sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A Ilha de Peniche!


Deu mais fama a Peniche o Álvaro Cunhal e a «Fuga dos Dez» do que as caldeiradas que a malta vai lá procurar. Por falar nisso nunca comi em Peniche uma caldeirada que preste. Hoje Peniche anda nas bocas do mundo, porque o PCP não concorda que o governo concessione a fortaleza a privados para fins turísticos. Nesse assunto não meto prego nem estopa, é coisa que não me afecta em nada.
Por causa dessa notícia fui dar uma espreitadela à história de Peniche e descobri que na Idade Média aquilo era uma ilha que com o correr dos anos ficou ligada ao continente, devido ao assoreamento. Na prática, pode dizer-se que continua a ser uma ilha, uma vez que há um canal que a separa de terra e só pelas pontes que o atravessam se pode entrar na Ilha de Peniche.
Nas minhas excursões para sul, quase sempre paro em Peniche para comer qualquer coisa tradicional vinda do mar. Da última vez foram chocos com tinta grelhados. nas caldeiradas não me meto mais, pois tem-me corrido sempre mal. E verdade verdadinha a melhor caldeirada continua a ser aquela que a minha cozinheira faz cá em casa com peixe da Póvoa.
E depois, com tanto turista em Peniche já quase se não consegue lá entrar. Pelo menos no verão. Talvez seja uma boa ideia começar a fazer turismo no inverno!

4 comentários:

  1. Com as suas lerias,
    não gostou do manjar
    onde o Cunhal passou férias
    mesmo ali à beira do mar.

    A porta que se lixe,
    na parada da parodia
    aos amigos de Peniche,
    fugiu pela clarabóia?

    ResponderEliminar
  2. Só lá fui duas vezes, por isso sou um fraco "amigo de Peniche", uma vez em serviço, comi codornizes fritas, outra vez fui assistir à festa e à procissão das traineiras de pesca, comi uma caldeirada de peixe fresquinho que estava deliciosa! Muito comparada à da Nazaré, ou da Cova-Gala! Como não podia deixar de ser já vendi o meu peixe, até amanhã Camaradas.

    ResponderEliminar
  3. De há 20 anos a esta parte, apenas por 3 vezes não comecei em Peniche o meu ano. E já lá comi uma bela caldeirada embora por norma, eu procure ouros pratos, como o chocos com tinta, ou o polvo à Lagareiro. Vou sempre ao mesmo restaurante, apenas um ano tive que procurar outro, porque o "meu" estava em obras de recuperação. Não sei o nome, mas fica na rua que vem junto ao canal, mesmo em frente do único restaurante que há do outro lado. perto do cais.
    De Verão só lá fui uma vez, exactamente para visitar o forte.
    Um abraço e bom fim de semana

    ResponderEliminar
  4. Caldeirada de comer e chorar por mais, marchou ontem, na zona de Ovar, devorada pelos velhos (mas não trôpegos) lobos do mar, bem regada com um néctar dos deuses alentejanos.

    Juízo, excelente fim de semana e aquele abraço leãozinho.( perdão, quería dizer milhafre).

    P.S. : Dá um abraço ao Rui e ao Orelhas.

    ResponderEliminar