terça-feira, 25 de junho de 2024

A «Indústria da Defesa»!

 Essa indústria é essencial para a Economia dos Estados Unidos. Eu que não percebo nada de Economia e sou apenas um especialista em equilibrar o orçamento cá de casa, ouvi dizer isso e sou levado a crer que seja verdade. O negócio das armas rende muito dinheiro e há países, como os EE UU, que se aproveitam disso para mascarar as suas contas públicas. E digo mascarar, pois se trata mesmo disso apresentando números favoráveis que são pintados de vermelho com o sangue das vítimas.

Para vender armas é preciso fomentar a guerra e é isso que a América faz, desde que regressou a casa, depois da sua intervenção na Europa e Ásia, durante a II Grande Guerra. Elegeu dois inimigos, os vermelhos (comunas) e os árabes (anti-semitas) que são, desde meados do século passado até hoje, os bombos da festa. Até muito recentemente, os vermelhos só existiam na Rússia e na Coreia do Norte, mas agora juntou-se-lhes a China que é um mundo de biliões de almas. Já os anti-semitas são os mesmos, mas mudaram muito, desde que o petróleo começo a ganhar importância nas economias modernas.

A criação do estado de Israel transformou o Oriente Próximo num inferno. Os árabes não concordam com ele, sentem-se espoliados e chamaram o Oriente Médio em seu auxílio. O Irão que entretanto se transformou também num fabricante de armas rivaliza com os Estados Unidos e a Rússia no fornecimento de armas para manter essa guerra no auge.

Desde a Coreia, ao Vietnam, passando pelo Afeganistão, até chegar à Ucrânia, onde rebentam bombas sem descanso para manter as fábricas de armamento em "full speed ahead". E a Faixa de Gaza que mais parece ter sido ocupada por uma «Companhia de Demolição» do que por um exército moderno? Quantas toneladas de Trotil ou de C-4 já ali foram utilizadas. Muitas, respondo eu, ao ver o estado a que chegou aquele pedaço de terra, onde moravam entre 2 a 3 milhões de pessoas. Aquilo não passa de um gigantesco monte de entulho que vai dar muito trabalho a remover dali para fora.

A Rússia meteu-se numa enorme embrulhada ao invadir a Ucrânia e já foi pedir ajuda à Coreia do Norte para a ajudar a fabricar mais armas, pois sozinha já não consegue dar conta do recado. Eu não quero ser má-língua, mas ainda pode acontecer que os Estados Unidos vendam à Rússia o que lhe faz falta, por interposta pessoa. O que é preciso é que a bronca continue e afinal já todos chegámos à conclusão que o nosso planeta está á beira da exaustão, quanto aos recursos disponíveis, alguns (muitos) milhares de mortos podem minimizar esse problema.

Os mortos na guerra da Ucrânia vão a caminho de um milhão e Israel e Líbano, sem falar nos Houtis da Península arábica, já vão nas dezenas de milhar, ou seja, a coisa promete. O gráfico que mostra a evolução da economia americana segue no mesmo sentido que o de baixas provocadas pela explosão dos seus artefactos de guerra. Quando oiço falar nos milhares de milhões de ajuda à Ucrânia que o Senado ora aprova ora se recusa a aprovar, dá-me vontade de rir. Os ucranianos nunca viram nem verão um único dólar dessa ajuda, apenas as armas que esse dinheiro comprará.

Os russos vão levar o seu tempo até perceber o buraco em que Putin os está a meter. Mas leve o tempo que levar, esse momento chegará. Sem falar nos milhares de jovens sacrificados nessa guerra sem sentido, a Rússia está a hipotecar o futuro dos seus cidadãos, usando todos os recursos numa guerra que não lhes trará honra nem glória. Em vez de investir no desenvolvimento das zonas mais pobres, na Saúde e na Educação do seu povo, dedica-se a fabricar armas para ir estourar do lado de lá das suas fronteiras.

A NATO e por inerência todos os seu membros, está a exigir que se produzam mais armas, ou seja, que se destine uma parcela do PIB muito maior do que tem sido até agora, para armar um exército capaz de enfrentar ou, pelo menos, manter o nosso comum inimigo a léguas de distância. A guerra pode nunca acontecer, mas é preciso mostrar que temos os meios necessários para nos defendermos. E isso é suficiente para manter o negócio a andar!


1 comentário:

  1. Num mundo em que só o dinheiro dá poder, a paz não dá lucro nenhum. Infelizmente o mundo está assim.
    Abraço e saúde

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