade ninguém acredita.
Bem, por aqui me fico e espero justificar o pagamento dos meus honorários. Que até nem são exagerados, diga-se de passagem!
Tanto mentem, se calhar até se convencem de que as suas mentiras são verdades? Como bem dizes, quando disserem a verdade, ninguém irá acreditar. Por isso não se irão precaver, para as desagradáveis surpresas que surgem, repentinamente, sem se ter tempo de salvaguardar o que se poderia salvar. Se quem não tem, tivesse mais atenção, aos fenómenos da natureza, desgraças que acontecem, poderiam não acontecer?
ResponderEliminarPorra, eu já não digo isso, porque o mau tempo em Lisboa obrigou o comandante do voo a dar-lhe gás a 1011 Kms à hora e a onze mim metros de altitude ainda vinha mais ou menos direito, quando começou a descer para Lisboa aquela geringonça parecia que vinha no alto mar aos trambolhões, até as pernas me doíam da força que eu fazia a travar o avião e de Lisboa para a Figueira até o autocarro meteu água, mas vou voltar p´rá ilha, tenho de lá voltar para conhecer as outras ilhas a navegar.
ResponderEliminarPor cá, Seixal tambem choveu mas nada daquilo que anunciaram.
ResponderEliminarEstou a responder porque me chamou a atenção no texto ("porque as minhas pernas se recusam a dar um passo..")e claro que fico preocupado! a ser verdade na integra convem forçar a tecla e ir andando pouco a pouco. Como se diz:Parar é morrer!. Cuidado Carlos-fazer pela vida! o CP é para os intervalos. Abraço e votos de recuperação.
Pois, eu ainda tenho força nas pernas,
ResponderEliminarestou aqui nas teclas do CP, a teclar
mas, já não tenho é pedalada para elas
muita força amigos, nada de desanimar!
Grande rapaziada, não se preocupem com as falhas de mau tempo anunciadas . Neste País tudo pode acontecer pela negativa ; portanto, há que ter paciência e aguardar pela chuva desejada . O que parece certo é o anuncio de grande vendaval ... ! - Isto, de facto, com o tempo e os tempos que nos surpreendem, se é que alguém ainda tem dúvidas, é caso para dizer : tirem-nos daqui ... . Vá, portem-se bem . Um abraço .
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